ELE É AMIGO DA MINHA MULHER • jjk + pjm

DOIS: O que eu quero.

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#EleGostaDisso

Já se passaram horas desde que todos nós sentamos no colchão para assistir o filme extremamente entediante que Hanui escolheu.

Decidimos que Jimin dormirá no sofá, e eu e minha mulher dormiremos no colchão de casal porque, de certa forma, é o mais coerente a se fazer. No entanto, isso prova ainda mais que a última coisa que eu venho fazendo nas últimas horas (ou dias) é ser coerente, porque a minha vontade não é de dormir com Hanui, e sim, com o melhor amigo dela.

O cara que vem me enlouquecendo de um jeito insano.

E nem sempre ele faz de propósito. Não importa se é o jeito que ele ajeita minha blusa em seu corpo, ou a forma encantadora que um sorriso fácil cresce em seu rosto, tudo o que Park Jimin faz me afeta. Descobrir já foi difícil, lidar então... está sendo quase impossível. Quase.

Ao meu lado, Hanui está se acabando de tanto chorar.

Seus olhos estão fixos na televisão, seu corpo esparramado sobre o colchão e sua cabeça apoiada no braço do sofá, que está praticamente colado em si.

Do meu outro lado, Jimin joga a cabeça para trás e estica os braços, se espreguiçando enquanto encara fixamente o filme que a televisão transmite.

Uma única coberta cobre todos nós, e ela ainda é grande o suficiente para sobrar espaço entre os tecidos. Mas, na minha opinião, a mão de Park Jimin não precisava ter ocupado ele.

Eu sinto sua mão em minha coxa, acariciando-a com os dedos curtos que não perdem tempo em apertar e massagear minha carne, me fazendo engolir em seco e lançar um olhar atento em sua direção. Entretanto, ele continua encarando o mesmo lugar, fingindo prestar atenção no que passa na tela.

Ainda que seja um toque sutil, faz minha respiração pesar.

Agora, no entanto, eu nem sequer posso pedir para ele parar por aqui. Hanui está bem do nosso lado, mas Jimin não parece dar a mínima para isso quando sobe ainda mais as mãos, me apertando com mais força. Eu contenho um suspiro, mordendo os lábios, antes de levar minha própria mão até a sua, sentindo-a perigosamente próxima à minha virilha. Afasto-a dali discretamente, antes de puxar a coberta até meus ombros, encolhendo-me.

Assim, ele não conseguiu mais me tocar sem ser superficialmente, me deixando mais tranquilo até a hora de irmos dormir.

— Jimi, você está se sentindo confortável mesmo? Qualquer coisa a gente pega uns cobertores e forra no chão. Vai ficar mais fofinho — Hanui diz, pela terceira ou quarta vez, observando Jimin com atenção enquanto ele nega novamente.

— Aqui está ótimo. O sofá é confortável.

— Então tá bom... — Ela cede, virando-se de costas para se ajeitar novamente no colchão. Mas então, vira o corpo para olhá-lo outra vez. — Quer alguma coisa? Uma água, mais uma coberta...

— Quero que você vá dormir logo! — É o que ele responde, soltando uma risada fraca. — É sério, eu estou bem.

Minutos depois, a casa está em um completo silêncio. Eu estou entre o sofá que Jimin dorme, e Hanui, que sempre fica com o lado direito da cama, ressona baixinho.

— Jeon? — A voz dele me surpreende, e eu encontraria seu olhar se não fosse pela escuridão que nos engole, mesmo que a luz de um poste esteja iluminando superficialmente o cômodo. — Está dormindo?

— Não — Resmungo, me ajeitando melhor no colchão para ficar menos desconfortável.

Minha mulher toma mais que a metade do espaço do colchão, me prensando no sofá.