a raiva que eu passei escrevendo esse capkkkkkkkk avisando que fic tem no máximo mais três capítulos, talvez nem isso!! nunca tive planos pra fazer ela uma fic grande, espero que não se incomodem.
e de novo, desculpem a demora absurda pra postar.
espero que gostem gente, boa leitura!!
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Aya bateu três vezes na porta da garota. Sentia-se traída. Sayaka sempre foi a pessoa que ela sempre mais confiou além de Koyomi e saber que ela faria algo tão terrível com alguém que já foi tão próxima dela parecia tornar todos os anos de amizade que viveram um mentira. Aya agora se perguntava quem era a garota que ela sempre convidava pra dormir em casa ou era sua fiel confidente, sentia que nunca havia conhecido Sayaka verdadeiramente.
— Aya? - ela arregalou os olhos quando viu a morena. Aya sabia que não estava lá na melhor aparência, seus cabelos com certeza estavam um pouco bagunçado e seus olhos provavelmente marejados, sem contar as olheiras de sempre e a palidez. - Achei que não seria maluca de vir.
— Sayaka! Quem é... Kiyoshi. - Risa revirou os olhos.
— Por que fizeram isso? - Aya perguntou com a voz firme
— Não sabemos do que fala. - Risa respondeu, ficando ao lado de Sayaka.
— Não se faça de burra.- Aya bufou. - Já foram o bastante quando atenderam o celular.
— Aya...
— Por quê, Say? - Kiyoshi a encarou. - Era pra você ser minha melhor amiga, Say! E não me mandar mensagens dizendo para eu me matar e outras milhares de coisas horríveis!
— Você fez isso?! - direcionou a pergunta para Risa. - Você disse que seriam poucas mensagens, Risa!
— Ela merece! Você mesma disse que o garoto que você gostava se matou por conta dela! - Aya arregalou os olhos, encarando Sayaka. - Não quero que aconteça o mesmo com Kuroo!
— O que isso quer dizer? - Aya perguntou desacredita.
— Vou deixar vocês conversaram. - Risa deu de ombros, voltando para dentro.
— Você sentia alguma coisa por Koyomi? - Aya perguntou de novo. A garota ficou em silêncio. - Responde, Say...
— Sentia! - ela bradou depois de um longo silêncio. - Eu amava ele desde antes do namoro meia boca de vocês, eu sempre fui melhor amiga dele antes mesmo de vocês se conhecerem. Quando vocês começaram a namorar e me deixaram de lado! Tem noção de como eu me senti? Ver o garoto que eu sempre fui apaixonada me trocando por alguém que começou a me chamar de melhor amiga do nada?
— Eu comecei? Você que se aproximou de mim. - Aya a encarava incrédula. - Você que começou nossa amizade, alegando que já que era amiga de Koyomi, deveria ser a minha também! Eu tenho culpa por você não ter conseguido dizer seus sentimentos? Ele deveria ter te esperado pra sempre, Sayaka?!
— Ele se matou por sua culpa, Aya!
— A vida dele era repleta de problema a cada dia! Eu sei que eu tenho uma parcela enorme de culpa nisso, você não acha que eu já me torturo o suficiente, não? Eu não conseguia sair de casa sem ter um ataque de pânico depois que ele se foi. Cada dia desde a morte dele eu penso em como é tudo culpa minha. - Aya fungou, sentindo lágrimas escorrerem pela bochecha, mas as limpou rapidamente. - Mas eu não tenho direito de viver? Tinha mesmo que mandar aquelas mensagens?
— Eu não mandei nada. Foi tudo a Risa, o celular é dela, eu só atendi porque estava mais perto. - ela desviou o olhar. - Ela veio me procurar quando você começou a se envolver com o outro garoto, mas isso é sua cara, não é? Esqueceu ele tão rápido, Aya. - debochou. - Quando veio me procurar, avisei para ela tomar cuidado e descobri que ela consegue ser uma amiga bem melhor do que você.
— Eu não esqueci dele. E nunca vou esquecer dele. Mas Kuroo me fez enxergar que vale a pena existir, Koyomi sempre será uma parte de mim, mas eu precisei aceitar que ele se foi. E eu tenho certeza que Kuroo não vai embora como ele foi! - Aya suspirou. - Eu não vim aqui pra brigar. Eu apenas quero pare de me mandar as mensagens. Te peço apenas isso e nunca mais precisaremos nos falar de novo.
