Invisible string - Calzona

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♡| Cᴀʟʟɪᴇ

Era final da tarde, os raios de sol tentavam passar pela persiana fechada atrás de mim quando alguém coloca uma revista na minha mesa.

Ergo os olhos da minha papelada e vejo o loiro parado na minha frente, seu sorriso habitual não estava ali. Olho para revista que ele depositou a minha frente e vejo que era da revista da repórter que veio aqui ontem, e tinha uma foto minha na capa.

- É ruim? - pergunto enquanto ele caminhava de um lado para o outro.

Mark não me responde, então eu pego a revista e vejo que a entrevista estava na primeira página com a manchete:

CALLIE TORRES COMEÇA A TRABALHAR EM NOVA COLEÇÃO.

- Não pode ser tão ruim, pode? - penso.

Continuo a ler:

A estilista e dona da empresa de moda, Callie Torres, trabalha em sua nova coleção de verão. Sua nova coleção mal saiu e a estilista já começou a trabalhar em outra. Em entrevista com uma de nossas repórteres ela não dá nenhuma informação, mas garante que estará na Fashion Week com sua coleção de cores quentes.

Várias pessoas estavam se perguntando o por que a coleção de primavera da estilista era tão parecido com a da Altman's, Torres disse: "não tenho nada a declarar sobre". Diferente dela, Teddy Altman disse: "eu e Torres trabalhamos um bom tempo juntas, mas ela não aceitava nenhuma das minhas ideias, ela nem se quer olhava, apenas falava que não ia ver as ideias de outras pessoas. Então, quando ela viu que eu estava saindo da empresa aceitou olhar meus desenhos e acho que ela gostou tanto das ideias que acabou copiando".

Mark me observava esperando uma reação, eu largo a revista em cima da mesa sem ler o resto da reportagem.

- Eu sei que a Altman mentiu, porque não foi você que copiou as ideias e sim ela, mas... - ele começa.

Eu o interrompo:

- Mark, eu tenho que terminar essa papelada, não estou com cabeça para isso agora, okay?

Ele nega com a cabeça e senta na minha frente.

- Você precisa fazer alguma coisa para mudar isso - ele aponta para a revista - é a sua reputação que está em jogo.

Assinto e solto um suspiro.

- Eu vou fazer alguma coisa, mas não hoje.

- Por que?

Guardo as minhas coisas e desligo meu notebook, ele esperava por uma resposta.

- Não estou com cabeça para isso agora, Mark - falo me sentindo irritada.

Ele coloca sua mão sobre a minha e me dá um sorriso brincalhão.

- Agora como seu amigo: nós precisamos sair, você fica muito aqui dentro. - ele olha ao redor com uma careta - vamos naquele bar que íamos quando éramos mais novos?

- Eu quero ir para casa ver minha filha, Mark. Não ir a um bar.

Ele nega algo com a cabeça e me ergue pela mão.

- Só uns dez minutos, vai. Depois você pode ir para casa okay?

Eu assinto relutante, seu sorriso se alarga e ele passa o braço pelo meus ombros.

- Vamos nos divertir, Torres.

[...]

Seu conceito de diversão era: me deixar sozinha em um bar enquanto flertava com alguma mulher.