Cap. 80

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O fim do intervalo finalmente aconteceu para a glória de Chenle e Mark na qual saíram ilesos, com seus uniformes limpinhos, diferentemente de seus amigos nas quais estavam com os uniformes imundos. Logo o Diretor foi pessoalmente atrás de Jeno no refeitório e quando viu toda aquela bagunça e os alunos voltando pra sala totalmente sujos, como se nada tivesse acontecido ali, o homem passou mal na mesma hora. Continuou com sua procura, agora abanava seu rosto e por fim encontrou Jeno saindo do banheiro com seu grupinho.

_ O que aconteceu aqui, pelo amor de Deus?

_ Fizeram guerrinha de comida. - Indagou YangYang num tom óbvio. _ Não tá vendo?

_ Sério?! Se você não me falasse, eu não iria saber..

_ Tá de deboche pra cima de mim? - Questionou o chinês não deixando de notar o sarcasmo do mais velho.

_ Quer ser suspenso?! - O diretor viu YangYang sorrir falso para si e balançar a cabeça em negação. _ Não?! Então cuidado com o tom que usa. E Jeno, seu pai está nesse exato momento na direção, ele quer falar com você.

_ Aconteceu alguma coisa com o meu pai? - Jeno assustado já arregalou seus olhos em desespero.

_ Não, ele está bem. Vá até a direção que você vai saber do que se trat-

Sem esperar o mais velho terminar de falar, Jeno correu até a direção preocupado com seu pai.

_ Meu Deus, o quê aconteceu?! Que uniforme podre, Jeno. - O homem se via impressionado com o estado do uniforme de seu filho. _ Você vai lavar.

_ Pai, você tá bem?! O quê aconteceu?! Porquê você veio a essa hora aqui na escola? - Jeno despreocupado com o estado de deu uniforme, só queria saber da saúde do mais velho.

_ Vamos manter a calma nessa hora.. - Pedia com as mãos. _ Eu estou bem, quem não está nada bem é o Hyuck.

_ Ah, pai. - Jeno fechou a carinha e deu as costas para seu pai na intenção de sair daquele sala.

_ Filho! - O homem o segurou pelo braço o impedindo de sair dali. _ Eu vim te buscar pra irmos até o hospital, o Hyuck teve um taquicardia e precisamos apoiar ele e a Hyeon nesse momento.

_ Táaa. Só vou pegar minhas coisas. - Demonstrando não estar nenhum pouco preocupado, Jeno andou a passos lentos para a sua sala.

Em questão de dez minutinhos o rapaz voltou, saindo juntamente de seu pai da escola mais cedo.

_ Não sabia que ele tinha problema no coração. - Jeno entrou no carro e ao jogar sua mochila no banco de trás, colocou o cinto de segurança na sequência.

_ Eu já imaginava. - Indagou o mais velho entrando no carro e colocando seu cinto de segurança, dando partida no carro na sequência. _ Eu começei a reparar que toda vez que ele se assustava, se estressava ou corria um pouquinho ele levava a mão ao peito, mas eu nunca quis perguntar pra Hyeon pra não parecer ignorância da minha parte.

Os silêncio dentro daquele carro reinou por alguns minutos, Jeno não sabia o que pensar a respeito do problema de Donghyuck, olhava para a janela do carro com um olhar vago.

_ O quê você acha se comprarmos flores pra ele? - Sugeriu o homem acabando com aquele silêncio incômodo vindo de seu filho.

_ Tanto faz. - Jeno nenhum pouco preocupado, mantinha sua atenção sobre a janela do carro.

_ Jeno! - O Sr Lee que mantinha sua atenção sobre o volante, atraiu a atenção de seu filho. _ Eu sei que você não gosta dele, mas eu te peço que seja menos. A Hyeon precisa do nosso apoio. Tenho total certeza que se fosse nós passando por isso, os dois iriam nos apoiar.

_ Mas não somos nós. - Jeno cruzou seus braços voltando sua atenção para a janela do carro.

_ Jeno! Por favor, não me envergonhe. - Pediu o homem já esperando o pior de seu filho.

Em questão de vinte minutinhos o Sr Lee chegou no hospital na companhia de Jeno na qual segurava um grande buquê de rosas vermelhas.

