ELE É AMIGO DA MINHA MULHER • jjk + pjm

OITO: O que eu tento.

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#EleGostaDisso

O olhar de Jimin está paralisado em minha direção. Minha postura fica ainda mais tensa quando eu vejo seus olhos vacilarem e as pequenas mãos trêmulas se unindo em frente ao corpo que parece frágil demais para estar longe do meu agora.

Sua irmã continua me encarando com os olhos atentos, hesitantes, desviando-os lentamente para Jimin ao ouvi-lo soltar um suspiro falho.

— Me digam que eu estou errada — Baram receia, parecendo tentar se convencer de suas próprias palavras.

Minha troca de olhares com Jimin se quebra quando ele leva as mãos hesitantes até o braço da irmã. Ela o observa com os olhos incertos, sua boca não se fecha em nenhum momento e aparenta tentar se mover para dizer algo que, durante segundos perturbadores, não é dito.

Na mesma proporção de tempo que eu abaixo a cabeça e encaro meus próprios pés, envergonhado, Jimin usa sua voz para responder à Baram minutos depois da questão que tornou a situação imediatamente constrangedora.

— Baram — Ele a chama, hesitante. — V-Você não está errada, mas...

Diante da apreensão de Jimin em prosseguir, Baram questiona, olhando-o no fundo dos olhos:

— Mas o que, Jimin?

Ele vacila outra vez, me lançando uma olhadela em busca de amparo. Uma vasta quantidade de ar invade meus pulmões e assim continua até que eu tome a iniciativa de dizer algo.

— Acho melhor nós conversarmos com calma sobre isso. Sentem-se no sofá, acredito que não vá ser uma conversa tão curta assim — Auxilio, tentando manter a calma diante do tremor de Jimin, a fim de lhe passar segurança.

— Por que nós precisamos conversar sobre isso e por que a conversa não será curta? — Baram inquire, com os olhos passando a me encarar de uma maneira que se torna mais intensa a cada segundo. — Eu juro que dependendo do que formos conversar, talvez essa seja a sua última.

— Não fale assim como ele, Kang Baram — Eu engulo em seco ao ouvir o retruco de Jimin.

— Park Jimin — A mulher ralha entredentes, com a voz mais rouca que o normal. — O que está acontecendo, caralho?

Inegavelmente frustrado, Jimin esfrega as mãos no rosto e caminha até o sofá, se sentando sobre ele e apoiando os cotovelos nos joelhos, curvando seu corpo. Meu olhar o analisa e a vontade de ampará-lo em meus braços se torna maior do que a seriedade que tento transparecer diante de sua irmã, o que me leva a caminhar até ele e apoiar a mão no final de sua coluna assim que me sento ao seu lado, atraindo seu olhar amedrontado para mim.

Baram nos observa com os olhos agora arregalados, tão descrentes do que vêem, e então ela solta um suspiro que evidencia sua ficha caindo e finalmente percebendo qual é a real situação aqui.

— Você está se envolvendo com um homem casado? — Sua voz sai baixa ao passo que seus dedos grandes e finos cobrem sua boca aberta em choque. — Com o marido da sua melhor amiga, Jimin?

Ele ergue a cabeça, com a respiração acelerada e as sobrancelhas unidas em angústia.

— Baba, eu não pude... E-Eu não consegui ignorar os meus sentimentos, eu...

— E você se envolve com um puta mau caráter como ele? Onde você está com a cabeça? — Ela começa a dizer mais alto, com o rosto subitamente vermelho. — Eu não consigo acreditar. Isso não é possível, Jimin, você não trairia a Hanui dessa maneira.