O Demônio Primordial

Capítulo 8 - Noite

O sorriso que se formou no meu rosto foi de pura emoção da batalha. O sentimento de adrenalina que percorria no meu corpo era simplesmente maravilhoso. Com minha espada negra empunhada em minha mão direita, defendi um dos ataques que veio em minha direção. O vampiro com cabelo curto e castanho alto o suficiente para ter que olhar para baixo para ter uma visão de meu rosto tampado com uma máscara, em que a única coisa visível eram meus olhos azuis brilhantes.

- Seu desgraçado, que tipo de anão é você?! - Ele perguntou

Nós trocamos alguns golpes e faísca saia a cada impacto de minha espada com suas mãos com unhas enormes parecendo lâminas. Depois desse pequeno confronto nós nos afastamos um pouco, mantendo cerca de 2 metros de distância. Ele continuava me encarando esperando uma resposta e esperando outros vampiros me cercarem.

- Você fala bastante para uma pessoa que está prestes a morrer - Eu falei em um tom alto, sendo o suficiente para alguns ao meu redor ouvirem

Seus olhos se arregalaram um pouco até eu manipular a mana até meus membros e surgir atrás de seu corpo como um borrão. Minha espada perfurou suas costas e se arrastou até parte de sua cabeça. Um grande corte estava feito de sua cabeça até a altura de seu peito. Seu corpo se manteve firme até eu arrancar minha espada e o cadáver cair no chão.

A atenção dos outros que estavam lutando estavam fixas, os únicos que me observavam eram os outros 2 vampiros que estavam com os olhos arregalados vendo o corpo deformado no chão. A aura que eu exalava era esmagadora, o suficiente para fazer eles recuarem alguns passos. Mas não era tão fácil, imediatamente os dois avançaram em minha direção lutando contra seus instintos que gritavam para fugir. Eu repeti suas ações e corri na direção dos dois. Enquanto corria apertei meu punho da mão esquerda e dei um grande soco no chão. Traços de eletricidade percorreram meu braço até se expandirem pelo chão e acertarem os dois ao mesmo tempo. Eles caíram imediatamente sem dar um único sinal de vida.

Ao olhar ao meu redor eu percebia o estado da luta. Klayden estava lutando com outros 2 vampiros. Ele estava se saindo bem, apenas com feridas leves em seu rosto. Com o levantar de sua espada, uma grande luz amarela surgiu em sua espada perfeitamente forjada. Sua espada era simplesmente elegante. Era um espada longa de uma mão com detalhes que pareciam ser feitas de ouro em seu cabo e a cruz. Asas brilhantes se destacavam, quase como se a espada fosse divina.

A luz se estendia pela lâmina que emanava mana pura, a luz fez os vampiros à sua volta se afastarem com a mão no rosto, incluindo eu. A luz era insuportável para mim, era como tentar olhar diretamente para sol após ter acabado de acordar. Antes que eu pudesse retirar os braços de meu rosto, os vampiros ao redor de Klayden estavam mortos, uma cabeça estava rolando no chão enquanto outro estava com buraco em seu peito. Suas habilidades estavam sendo colocadas a prova, mas sua reação ao me ver foi inesperada. Seu rosto havia mudado de humor rapidamente, sua cara estava séria e nós nos encaramos por alguns micro segundos. Eu não sabia se ele me via como um inimigo mas ele claramente não teve exatamente um boa imagem minha.

Helena havia acabado de levar o soco de um dos vampiros. Seu corpo havia voado alguns metros até acertar um árvore. Ela ficou atordoada alguns segundos e sua espada caiu no chão. Ela claramente estava em um estado de impotência, ela não podia lutar mais. Imediatamente corri em sua direção e o vampiro que estava lutando com Helena me viu. Seus olhos se arregalaram conforme eu me aproximava e ela imediatamente reagiu. Sua boca se abriu mostrando suas garras, e como um grito, uma espécie de energia roxa saiu rapidamente em minha direção. 

Como se estivesse em câmera lenta eu pude me desviar para os lados, mas algo que eu não esperava aconteceu. Ao me mover para o lado a energia se expandiu e pode acertar levemente meu braço esquerdo. A dor que eu senti era insuportável. Ela pulsava, foi o suficiente para fazer eu desacelerar, mas não parar. Consegui segurar um leve grito e pude ver o pequeno sorriso do vampiro. Era um sorriso sádico, a única coisa que consegui sentir naquele momento era ódio.