Chegando em casa, Sabine estava ensopada por causa da chuva e foi direto para o chuveiro tomar um banho; as cenas daquilo que tinha presenciado não saíam de sua cabeça, elas ficavam se repetindo e se repetindo...
Nesse meio tempo, Aurore chega em casa também e percebe que o chão está molhado, então resolve seguir a água para ver até onde iria e acaba chegando ao banheiro.
— Sabine? Você está aí? Por que o chão está todo molhado?
Sabine fica muda por um tempo mas responde gaguejando um pouco:
— E... Eu... Eu vim correndo para o banho... Enquanto estava lá perto da estátua uma onda acabou por me atingir.
Aurore só conseguia dar risada da situação.
— Mas você não tem jeito mesmo! HaHaHaHa! Sabe que não pode ficar perto do mar aqui quando tem tempestade e ainda por cima tomou chuva! Espero que você não fique doente quando retornarmos para o colégio lá na Escócia.
— É... Eu também. — disse Sabine baixinho.
— Anda, saia daí. Vamos ver um algo na TV e comer alguma coisa, quero aproveitar esse último dia antes da gente voltar para casa!
Sabine desliga o chuveiro e sai na porta e concorda com o que Aurore disse.
— Certo, mas vamos logo. Quero dormir cedo para não chegar cansada em casa amanhã.
— Ah, faça-me o favor, vamos ficar umas horinhas no avião até chegar em casa. Você pode muito bem tirar seu tempo de sono lá.
A garota deu de ombros e ambas foram para a sala ver um filme até a madrugada, por causa do cansaço ambas acabaram dormindo na sala.
Hora de voltar para a casa, as meninas começaram a arrumar suas roupas e preparar seus documentos que iriam ser apresentados para poderem subir no avião. Tudo estava certo para irem embora, até Sabine gritar:
— ONDE ESTÁ O MEU COLAR?
— Ai, ai, ai o que foi agora? — disse Aurore subindo as escadas para averiguar o que tinha acontecido.
— Meu colar... Eu não o encontro! Nunca tiro ele para nada e ele sumiu, simplesmente desapareceu!
Aurore consolou sua amiga tentando tranquilizá-la.
— Calma, talvez você já tenha guardado e não percebeu. Teve ter saído enquanto você dormia e se perdido entre as roupas.
Sabine enxugou algumas lágrimas que estavam quase saindo de seus olhos.
— Sim... Espero que esteja certa, precisamos ir logo mesmo. Estou muito triste, sério!
As meninas fecharam a porta do quarto e pegaram um táxi até o aeroporto, mas Sabine não podia ignorar a sensação de estar sendo observado constantemente por algo que não conseguia distinguir.
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Sereias & Selkies
Short StoryDepois de alguns anos em que teve amnésia logo após um incidente no mar, Sabine Vorgel resolve investigar o que aconteceu com ela e memórias remotas de sua infância. Porém com a chegada de uma estranha, o destino de Sabine está para virar de ponta c...