Cheguei em casa extremamente cansada. A aula foi entediante como sempre. Estava me sentindo sozinha. Procuro por Duda e não a encontro, nem aos meus pais. Pego meu celular na mochila a fim de ligar para eles, quando percebo que já haviam me mandado uma mensagem.
"Filha teremos que passar a noite aqui no hospital. Duda pegou uma virose e precisa ser mantida sob observação, nada demais."
Arrasto a tela para visualizar a segunda mensagem.
"Pode pedir uma pizza! Não quero que mexa com fogo".
Respondo a mensagem acalmando minha mãe sobre não mexer com fogo e desejando melhoras para Duda.
Senti-me aliviada pela minha irmã. Não sei por que, mas de alguma forma estava me culpando pelo o que lhe aconteceu, por não ter notado antes. Peço uma pizza de calabresa pequena acompanhada de um refrigerante diet.
Uma ideia me ocorreu. Subi ansiosa para o meu quarto e abri o fundo falso do meu closet pegando com dificuldade o grande tabuleiro Ouija. Finalmente poderia jogar sem preocupações.
Posicionei o tabuleiro no meio do quarto, sentei-me a sua frente. Coloquei meus dedos no ponteiro e inspirando fundo, dei início á sessão.
-Sentiu minha falta?
O ponteiro percorre o tabuleiro aleatoriamente até parar no "SIM". Sorrio.
-Preciso desabafar, mas quero uma pessoa que me entenda.
Paro para pensar. O quê eu estava prestes a fazer era contra as regras do jogo, mas eu já estava tão familiarizada com o tabuleiro. Talvez não faça mal.
- Você poderia se manifestar em vida?
Meu coração acelerou. Neste momento, o ponteiro corria freneticamente, marcando as letras, formando:
M-E-A-G-U-A-R-D-E
Inesperadamente a companhia toca. Com um susto olho para baixo. O ponteiro estava fora do tabuleiro.
-Não, não... Droga! – Repito várias vezes enquanto desesperadamente tentava assumir o controle da situação. As mãos trêmulas não ajudavam muito.
O cômodo de repente fica frio e me arrepio toda. Uma voz sinistra fala em um sopro:
-Amanhã às três.
Não tenho nem tempo de responder ou perguntar nada. O ponteiro desliza quase que de imediato para o "ATÉ MAIS".
Com a permissão de sair da sessão, desço até o primeiro andar para atender a porta.
-Está tudo bem moça? Parece que viu um fantasma. - Pergunta o entregador enquanto me entrega a pizza e o refri.
Balanço a cabeça, distraidamente, enquanto pago pela entrega e me dirijo de volta à cozinha. Deliciando-me com a refeição ponho-me a refletir sobre os eventos que acabaram de acontecer.
Sem querer deixei o ponteiro sair do tabuleiro, isso não é nada bom, em termos espirituais o espirito pode conseguir influenciar no plano vivo. E caso isso ocorra, você pode estar em perigo. A voz misteriosa dizia três da manhã, estranho.
Uma sonolência crescente tomou conta de mim, me impedindo de raciocinar. Larguei o copo que estava segurando sobre a pia, me debrucei na bancada a fim de me equilibrar. Não demorou muito até que eu fosse de encontro ao chão.
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Duas Garotas e um Hospício
ParanormalAlison é apenas uma adolescente comum, quando seus pais estão ausentes, ela decide ministrar uma sessão de Ouija sozinha. A partir deste ponto, um rosto passa a perturbá-la constantemente. Será que Ali conseguirá convencer a todos de que não está l...