Capítulo 7 - Diversão

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Depois das informações dos guardas eu voltei para meu quarto. Baron estava ferido e vampiros eram os responsáveis? talvez isso me dê alguma chance de ter uma luta real. E novamente me sentei em meu quarto e comecei a pensar sobre o que fazer sobre isso. Os templários proibiram qualquer tipo de interferência nesse caso, sério isso?

Lia havia me falado que era melhor não interferir com eles. A família real pode ser irritante ter que lidar no futuro, mas isso é simples de resolver, eles não irão atrás de mim se eu puder esconder minha identidade, sem contar que ter afinidade com os quatro elementos e divergência em eletricidade pode facilitar esse alter ego que irei criar.

Peguei a espada que consegui com Hagar encostada na parede embaixo da janela e desci diretamente ao pátio em que eu havia lutado com Lia anteriormente. Fiquei exatamente no meio do pátio sozinho fechei meus olhos e me concentrei enquanto esperava os artefatos funcionarem e a barreira se formar ao me redor. Logo após as barreiras se formarem eu me posicionei para batalha e finalmente liberei minha mana na espada, ela estava aguentando bem sem trincar como esperado. A eletricidade azul rodeava a espada como se estivesse em uma conexão magnífica. O metal escuro da espada dava um clima sombrio, o que eu devo admitir que combinava comigo. A espada era negra e a cada movimento que eu fazia com ela um pequeno som era emitido, era um som satisfatório, quase como se tivesse uma linguagem própria, eu golpeei o ar com os olhos fechados, eu estava somente deixando minha mente me levar. Fiz um pequeno espetáculo com a espada e liberei mais mana, mas dessa vez também ao meu redor. Eu podia sentir a energia dos raios vazando do meu corpo, eu estava me sentindo incrível. Levantei uma de minhas mãos até a altura de meu ombro e girei. Uma silhueta feita completamente de energia azul se formou a minha frente, e acompanhava perfeitamente conforme eu girava, era como uma serpente dançante no ar.

Depois de treinar a manipulação de mana eu pude me acostumar o suficiente com esse corpo o elemento que eu queria, os artefatos deixaram de brilhar e a barreira desapareceu. Eu encarei os céus por alguns segundos me perguntando se eu realmente deveria fazer isso, mas minhas ideias eram claras. Eu tinha que testar meus limites, eu tinha que me arriscar.

Eu abri a porta para voltar para dentro de casa, os ventos da tarde batiam em minhas costas enquanto eu entrava, a noite estava chegando, o sol estava começando a enfraquecer e algo me atraiu ao mesmo tempo. Eu percebia uma fonte de mana logo as minhas costas, eu virei meu rosto lentamente enquanto meu pé continuava parado, preparado para entrar dentro de casa. Meus olhos seguiram o fluxo de mana até uma grande árvore que tinha em volta da arena. Atrás da árvore eu percebi, era Sato, ele estava me observando todo esse tempo, em silêncio, apenas observando, sem me dizer uma única palavra. Imediatamente me questionei sobre seus objetivos em me observar. Será que ele já suspeitava de algo sobre mim? é provável. Eu sou uma criança que consegue lutar como um fortalecedor habilidoso facilmente, e eles não sabem absolutamente nada do meu passado. O problema, é que nem mesmo eu sei. As tentativas com Elora foi um desastre, eu não consegui ter uma única visão ou ideia se esse corpo em que eu estou tinha uma vida antes, parece que vai demorar para eu conseguir respostas.

Ignorei a presença de Sato e entrei, me encaminhei até meu quarto e deixei minha espada no mesmo lugar de antes. Abri a janela e observei o céu, começando a escurecer. Me sentei na beira de minha cama e fechei meus olhos, me concentrei novamente em minha marca no meu peito, liberei lentamente a mana até abrir novamente meus olhos. Eu estava no vazio novamente, as formas geométricas continuavam flutuando e fazendo seus movimentos estranhos conforme iam lentamente seguindo seus caminhos.

- AURORA - Gritei escutando minha voz sem um único eco, era como gritar em um grande campo vazio

Uma pequena esfera negra se aproximou, ela era quase igual a última vez que a vi, mas dessa vez ela parecia um pouco maior. Somente um pouco

O Demônio PrimordialOnde histórias criam vida. Descubra agora