— E se eu não fizer?
— Eu tenho seu endereço de IP e um celular cheio de mensagens. Não queria que fosse assim, mas vai ser se não parar.
— Você é ridícula. - Sayaka revirou os olhos. - Vou parar e Risa também, te deixaremos em paz. Apenas fique longe de mim.
— Farei com prazer.
Aya girou os calcanhares, saindo dali o mais rápido que conseguia. A visão embaçada pelas lágrimas e os pensamentos nublados por uma nuvem gigante de decepção fizeram Aya andar sem rumo por longos minutos. Quando se deu conta, estava no parque de sempre, suspirou, percebendo o quanto ela precisava dele agora. O anseio de estar aconchegada nos braços de Kuroo se fazia presente a cada vez que ela olhava a rua que dobrava diretamente em sua casa.
Não foi preciso de mais nenhum pensamento, Aya andava direto pra lá, mesmo sendo tarde da noite, ela sabia que Kuroo estaria lá por ela, como sempre esteve todas as outras vezes e também sabia que estaria as tantas mais que precisasse. Bateu em sua porta, mas não teve resposta.
Claro que não, ele com certeza está dormindo.
Então ligou, uma, duas, três vezes. Na terceira foi atendida por Tetsuro com a voz rouca de sono, Aya disse que estava em sua porta e em poucos segundos Kuroo já a abria. Ela não disse nada, apenas o abraçou, sentindo o calor de seu corpo, que parecia ainda mais quente, devido ao fato dele provavelmente estar debaixo das cobertas também. Ele a abraçou de volta, sem pestanejos, não era todo dia que Aya aparecia em sua porta de noite e ainda dava um abraço, então ele precisava aproveitar tal oportunidade.
A noite estava silenciosa. O bairro que eles moravam não costumava ser tão movimentado assim, então as noites eram pacíficas, do jeito que Aya gostava. Apenas o barulho leve das folhas balançando nas árvores, alguns animais noturnos marcando sua presença e o grande som do silêncio. Apenas dois corpos colados um no outro, aproveitando os segundos de contato.
— O que aconteceu? - disse com a voz baixa, alisando as mechas escuras, que pareciam se camuflar com o céu da noite.
— Sabe... - Aya começou, com a voz amassada devido sua bochecha contra o peitoral do garoto. - A física diz que átomos nunca se tocam. Então teoricamente nunca nos tocamos e nunca nos sentimos. - ela suspirou. - Mas eu consigo te sentir. Eu consigo sentir seus átomos tocando nos meus. E Kuro... não poderia ser uma sensação melhor.
— Está tentando me dizer alguma coisa? - ele se afastou, a encarando e sorrindo.
— Acho que quero dizer que eu também amo você.
Kuroo a olhou surpreso. Ele realmente estava, claro que já havia pensado na possibilidade de Aya dizer isso para ele uma hora ou outra, mas não esperava que seria tão cedo e desse jeito, no caso, claramente, com todas as palavras e sem desviar o olhar como ela sempre insistia em fazer. Ele não pensou demais em colar seus lábios, iniciando um beijo lento e amoroso, alisando a cintura da mais baixa.
— Pode dizer mais uma vez? - ele pediu, a encarando com um sorriso de lado no rosto.
— Não. - Kuroo gargalhou, tirando uma risada de Aya também. - Ok... eu amo você.
— Eu também amo você. - sorriu. - Me diga quem foi seu professor, ele parece ótimo.
— Hm... foi um garoto. - deu de ombros.
— E ele é bonito? Tenho certeza que deve ser o mais lindo que já deve ter visto.
— Pensando bem... sabe que não reparei tanto nele? - Kuroo revirou os olhos, dando risada. - Sim, ele é bonito.
— Vai me contar o que aconteceu agora?
— Pode ser amanhã? - ela suspirou. - Realmente estou esperando um convite pra dormir com você hoje.
— Você não precisa de um. Mas já que insiste... Aya, aceita dormir comigo hoje?
— Por que você falou como se estivesse me pedindo em casamento? - Aya soltou um leve riso. - Mas sim, Kuro, aceito.
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𝐒𝐏𝐀𝐑𝐊𝐒, kuroo tetsuro
FanfictionOnde a tempestade chega no mar calmo em que a vida do capitão do time de vôlei se encontrava. art da capa @kwonrugger no twitter capa feita por @olimpia_valdez