Cap. 13

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Faltando pouco mais de cinco minutos pra completar duas horas extra que estava ali na escola, Renjun já muito chocado, muito pasmado de tudo que havia lido em quase trinta páginas do diário, decidiu guardá-lo em sua mochila e levá-lo pra casa antes que o diretor pensasse que era um livro de referência.

Livros de referência não podiam ser levados pra casa segundo a regra imposta pelo próprio direitor, e pra provar que não era um livro e sim um diário que havia encontrado, Renjun acabaria sem ele de qualquer forma, pois sabia que o diretor iria pegar e entregar para o verdadeiro dono que inclusive, não colocou seu nome em nenhum lugar do diário, apenas saiu escrevendo seus sentimentos e frustrações.

_ Muito bem, Renjun. - Indagou assustando o chinês na qual guardou o diário em sua mochila e agora tentava disfarçar. _ O castigo de hoje terminou. Espero que tenha aprendido a lição e amanhã chegue no horário imposto pela escola. É uma regra, se todos os alunos conseguem chegar no horário, você também consegue, filho.

_ Tá, posso ir agora? - Questionou um tanto desesperado.

_ Pode sim, até amanhã.

_ Até. - Renjun colocou sua mochila sobre as costas e saiu correndo porta a fora daquela biblioteca.

O direitor na qual agora estava sozinho naquela sala parando pra pensar no tanto de drama que Renjun fazia unicamente pra fugir de suas obrigações, não teve outra reação a não ser rir do chinês. Renjun por sua vez correu e correu e finalmente saiu porta a fora daquela escola já vendo o carro de seu irmão ali o esperando. Voltou a correr até chegar ao carro de Taeyong.

_ Amanhã você trate de acordar no horário, Renjun. - Assim que o mais novo entrou no carro, Taeyong começou com suas reclamações. _ Não vou ficar te buscando na detenção depois das aulas, não. Tenho coisas pra fazer.

_ Táaa, vamos pra casa ou pra casa do Tatá? - Indagou colocando o cinto de segurança.

_ Vamos pra casa, eu estou com medo do Shotaro. - Taeyong agora depositava sua atenção inteiramente ao volante.

_ Amas porquê? - Frangiu suas sobrancelhas num ato de confusão.

_ Eu vim buscar ele hoje e contei uma mentirinha pra ele falando que o Yuta estava esperando ele no carro. Eu tive que fazer isso se não ele não iria vir comigo, não me julga, tá? - Taeyong de alguma forma se sentia pressionado.

_ Tá, mas eu não tô falando nada. - Renjun deu de ombros voltando sua atenção para a janela do carro.

_ O problema é que ele me confessou que jogou meu antigo celular no vaso e agora eu tô com medo, não quero ficar perto dele. - Indagou voltando a atrair a atenção de seu irmão mais novo. _ Eu sei, eu sei que ele é só uma criança, mas porra, ele é muito venenoso.

_ É melhor irmos pra casa mesmo, você tá começando a pirar. - Renjun podia sentir o desespero de Taeyong em suas palavras.

A não muito longe dali Yuta entrou no quarto de seu irmão Shotaro com um pratinho de bolo em mãos.

_ Sai do celular. - Pediu encostando a porta atrás de si já se aproximando do mais novo. _ O quê o meu bebê tem que chegou hoje da escola e não quis saber de comer nada? - Yuta colocou o pratinho com o bolo sobre a mesinha de cabeceira.

_ Estava sem fome.. - Indagou Shotaro fazendo uma carinha de rejeição.

_ Temos que conversar, Taro. - Yuta tinha a atenção toda sobre si. _ Conversamos ontem sobre você ser vingativo. O Taeyong me contou que você assumiu pra ele ter jogado o celular dele no vaso. Só me responde uma coisinha..

_ Ah não, Tatá.. - Shotaro todo manhoso deitou sobre a cama escondendo seu rosto sobre o travesseiro.

_ Ah sim. - Yuta o puxou pelo braço o fazendo se sentar novamente. _ Qual seria sua reação se alguém pegasse esse seu celular cheio de jogos e jogasse no vaso acabando com todos os níveis que você conseguiu? - Shotaro deu o silêncio como resposta. _ Anda, me fala. Como você iria se sentir?

_ Indiferente, eu quero um novo celular.

_ Shotaro! - Indagou respirando fundo tentando se manter calmo. _ Eu vou te pedir só mais uma vez, não me faça te colocar de castigo. Para de ser vingativo. Não é assim que as coisas funcionam, já te falei isso. Eu realmente não sei onde você aprendeu a ser assim, os nossos pais e eu não somos desse jeito e.. - Yuta não pode terminar o seu sermão, ao ver os olhinhos de Shotaro se encherem d'água, viu que a qualquer momento seu irmão iria derramá-las rosto a baixo. _ Nãao.. - Puxou o mais novo para seus braços. _ Eu te perdôo, não chora.

RenMin - (Don't Need Your Love)Onde histórias criam vida. Descubra agora