_ Como ele está, querida? - O homem chegou dando um beijo sobre a testa de sua noiva.

_ Ele estava com os batimentos se elevando de novo, mas foi médicado, agora ele apenas dorme. - Indagou voltando sua atenção para Jeno. _ Que lindas essas flores, meu bem.

Jeno nada disse, retirou uma rosa de dentro daquele enorme buquê e deu nas mãos da mãe de Donghyuck, a mesma tinha uma aparência apática, seus olhos estavam avermelhados confessando com apenas aquilo de que a mulher havia chorado.

_ Pra mim?! Obrigada, meu bem.. - Indagou deixando um carinho sobre a bochecha de Jeno. _ Você é muito gentil.

_ De nada.. - Jeno se virou para trás e pode ver através de uma parede de vidro Donghyuck dormi aparentemente tranquilo naquele cama hospitalar, o mesmo tinha um acesso presso sobre sua mão onde tomava remédio diretamente em sua veia.

Pensativo, Jeno se aproximou daquele parede de vidro passando a encarar Donghyuck.

_ Eu não falei sério quando desejei sua morte. - Falou consigo mesmo.

_ Tá falando sozinho? - O Sr Lee se aproximou de seu filho na qual se voltou para si.

_ Ele vai morrer, pai? - Jeno já sentia a culpa por estar vendo Donghyuck naquele hospital, ter desejado a morte dele foi algo pesado demais para si.

_ Não, meu filho. - Indagou tampando levemente a boca de Jeno voltando sua atenção para Donghyuck na qual parecia estar acordando aos poucos. _ Ele vai ficar bem, ele só precisa ser médicado.

_ Eu vou chamar o médico.. - Indagou a mulher se aproximando ao ver que seu filho havia acordado.

Poucos minutos depois o médico na companhia da mãe de Donghyuck veio e logo foram os primeiros a entrar naquele quarto. Jeno foi o único que se manteve do lado de fora do quarto olhando tudo pela parede de vidro, ainda segurava o buquê que pertencia a Donghyuck em suas mãos.

_ Como tem se sentido, meu jovem? - Indagou o doutor colocando sobre o braço esquerdo de Donghyuck uma aparelho de pressão.

_ Bem.. - Donghyuck tinha um olhar vazio, olhava para a direção da janela daquele quarto.

_ Sente dores de cabeça, náuseas, vertigens ou falta de ar? - O doutor viu o mais novo negar com sua cabeça, mantendo seus olhos para a janela. _ Dores no peito também, não?! Nada?! - E novamente o homem teve uma resposta negativa. _ Ótimo. O medicamento que receitei fez um efeito rápido, então vou receitar o mesmo pra um tratamento em casa.

_ Se me permite perguntar, qual o nome do remédio que foi usado? - Questionou a Sra Lee bastante preocupada.

_ Antiarrítmico. O Donghyuck nasceu com arritmia cardíaca, né?

_ Sim, ele sempre usou o medicamento betabloqueador. Qual a diferença? - Questionou a mulher bastante confusa.

_ Os dois tem quase a mesma função, a diferença é que um ajuda a controlar irregularidades do coração e o outro retarda a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial.

_ Jajá vamos poder ir pra casa, amigão.. - Indagou o Sr Lee enquanto ajeitava os cabelos de Donghyuck de forma carinhosa como se fosse o seu filho.

_ Licença. - Jeno entrou no quarto atraindo as atenções para si, o mesmo a passos lentos se aproximou de Donghyuck. _ Pra você.

_ Obrigado. - Sem mais Donghyuck pegou as flores oferecidas por Jeno e voltou sua olhar vazio para a janela daquele quarto.

_ Pai, você pode ir lá fora comigo rapidinho?

_ Já volto. - O Sr Lee deixou um beijo sobre os cabelos de Donghyuck e logo saiu porta a fora daquele quarto. _ Quê foi?

_ Pai, ele tá bem?! Ele parece tristonho.

_ Ele está bem melhor, talvez ele esteja triste por estar aqui no hospital. Ele não tira os olhos da janela.

_ Entendi.. - Indagou Jeno muito pensativo.

_ Vem, vamos voltar.. - O mais velho entrou primeiro, sendo ele seguido por seu filho.

RenMin - (Don't Need Your Love)Onde histórias criam vida. Descubra agora