Uma claridade absurda surgiu ao abrir a porta, uma luz branca, fria e intensa, como algo do além...
Comecei a sentir um calor aflorando levemente pela minha pele, senti um aroma adocicado de citronela. Minha cabeça doía. A claridade começou a diminuir, me permitindo ver através de uma fresta de meus olhos, figuras coloridas e desfocadas. Com a luz diminuindo, as figuras começavam a tomar forma... ate que percebo... Minha cama, meu armário, meu closet... estava em casa! Chorando de alegria comecei a gritar por meus pais.
Os dois subiram as escadas correndo, gritando:
-Ali? Ali? O que houve?
-Ali, olhe para mim querida, está tudo bem? – diz minha mãe ao se aproximar de mim, que logo em seguida grita: - Romulo, liga para a emergência!
- O que? Porque? O que está acontecendo? – responde meu pai enquanto tenta pegar o celular, ao se aproximar de mim ao mesmo tempo.
Assim que chega perto o suficiente, arregala os olhos, e liga para alguém. Enquanto isso, minha mãe tira minha blusa ,como se eu fosse uma boneca, procurando por ferimentos. Enquanto ela me agarrava, me debati até o espelho, e chocada, gritei.
-Não sou eu, Mãe me ajuda, essa não sou eu – gritava enquanto gesticulava para o espelho.
-Ei, olha pra mim! – Minha mãe chamou – Respira comigo um, dois expira, 3, 4 inspira...
Eu já não ouvia mais nada ao me redor, a única coisa que eu podia ver era meu reflexo, eu estava branca, pálida como neve, meus tornozelos e pulsos estavam vermelhos como... como se alguém os tivesse amarrado. Minhas pernas e braços estavam arranhados. Minhas costas estavam marcadas. E meu pescoço estava esfolado e irritado, como se alguém estivesse me asfixiando há poucos instantes.
Senti meus joelhos falharem, de repente, tudo estava mais calmo, em câmera lenta, como naqueles filmes onde tudo para, e se começa a tocar uma das mais belas músicas.
Conseguia ver minha mãe gesticulando algo, não estava muito nítido, vi alguns paramédicos invadirem o meu quarto e se dirigirem a mim, como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo. Senti colocarem-me na maca, senti o grande volume de oxigênio que agora corria em meus pulmões devido ao respirador. Algo doía, de leve. Vejo meus pais desesperados pegando Duda no colo e me seguirem, minha visão ficava cada vez mais turva. Até que tudo se apagou.
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Duas Garotas e um Hospício
ParanormalAlison é apenas uma adolescente comum, quando seus pais estão ausentes, ela decide ministrar uma sessão de Ouija sozinha. A partir deste ponto, um rosto passa a perturbá-la constantemente. Será que Ali conseguirá convencer a todos de que não está l...