8º Pecado Capital

Orgulho

Yuki On:

- Pare de brincar no serviço, essa coisa não é normal. - a voz de Lilith sai do aparelho novamente em nossos ouvidos, numa voz séria, talvez um pouco preocupada com a situação. - Yuki, siga o plano e tome conta bem dos pequeninos, não se preocupe se algum deles conseguir passar, eu te cubro.

- Entendido. - Não era hora de moleza, saio daquele estado inerte e sem esperança e avanço para ter uma mira melhor contra os soldados de pele verde e grotesca.

Começo a correr e me afastar do grupo, enquanto eles cuidam do comandante, focando meus olhos apenas na entrada da toca de monstros. Tento não tirar meus olhos nem por um segundo, até mesmo evitando piscar. Quando chego a uma distância segura daquele buraco obscuro, onde não saberia quando a horda de goblins subiria para a superfície, tento me manter estável com a situação dando longas e fundas respirações. Começo aos poucos botar minha cabeça para funcionar e aos poucos bolando diversas estratégias que fossem eficientes contra eles.

- Como são apenas goblins, não terei tanto problema. - Digo me preparando completamente. Começo aos poucos me relembrar de quão fácil foi matar os goblins, com Ren e Leo, me dando uma certa esperança. O único problema seria... - Quantidade... então eu preciso manejar com cuidado a minha mana... aff, eu sei que disse que queria ajudar, mas não lutar contra um exercito sozinho...

Em meio as minhas reclamações, começo a ouvir um som excruciante e agudo vindo da toca. Aquilo começa a entrar em minha mente, como se risse de meu alívio, como um som de um ninho de ratos grunhindo em desespero e fome. Mesmo sentindo aquele som quase nauseante entrar em meus ouvido, tento não me desesperar e me preparo para o combate. Mantenho minhas mãos prontas e a imagem clara do relâmpago em minha mente, logo as faíscas roxas começam a dançar em meus dedos e se juntando em uma única esfera entre as minhas palmas. A tensão está no ar quando vejo a primeira cabeça saindo apressada da toca, com sua cabeça sem cabelos e orelhas pontudas com aspecto grotesco, presas afiadas e seus olhos que brilhavam um amarelo sujo e apavorante. Aos poucos mais goblins começam a sair aglomerados, quase idênticos e com sua pele rugosa e verde. Eu sou a primeira coisa que eles veem, tendo todas suas pupilas abertas e selvagens em minha direção. Sinto um leve frio na espinha por ser o centro das atenções mas ao mesmo tempo estava agradecido por isso, com eles focados em mim, o grupo de Helena pode lutar sem problemas.

Quase como se estivessem ansiosos com minha presença, eles todos abrem um sorriso sinistro e amostrando todos os seus dentes, enquanto alguns apenas deixavam uma língua vermelha manchada e pingando saliva para fora. O bando monstruoso finalmente se move com suas pernas curtas, correndo em minha direção amostrando suas unhas afiadas e alguns carregavam porretes e lanças mal feitas e primitivas. O som de passos pequenos e grunhidos selvagens domina o campo em minha frente. Tento ao máximo isolar aquele som perturbador de minha mente, com o som da eletricidade.

Me foco completamente na carga elétrica roxa em minhas mãos e finalmente libero a energia. Deformando sua forma redonda e formando o longo chicote eletrizado avançando contra os goblins correndo em minha direção. Atingindo o meio do grupo de monstros, atravessando vários dos corpos pequenos e fazendo pedaços de carne queimada voarem. Não dando a mínima para a vida de seus companheiros, os outros goblins continuam correndo sem medo da morte e até passando por cima dos cadáver verdes que davam pequenos espasmos pela eletricidade. Vendo aquele avanço desenfreado, não perco o momento, não desfaço a eletricidade e seguro a longa linha eletrizada com força e tentando resistir a dor dos relâmpagos. Encostando na linha roxa, consigo sentir o meu mana começar a controlar a corrente elétrica e diminuindo a dor em meus dedos. Agora retomando o controle, começo a fazer movimentos longos e fortes com o meu braço, cortando a carne dos pequenos monstros que encostavam na minha eletricidade.