A festa de Hange

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Mikasa abriu os olhos e se espreguiçou naquela cama tão confortável e tão grande. Ela respirou fundo enquanto esboçava um sorriso e olhava para o quarto ao qual acordou. No lado de fora não havia vozes agitando e nem brigas sobre a louça ou coisa do tipo – havia dormido na casa de Levi mais uma vez e dessa vez ficou no quarto de hóspedes.

Fazia tempo que não tinha uma noite de sono tão revigorante quanto agora e ela se sentou na cama onde ajeitou suas vestes e logo se levantou para ir até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Tudo na casa dele era tão bonito e organizado que fazia Mikasa querer ficar aqui por mais tempo.

Ela saiu do quarto e foi até o de Levi, que ainda estava dormindo. Ele parecia em um sono profundo e ela não queria acordá-lo, então desceu as escadas e foi direto para a cozinha e começou a preparar algumas panquecas – era algo que ela sabia que ele gostava.

Com a janela aberta, a brisa revigorante do oceano invadia a casa e trazia consigo aquele cheiro gostoso do mar ao qual se misturava com as panquecas e formava um aroma diferente e ainda assim delicioso.

Quando terminou de preparar o café da manhã, ela arrumou uma bela mesa e subiu ao andar de cima para ver se o Rivaille já havia acordado – pois já havia se passado pelo menos uma hora desde que ela começou a preparar o café.

Mikasa abriu a porta com cuidado novamente e agora viu que ele estava sentado na cama observando a praia lá embaixo. A Ackerman deu uma batidinha na porta e ele a olhou por cima do ombro enquanto ela sorria e entrava no quarto de Levi.

– Bom dia. – diz a morena.

– Bom dia. – ele responde.

Apesar dele lhe dar um sorriso, os olhos dele estavam cansados e ele parecia desanimado. Mikasa não sabia o que ele tinha, mas achou indelicado perguntar tão rapidamente e a única coisa que se passou por sua cabeça pareceu ser a melhor solução no momento.

A morena subiu na cama e foi para trás de Levi, onde colocou as mãos nos ombros dele. O Rivaille estava sem camisa e ela começou a massagear os ombros dele e perceber o quão tenso ele parecia estar.

– O que está fazendo? – ele pergunta, com curiosidade e receio.

– Você parecia tenso e achei que merecia uma massagem. – diz Mikasa enquanto aperta ainda mais as mãos na pele dele.

Levi dá um suspiro seguido de um sorriso e a massagem de Mikasa continua naquele ritmo e isso só fez com que ele fechasse os olhos e respirasse fundo – parecia estar gostando.

Apesar de ainda estar se sentindo estranha quanto a essa enxurrada de sentimentos novos que começaram a lhe invadir a alguns dias atrás, Mikasa não era tola e sabia o que queria, ela só não sabia o que ele realmente queria.

No calor do momento a morena desceu as mãos pelo peitoral de Levi e ele encostou a cabeça no peito dela. O Rivaille continuava com os olhos fechados e isso só fez com que Mikasa desse um sorrisinho e se abaixasse mais na cama – porque até então ela estava de joelhos atrás dele.

Os lábios dela encostaram-se na nuca dele e ela deslizou o lábio inferior até o pescoço dele, na intenção de subir para a orelha e enquanto isso a perna direita dela ia para o colo de Levi na intenção de provoca-lo e isso só fez com que Levi abrisse os olhos e desse um sorriso de canto.

Mikasa ainda não havia visto Levi sem camisa e tampouco havia tocado nele assim e ao deslizar as mãos pelo peitoral dele e descer, ela conseguiu sentir o abdômen definido dele nos seus dedos que dançavam para lá e para cá.

Levi virou um pouco o rosto e isso fez com que seu olhar se cruzasse com o de Mikasa e eles não disseram nada e ele colocou a mão na perna dela e aquele toque fez com que ela se arrepiasse instantaneamente. Foi um toque simples, mas a deixou sem reação e até mesmo um pouco corada e isso só serviu para que ela se afastasse dele e se levantasse da cama.

Até o último suspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora