Piloto

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Levi Ackerman era uma criança apática, sempre manipulava, mentia, colocava sua vida e a dos outros em perigo, nunca se importando com suas ações ou consequências de seus atos. Apesar de sempre prejudicar muitas pessoas, Levi sempre estava rodeado das mesmas, talvez por seu nível aquisitivo, talvez por seu inegável carisma e charme, que compensava seu desinterece para com a humanidade de uma maneira geral.

Sua mãe Kuchel  era uma mulher rica, na verdade, o sobrenome Ackerman vinha de uma longa linhagem de empresários, donos dos mais diversos ramos de negócios, por isso, Levi sempre frequentou as escolas de mais alta elite, o transformando em um rapaz muito politizado e cheio de jogo de cintura, seus conhecimentos claramente o faziam se destacar.

Aos 12 anos após causar muita dor de cabeça à sua mãe, Levi foi mandado à um internato em Rose na tentativa de abafar os pequenos delitos que o adolescente começava a causar pela cidade de Sina, deixando sua irmã Mikasa de 5 anos de idade crescer como 'filha única'.

Quando o Ackerman completa 18 anos de idade, o mesmo é diagnosticado com um transtorno sociopata, que faz mais uma vez com que sua mãe queira o esconder da sociedade, dando-o um apartamento distante do seu, porém ainda na cidade de Sina.
Começou sua faculdade de direito e focou incansavelmente nisso, Levi sempre teve comportamentos obsessivos quando se tratava de algo que fosse de seu interesse, dedicava cerca de 20 horas por dia com seus estudos, mal comia, dificilmente dormia, essa era sua vida.

Aos 22 anos já estava no oitavo período de sua faculdade, faltando apenas um ano para concluir sua formação, porém assim como todo comportamento obsessivo, quando se sabe que vai ficar sem, começa a passar-se pela abstinência.

Levi POV

Vagava sem rumo após terminar mais um semestre com notas impecáveis, meu estômago doía devido aos vários dias que tinha deixado de comer para me concentrar no trabalho que eu carregava em minhas mãos. Senti minha visão escurecer um pouco e parei-me diante de uma escola e foquei em suas portas, olhando toda extensão de seus muros, talvez eu devesse comer algo, aquela maldita dor não me deixava pensar. Me levantei para continuar andando, mas o som do portão se abrindo chamou a minha atenção.
Algumas pessoas começaram a sair, seus semblantes eram uns de cansaso, outros de felicidade, porém meus olhos se focaram em um rosto específico, um rapaz moreno que por seus traços tinha aproximadamente 15 ou 16 anos, ele parecia estressado com algo, mas quando terceiros que pareciam seus amigos, seus olhos verdes se enchiam de um brilho que eu não conhecia, poderia ser amor, alegria ou até mesmo ódio, eu não saberia diferenciar. Seus olhos queimaram meu coração e aumentaram a do no meu estômago, como se um nó se formasse, maldita sensação, nunca havia sentido isso antes. Todos os meus relacionamentos foram resumidos a sexo, houve uma época que sexo também foi uma obsessão pra mim... todos os dias, a qualquer momento e com qualquer pessoa, mas ninguém nunca havia me olhado daquela forma. Antes mesmo que eu pudesse perceber, aquele garoto também havia se tornado uma obsessão.
Pensei em me aproximar, porém atrás de si vinha um rosto conhecido, Mikasa Ackerman, minha irmã mais nova, aquilo fez com que eu tivesse vontade de me esconder, não a via desde que tinham me diagnosticado como anormal.
Me movi rápido e voltei a sentar no banco onde estava antes, ergui meu trabalho que carregava na mão, colocando sob meu rosto, respirei fundo, pela primeira vez em anos meu coração estava disparado, o êxtase era real, quem era aquele garoto? Porque isso estava acontecendo comigo?

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