0.3 - Beira-mar

1.9K 240 387
                                    


Mais uma vez eu estava olhando em seus olhos, daqui a pouco ficaria viciado e não conseguiria mais escapar, tiro minhas mãos fazendo com que o crachá caísse no chão atraindo sua atenção, viro para o lado olhando pela janela as outras pessoas entrando no ônibus e ponho meus fones no máximo logo fechando meus olhos, só olhei um pouco de lado percebendo que o mais alto fez o mesmo.

[...]

A viagem toda foi agitada, em uma parte do ônibus meus amigos não paravam de gritar e os minsung de se pegarem no fundo do automóvel, mesmo todos vendo e achando aquilo tudo muito fofo, sorte a deles.

Assim que o ônibus parou eu não pensei em mais nada a não ser pegar minhas coisas e sair de todo aquele constrangimento, mais a porra é que o azar anda comigo de mãos dadas, pelo menos ele não me deixa sozinho.

– Meu queridos alunos, tenho alguns avisos para dar antes de vocês saírem por aí feitos loucos – sim, o professor veio com a gente até porque é responsável por nossa turma – As duplas também irão dividir o mesmo quarto, peguem o número dos seus crachás pois são os mesmos do quarto, arrumem suas coisas e podem tirar um tempo livre, só lembrando que a noite iremos ter um encontro na fogueira – naquele momento eu queria voar no pescoço daquele homem.

[...]

Estava subindo as escadas com tanta rapidez que era capaz de qualquer deslize sair rolando junto com todas as minhas coisas, percebo que uma figura parou do meu lado e logo deduzir que se tratava de Jisung.

– Lix, a gente pode conversar? – deixo minhas malas na ponta da escada e lhe acompanho até um corredor que não tinha ninguém – quando você vai falar pra ele que o ama? Acha mesmo que ele vai te esperar a vida toda, Lix, do jeito que as pessoas amam uma às outras, elas podem também deixar de amar, cai na real meu amigo, fala logo o que sente – o mais baixo pegou em meu ombro apertando e dando um beijo em minha bochecha.

Han sabia que eu era tímido quando se tratava de expressar meus sentimentos, jamais iria falar pro Hwang que eu o amava, nem que fosse um amor unilateral.

– Mas hyung – ele põe um dedo em meus lábios e logo solta um "shh".

– Esse seu repertório de desculpas eu já sei decorrado, te espero aqui em baixo assim que falar tudo, ok? – fez sinal de joia com as duas mãos e saiu dali.

Volto para onde estava minhas malas e as pego, talvez ele tivesse razão, eu o amei por tanto tempo que chegou a hora de dizer o que eu sentia, estava confiante, ou não...

Hyunjin após ouvir que seria companheiro de quarto do Felix correu e não esperou seu parceiro com suas malas, entrou no quarto e pós suas coisas no canto do mesmo, deitando em sua cama lhe cobrindo por completo.

Estava suando até porque estava um calor que era como se tivesse um sol para cada um, seu telefone começou a tocar e ele teve que sair do seu "esconderijo". Por conta do seu rápido movimento ao atender ao telefone discou sem querer a função do viva voz.

– Oi docinho, que saudades que eu estou de você, porque não me levou junto com você? – Hyunjin tentava falar em meio a tantas falas de seja lá quem for que estava do lado da linha.

O que o ruivo não imaginava era que o australiano já estava no quarto e acabou ouvindo tudo, saindo correndo sem ao menos ouvir o resto da história.

– Poxa primo, eu disse pra você  não me chamar mais assim, e se algum dos meus amigos ouvisse? E antes que me pergunte não, eu não vou arrumar o Changbin ou o Jeongin pra você, tchau. – quando a ligação foi encerrada ele percebeu que já não aguentava mais ficar naquele quarto e resolveu da uma volta.

Um quase cupido - HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora