can I kiss you?

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Nota da autora: Será que é desta que vem o beijinho?


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Jimin caminhava para chegar à biblioteca naquele dia de início de outono. As folhas avermelhadas, amarelas e castanhas esvoaçavam conforme o vento ou, simplesmente, descansavam no chão, enfeitando a calçada sem graça com alguma cor. No entanto, apesar de ser um dia belo, os pensamentos do estudante de Música se encontravam no dono de madeixas negras e olhos cativantes e sua recente relação de amizade.

Depois do incidente nas escadas — e uma ligação da sua mãe preocupada, tentando entender o que se passara para Jimin lhe desligar tão abruptamente —, o mais novo desejava que eles se encontrassem mais vezes e tivessem oportunidade de trocar números, o que não demorou para acontecer. Em uma tarde atarefada, na qual o universitário se encontrava a estudar intensivamente, ele ouvira umas batidas na porta de madeira rija.

Como apenas o moreno estava em casa, não houve outra opção a não ser ele a abrir e perceber quem procurava por si. Foi surpreendido quando viu o corpo do rapaz do 4ºD esperando para que ele atendesse seus chamados, e o mais velho abriu um sorriso bonito vendo a porta abrir e vislumbrar a pessoa que ocupava seus pensamentos naqueles dias.

Jimin ficou visivelmente confuso, afinal não esperava que o outro viesse bater à sua porta — ainda que parte de si quisesse que isso acontecesse. Ele sorriu e o convidou a entrar, ao que o outro também o fez e prontamente negou, afirmando que tinha passado por ali para o levar para sair e, consequentemente, consertar a tela partida de seu telemóvel. O mais novo entre os dois iria tentar negar, porém os orbes castanhos pareciam o compelir a acompanhá-lo e, no final da história, Jimin ganhou uma nova tela, um gelado de cereja da melhor sorveteria da cidade e o número do telemóvel do outro, deixando de lado o estudo obsessivo.

A partir desse dia, tanto as mensagens como os seus encontros viraram frequentes. Havia se tornado um costume saírem às quartas-feiras, para noite de pizza, revezando o pagamento a cada semana; Yoongi já tinha visitado seu lugar de trabalho, fazendo amizade com Jin e trocado anedotas sem qualquer resquício de piada com o mesmo; e ganhara a simpatia de Hoseok, que gostava de brincar com Jimin e o provocar, afirmando que ele fitava seu Hyung com imensa devoção quando o mesmo não estava prestando atenção — ou ele pensava que não estava.

Já para não falar que o mais velho o ajudava a estudar quando ele necessitava de ajuda, principalmente em História da Arte. Eles tinham trocado mensagens na noite anterior e, por isso, naquela manhã, Jimin chegara à biblioteca para se encontrar com o mais velho. Yoongi já procurava por um bom livro para requisitar e devorar em algumas horas, em seu pequeno apartamento ou em sua casa, junto de Namjoon e Jeongguk — se o mesmo decidisse parar em casa.

Sorrateiramente, Jimin se aproximou do mais velho, que sentiu duas mãos pequenas cobrindo sua visão e logo deixou escapar um sorriso, afinal já sabia quem o impedia de ver. — Adivinha: quem é? — o moreno questionou, em um sussurro baixo, visando não incomodar mais ninguém que estudava ali.

— Hum... Jiminie? — O moreno sorriu e retirou as palmas de sua vista, permitindo ao outro o encarar e questionar, enquanto cruzava os braços, como se soubesse o que ele responderia a sua pergunta. — Com vontade de estudar?

— Sinceramente? Não — o mais novo esclareceu, enquanto revirava os olhos, ao que se dirigiu para uma mesa perto de onde eles se encontravam e pousava suas coisas sobre essa. Ele se sentou na cadeira macia, vendo o seu parceiro de estudo observar seus atos. — Não tenho vontade de estudar para a matéria em que tenho mais probabilidade de chumbar, mas o que eu posso fazer? Nada, tenho que focar e estudar o dobro.

Forever Mine, Forever Yours | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora