Capítulo 16 - Draco Malfoy a.k.a Slytherin Prince

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Encarei o loiro a minha frente e involuntariamente sorri, perguntei a ele se poderia entrar, prontamente ele deu um passo ao lado e entrei em seu quarto. Era minha primeira vez ali, o quarto do loiro era completamente organizado, tínhamos os mesmo móveis principais, a disposição do quarto dele era parecida com a minha, a cama na parede a frente da porta, ao lado esquerdo um guarda roupas, com um espelho e uma porta que deveria ser do banheiro. Do outro lado, uma estante com livros e uma escrivaninha. Draco tinha apenas dois porta-retratos no quarto, uma foto dele e de Narcisa quando ele deveria ter em torno de 5 anos e uma dele com Blás e Pansy nos jardins de Hogwarts no quarto ano. 

- Sabe, Granger, nunca achei que você fosse certa da cabeça - ele começou, fechando a porta do quarto e se virando para mim - mas sair correndo daquele jeito, realmente se superou.

Sorri para ele, imaginei que tinha parecido uma louca correndo daquele jeito, mas não poderia dizer para ele que nosso professor de DCAT era mais louco ainda e que Harry poderia estar em perigo. Me sentei em sua cama na poltrona próxima a estante de livros e trouxe as pernas para cima, abraçando-as. Draco por outro lado escolheu se sentar a cama e me olhando perguntou o que me trazia a seus nada humildes aposentos. Dei uma leve risada da prepotência do sonserino e disse que precisa perguntar algo, mas que deveria ficar entre nós. Draco levantou a sobrancelha esquerda em sinal de questionamento e eu entendi como uma deixa para continuar. Tentei parecer casual e perguntei o que ele sabia sobre o novo professor de DCAT, Malfoy pareceu surpreso, acredito que essa era uma das últimas coisas que ele achou que eu fosse perguntar.

- Elias trabalhou no Ministério, ficou um tempo no Departamento de Mistérios e logo foi trabalhar com as criaturas mágicas - o loiro contou - ninguém nunca soube ao certo, meu pai costumava falar que ele era um dos segredos mais bem guardados do Ministro. 

Ponderei sobre o que ele havia me contado, se nem os Malfoys sabiam sobre ele, quem poderia me fornecer informações sobre o tipo de criaturas que ele trabalhava?

- E ele nunca teve nenhum envolvimento com Voldemort? - notei que Draco segurou a respiração por alguns segundos ao ouvir o nome do bruxo. 

- Não que eu saiba, pelo menos ele nunca esteve na Mansão - olhando para a parede continuou - mas por que, Granger, qual o seu interesse no Eastwood? 

Seria arriscado demais envolver Malfoy nisso tudo, mas também poderia precisar dele, Raven disse que futuramente, Draco poderia me proteger de alguma forma. Pensei rapidamente em uma saída para meu dilema e decidi contar parcialmente a verdade. 

- Ele me intrigou, apenas isso - comecei de maneia despretensiosa  - me falaram que ele sumiu por anos e de repente retorna a Hogwarts, curioso, não? 

Draco levantou os ombros, como se aquilo não fosse relevante para ele, tentei mais uma vez questionar sobre alguma relação entre Elias e arte das trevas. O sonserino insistiu que não sabia de nada, mas tentaria falar com a mãe. Decidi me aproximar mais do loiro, ele ainda causava um efeito em mim, que não sabia explicar ao certo, mas precisa estar perto dele.

Sentei na cama ao seu lado e pude me ouvir perguntando:

- Como estão as coisas na sua casa... fiquei sabendo dos seu pais - tentei soar o mais casual possível, sabia do histórico de sua família comigo e com meus amigos, ainda mais depois do que passamos na Mansão Malfoy durante a guerra.

O loiro me olhou intrigado, sabia que ele sempre foi muito reservado sobre a vida da família, que claramente vivia uma mentira. Ele ponderou por uns minutos, mas respondeu, para minha surpresa, de forma honesta:

- Péssimas, meu pai está em Azkaban, minha mãe sozinha em casa e eu preso em Hogwarts - o loiro relatou suspirando pesadamente, mas logo recuperou sua postura séria. - Agora me diz você, Granger, da onde conhece Isaac Lahey?

Da minha casa, pensei, mas não poderia dizer isso a ele, então optei por contar que conhecia Isaac desde pequena, o que não era uma mentira. Nossos pais tinham negócios em comum, propriedades, etc. Malfoy pareceu acreditar, pois a família Lahey era conhecida por ter negócios no mundo trouxa também.

Ficamos em silencio por alguns minutos, mas não era algo ruim, pelo contrário, tinha algo de reconfortante. Desde que nos aproximamos, estar em sua presença não era mais torturante, acho que uma parte de mim genuinamente queria que nos conectássemos novamente. Com tudo o que aconteceu na guerra, eu havia esquecido completamente da ligação de almas com Draco e sobre tê-la enterrado no 6º ano. Isso me deixa um pouco confusa, será que eu só estava atraída por ele devido a nossa ligação? Mas com Harry era diferente... também nós fomos criados como irmãos, talvez seja isso que tenha suprido a parte "amorosa"...

Respirei fundo e sem pensar muito, decidi que iria deixar para trás qualquer pensamento sobre nossas famílias, magia, guerra e principalmente sangue. Sem nem dar chance para Draco pensar, me joguei em seu colo e comecei a beija-lo. Agarrei seu cabelo sem nenhum dó, meu corpo pedia por um contato mais próximo, ele não estava muito diferente. 

Sentei em seu colo, movimento que ele prontamente respondeu, Draco desceu suas mãos para a base das minhas costas, me puxando para mais perto, eu tinha absoluta certeza que naquele momento, nós dois tínhamos o mesmo desejo.  Me afastei brevemente, gesto esse que foi recebido com um leve de protesto por parte do loiro, mas sorri travessa enquanto desabotoava minha camisa. Ele logo mudou a expressão para o típico sorriso Malfoy, que certamente o tinha ajudado ao longo dos anos com as garotas. 

Draco desceu os beijos para meu pescoço, eu instintivamente joguei minha cabeça para trás, apreciando cada momento dele sobre mim. Decidi provoca-lo mais um pouco e sorrindo disse:

- Então, Malfoy, vamos ver até onde sua fama de Príncipe da Sonserina é verdade - falei enquanto tirava sua gravata - ouvi alguns boatos ao longo dos anos...

Aquilo pareceu despertar alguma coisa no loiro, que rapidamente inverteu as posições e me colocou abaixo de si falando calmamente em meu ouvido:

- Ah, Granger... você não tem ideia!





A aposta: o que poderia dar errado?Onde histórias criam vida. Descubra agora