Capítulo 10 - New year, new threat

449 35 11
                                    

O fim de semana passou de maneira tranquila e a primeira aula da semana chegou. Desde que a volta a Hogwarts havia sido anunciada, o nome do novo professor de DCAT era um mistério, que estava prestes a ser solucionado em cinco minutos.

Hermione entrou na familiar sala atrás de seus dois melhores amigos, que sentaram em uma das últimas carteiras vazias juntos, não deixando escolha para a grifinória, a não ser se juntar a um loiro extremante arrogante.

- Granger, eu sei que sou irresistível, mas pelo menos em aula você poderia me deixar em paz - Disse o loiro dando um de seus famosos sorriso, típico de um Malfoy.

- Oh, Malfoy - iniciei colocando as duas mãos no coração e fingindo um sorriso afetado que as pobres coitadas lançavam para ele nos corredores - prometo que irei tentar manter minhas mãos longes de você.

Antes que o loiro pudesse me dar uma resposta, uma porta se abriu na frente da sala, por onde uma figura alta e imponente surgiu. Mas tinha alguma coisa errada, ele não estava sozinho.

Quando me dei conta do que se tratava, eu congelei em meu lugar, pude sentir meu coração bater mais rápido e minha mente elaborar uma resposta racional para o que eu estava enxergando. Não poderia ser o que eu estava pensando, não era possível, nenhuma delas era vista há mais de 100 anos.

Forcei minha mente a prestar atenção no que o professor dizia e pude ouvi-lo se apresentando.

- Bom dia, classe - ele iniciou de maneira firme - me chamo Elias Eastwood e serei seu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Logo após seu nome, um imenso burburinho se instalou e eu me forcei a pensar se eu conhecia aquele nome de algum lugar, ele me parecia familiar, mas não conseguia fazer nenhuma ligação.

Elias Eastwood era uma figura extremamente única, suas vestes bruxas completamente pretas e impecáveis fariam inveja a Snape. Seu rosto mantinha uma expressão séria e seu andar era firme, como se soubesse exatamente quem era o que queria. O tipo de homem que com certeza dava medo.

 Percebi que Rony cochichava algo para Harry e tentei prestar atenção:

- Meu Merlin, é o Elias Eastwood em pessoa - começou Rony de maneira animada - todos achávamos que ele estava morto.

Cutuquei Rony de maneira discreta, sinalizando para ele desenvolver o assunto.

- Finalmente eu sei algo que você não sabe, Mione - Disse Ron de maneira completamente feliz. Revirei os olhos com o seu comentário e esperei pela continuação da explicação, a qual meu amigo prontamente atendeu.

- Elias costumava trabalhar para o ministério, ninguém sabe ao certo para quem ele trabalhava - Rony estava empolgado enquanto cochichava as informações - parece que ele cuidava das criaturas mágicas, mas nada de centauros, elfos ou diabretes, o nível dele era outro. Um dia, ele saiu em uma missão e nunca mais foi visto, todos achavam que ele ...

Antes que o Rony continuasse fomos interrompidos por uma falsa tosse vinda da frente da sala.

- Com licença, talvez algum de vocês saiba responder a pergunta que eu acabei de fazer para a classe - Enquanto falava Elias apontava para o quadro, onde podia se ler em uma perfeita caligrafia "BANSHEES".

Rapidamente prendi a respiração enquanto olhava para a figura que estava atrás do professor.

- Ah, talvez a senhorita.. Granger - iniciou o professor enquanto me olhava de forma intensa, quase que como se pudesse esmiuçar cada pedacinho da minha alma - me falaram que a senhorita é uma das melhores, talvez possa nos agraciar com a resposta, diga-me senhorita Granger, o que são banshees?

Pude sentir Harry se remexer desconfortavelmente na cadeira a minha frente, enquanto eu respirava fundo, olhei para o professor tentando transparecer indiferença, respondi:

- Banshees ou bean nighe são bruxas com poderes extremamente elevados, sendo capazes de realizar magias avançadas sem uma varinha para canalizar sua mágica..

Quando estava prestes a terminar minha frase, ouvimos uma sonserina gritar do outro lado da sala:

- São as bruxas da morte! - E começou a rir.

Lancei meu olhar mais mortal para a garota e prestei atenção no que o professor disse em seguida.

- Certo e errado, senhorita Flynt - e virando-se para mim disse - Talvez a senhorita Granger queira explicar o porque a senhorita Flynt se referiu as banshees como bruxas da morte.

Tentei ao máximo parecer calma, mas a esse ponto, pude sentir minhas mãos começarem a tremer e para disfarçar, as coloquei casualmente em meu colo.

- Claro, professor - falei enquanto respirava pesadamente - as banshees receberem esse "apelido" devido aos seus poderes, muitos acreditam que elas são capazes de prever a morte e, segundo algumas lendas, falar com a própria - sorri de lado, tentando parecer que aquilo era impossível - também dizem que elas podem sentir o perigo e enxergar criaturas que... não deveriam estar nesse mundo - Conclui tentando ignorar a coisa atrás do professor.

- Muito bem, senhorita Granger, agora me diga - ele iniciou sorrindo - quantas pessoas a senhorita enxerga ao meu lado?

Fiquei perplexa, não era possível, como ele sabia, senti que Harry ficava agitado e Rony prendeu sua respiração. Graças a Merlin, após anos de experiência escondendo a verdade, coloquei minha cara mais surpresa possível e me segurando ao máximo para não olhar para qualquer outra coisa a não ser ele, respondi para o professor que sorria à minha frente:

- Creio que a minha resposta será apenas o senhor, não vejo mais ninguém.

Notei seu sorriso irônico e uma risada por parte da classe.

- Muito bem, senhorita Granger.. 10 pontos para Grifinória! - E voltou-se para o resto da classe enquanto explicava sobre banshees.

Quando a atenção do professor não estava mais em nós, Harry e Rony se viraram para mim e de forma discreta, certificando-se que Malfoy não prestava atenção em nós, Harry perguntou:

- Por Merlin, Hermione, quem estava ali na frente?

Respirei profundamente e disse aos meus amigos de forma séria, e confesso, um pouco assustada:

- Algo que vocês devem agradecer por não ver.

Dito isso, voltamos a prestar atenção na aula, onde em mais nenhum momento me dirigi ao professor ou a figura parada a seu lado.

Assim que a aula acabou, rapidamente organizamos as coisas e saímos da sala, no momento em que coloquei meu pé para fora, pude sentir como se respirasse novamente, com Harry e Rony ao meu lado, de forma protetora, nos dirigimos a próxima aula.

Na hora do almoço, sentei ao lado de meus amigos, mas não conseguia comer, ainda estava pensando no que ocorreu na sala de DCAT. Notei que Gina sentou ao meu lado e notando minha expressão séria me perguntou:

-Mi.. o que houve, você nem tocou na comida - começou a ruiva - e olha que nem estamos em semana de provas - concluiu forçando um fraco sorriso.

Olhei para minha melhor amiga e percebi que sua preocupação era genuína, mas não sabia como explicar para ela o que tinha acontecido na aula mais cedo. Harry e Rony não estavam diferente e me olhavam atentos, a espera de alguma informação sobre a criatura que se encontrava junto ao professor.

Mas naquele momento, eu tinha certeza de apenas uma coisa, só uma pessoa nesse castelo poderia me ajudar e me despedindo rapidamente de meus amigos, rumei em direção a seu antigo escritório.

A aposta: o que poderia dar errado?Onde histórias criam vida. Descubra agora