Cap. 106

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Quase cinco da tarde Subin já começava a se organizar pra ir embora, ainda aquela tarde tinha que fazer compras e queria ir antes que as lojas se fechassem e não conseguisse comprar nada para janta.

_ Vamos, filho. - Chamou o mais novo na qual estava concentrado num novo jogo que Shotaro lhe mostrava. _ Amanhã quero rever o Doyoung, ouviu?! Trate de chamar ele.

_ Ele quebrou a perna até a altura da coxa.. - Yuta viu seu irmão fazer para si uma carinha de dor. _ Eu não te contei não?

_ Não, mas coitado..

_ Pois é, como ele tá machucado é difícil pra ele ficar se deslocando. - Explicava enquanto seu irmão acentia demonstrando atenção no que ouvia. _ O Tae iria buscar ele hoje, mas o Doyoung tinha uma consulta com o ortopedista. Amanhã sem falta ele vai estar aqui.

_ Acho bom. - Subin abraçou o seu irmão e lhe deixou dois beijos sobre seu rosto. _ Tenho que ir logo antes que o mercado feche.

_ Queria que você jantasse aqui, mas você é chato.

_ Eu ainda não fiz a compra do mês. Por isso eu não fico pro jantar, mas amanhã eu fico. Prometo.

_ Eu vou cobrar.. - Alertou Yuta.

_ Pode cobrar. - Subin voltou sua atenção para seu filho na qual ria juntamente de Shotaro de algo relacionado ao jogo que jogava. _ Ni-ki! Vamos logo, filho. Eu tenho pressa.

Ni-ki deu um beijo sobre o rosto de Shotaro e na sequência lhe deu um abraço de despedida, fazendo esse mesmo processo com Yuta.

_ Taro, meu amor.. - Subin pegou em mãos a mochila que seu filho deixava pra trás. _ Até amanhã.

_ Te amo. - Indagou sem desviar seus olhos de seu jogo.

Ao se despedirem Subin bem dono de casa chegou ao mercado que ficava uns quinze minutinhos de sua casa, ao olhar pelo retrovisor do carro pode ver que Ni-ki dormia no banco de trás, o mesmo teve uma tarde digamos que agitada ao lado de Shotaro. Obviamente que não deixaria seu filho sozinho dentro do carro, então não exitou em acordá-lo.

_ Acorda, meu filho. - Indagou paciente enquanto o mais novo acordava lentamente. _ Vem com o papai escolher a janta.

Ni-ki nada disse, apenas seguiu seu pai ao sair de dentro do carro, o mais velho ao travar seu carro logo se atentou para um rapaz na qual passou por si usando patins com duas rodas na frente e atrás.

_ Queria que você aprendesse a andar de patins, Nini. Mas você é muito medroso.

_ Pai, eu quebrei o pulso quando fui tentar andar de patins, claro que eu vou ter medo.

_ Tá, tá.. - Subin pegou um carrinho e saiu empurrando pelos corredores do mercado. _ Vamos indo.

Enquanto escolhia produtos básicos e realmente essenciais, Ni-ki fazia a festa no corredor dos doces e salgadinhos. Tudo o que o mais novo via e que lhe chamava a atenção, ele não deixava de pegar e jogar no carrinho em que seu pai empurrava.

_ Ni-ki! Já chega de chocolate né, filho?! Você não vai comer todas essas barras e caixas de chocolate. Já chega, não vamos levar tudo isso.

_ Vamos sim, eu vou pagar com o dinheiro da minha mesada. - Ni-ki retirou do bolso de seu uniforme os trocados que haviam sobrado do dinheiro do lanche.

_ Mas de jeito nenhum, não vou deixar você gastar o dinheiro da mesada com porcarias.

_ Então você paga pelos chocolates. - Insistiu o mais novo afim de levar tudo o que havia escolhido.

_ Escolha apenas três, não vamos levar dez barras pra casa. Ficou maluco? - Questionou voltando sua atenção para a lista de comprar em sua mão.

_ Papai, por favor. - Pediu juntando suas mãos em formas de súplicas.

_ Nem pensar.. - Subin voltou sua atenção para a prateleira de frios a sua frente. _ E os salgadinhos a mesma coisa. Tem muito salgadinho, escolhe apenas três.

_ Não quero escolher. - Indagou num tom firme.

_ Tá, deixa que eu escolho então.

_ Não, pai. - Ni-ki a essa altura já tinha sua voz embargada de choro.

_ Shii.. - Subin pediu fazendo um sinalzinho com a mão. _ Sem chorar. - Olhou rapidamente para trás ao ver que Ni-ki olhava atento para outra direção. _ Que foi?

_ Aquele cara tá andando de patins aqui dentro.

_ Tá, deixa ele. - Indagava abaixando o dedo do mais novo na qual apontava em uma direção. _ Agora escolhe o que você vai levar, me obedeça. - Subin então voltou sua atenção para a lista de compras.

Pouco mais de vinte minutos depois Ni-ki conseguiu convencer seu pai com muito custo a pagar por tudo que havia escolhido.

_ Hã, hã.. - Puxou a mão do mais novo na qual enfiou dentro do pote de balas que ficava ao caixa. _ Não vou comprar balas, você nem gosta de ficar mastigando isso.

_ Não é pra mim, é pro Taro e pro Sung.

_ Ni-ki, já chega. - Subin pegou cinco balas em suas mãos e deu nas mãos de seu filho. _ Não vou gastar mais nenhum centavo com doces. Depois você tem dor de barriga e eu que me ferro depois, porque você é um chato, não toma remédio mais nem apanhando.

_ É seu filho ele? - Subin se virou para trás dando de cara com um rapaz de boa aparência na qual usava patins.

_ Sim. Quer passar na frente?! Você está com pouco coisa.. - Indagou se mostrando cordial.

_ Relaxa, eu não tenho pressa.

_ Certeza? - Subin recebeu um acentir. _ Okay.

_ Pai, eu não peguei refri.. - Indagou Ni-ki se lembrando de mais um item.

_ Eu já peguei. - O homem se mantinha um tanto mais sério para o mais novo.

_ Ele parece que come bem.. - E novamente o rapaz atraiu a atenção de Subin para si.

_ A-ah, sim. - Sorriu sem jeito. _ Mas se deixar, ele não come nada saudável.

_ Eu tenho um primo que virou vegetariano.

_ Sério?! - Subin se virou para trás totalmente, se vendo interessado no que o rapaz falava consigo. _ Ele tem quantos anos?

_ Ele tem treze, mas pode se dizer que ele é uma criança de personalidade. Se ele bota uma coisa na cabeça, ninguém tira.

_ O nome dele por um acaso é Sungchan? - Questionou Ni-ki entrando na conversa.

_ É?! Você conhece ele?

_ Somos amigos. - Indagou num tom orgulhoso

_ Que mundo pequeno.. - Seungwoo sorrindo frouxo olhava fixamente para os lábios alheios. _ Né?

_ Demais.. - Sorria sem graça pela atenção que recebia do rapaz a sua frente. _ Sou o Subin e esse é o meu filho Ni-Ki.

_ Muito prazer, sou o Seungwoo. - Indagou apertando a mão de Subin, mas não deixando de ter seus olhos presos nos lábios rosados do mesmo.

_ O prazer é nosso, não é filho? - Subin envergonhado se voltou para seu filho e na sequência se virou para a frente andando um pouquinho mais com o seu carrinho de compras até o operador do caixa.

RenMin - (Don't Need Your Love)Onde histórias criam vida. Descubra agora