Capítulo 6 - Uma Ultima conversa

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Quando cheguei em Moema, tinha garotas de programa na rua mais do que aquelas manifestantes. O bairro era nobre da cidade. Mas não acreditava que havia tantas prostitutas em um local tão rico como esse. A casa da minha sogra era em frente a um restaurante. Eu já pensava em convidar ela para o Jantar, porém quando cheguei na casa dela, estava tudo fechado. Nem o restaurante podia ser aberto. Então eu fui até a casa da minha sogra, e saber como ela está. Queria contar as coisas que anda rolando na vida e porque estou ficando confuso e queria contar que estaria conhecendo outra pessoa só não sei qual seria a reação dela. O nome era Márcia e ela estava diferente do que a última vez que a vi. Eu chamei ela

Marcia - Chamei

Então a luz se acendeu e ela apareceu para abrir o portão. Ela quando abriu ficou chocada ao me ver. Estava com uma taça de champanhe e uma roupa vermelha e calça preta. Ela ficou sem palavras ao me ver e depois me abraçou. Eu senti seu peso de tristeza e alívio que carregava com ela. Parecia que ela não queria me ver por causa da Aline, mas eu estava mais traumatizado que ela. Sendo que fui a pessoa mais próxima que ela. Então eu entrei na casa dela e mesmo sem dizer uma só palavra eu sentei e fiquei esperando ela terminar de tomar seu champagne. Logo eu estava olhando o celular e algumas pessoas estavam brigando comigo por causa do anúncio da casa. Porque eu não retorno ou porque eu não apareço, eu falei para eles que tinha um imprevisto e que não pude comparecer. Eu pedi desculpas, mas algumas pessoas já começaram a desistir de comprar a casa. Outras até entenderam e remarcaram para amanhã. Naquela hora eu pensei em desistir de vender a casa porque talvez poderia entender porque eu estaria fazendo isso. Mas queria dizer isso também para Márcia e ela teria que saber a razão do porque estar fazendo isso. Eu falei com a márcia sobre como anda a vida

Então, o que anda fazendo agora? seu namorado, sua rotina, a sua casa continuou a mesma. - Disse a ela.

Eu terminei com ele faz 4 meses, primeiro que ele se mudou para miami e segundo porque já estava de olho em uma loira, como consequência ele me deixou cheio de dívidas mas ganhei um processo por lesão. E não foi o suficiente. Desde que a minha filha morreu, eu estava vivendo minha vida, mas aí tudo começou a cair. - Ela falou.

Eu entendo. passei por sérias dificuldades também mas saí bem e tranquilo, alias eu de vez em quando sinto a falta dela mas sinto também que ela está presente de alguma forma. - Falei tentando citar meu momento de vivência com a Aline.

Eu sei, ela continua viva em nossas memórias. Lembro que quando ela tinha 13 ela escondia algo de mim quando na verdade era a nota baixa do boletim. - Falou rindo.

Pois é, ela comentou sobre o momento que ela passou com um garoto antes de mim? quando tinha 14. - Questionou.

Não. Sempre que ela vinha com alguém o pai dela metia bronca. - Respondeu Comentando.

Sério? parece que ela se manteve calada. - Falei rindo.

Eu queria que ela fosse uma garota saudável, crente. Mas quando crescem, as pessoas mudam e o comportamento também. - Falou pensando na Aline.

Entendo. As vezes quando conhece a gente não percebe, mas acaba seguindo os passos de deus mas preferimos algo mais ao invés de tanto conservadorismo. - eu disse.

Você é diferente dos rapazes que ela trouxe. - Ela falou pensando em outra coisa.

é eu sou uma pessoa que não se conforma muito com o que os outros pensam. - Falei com sinceridade.

Estranho porque no diagnóstico dela, disse que ela morreu de Cancer no utero. - DIsse desconfiada

Eu sei disso, e antes que pergunte qualquer coisa, Sim a gente fazia sexo mas eu usava proteção. E não fui capaz de passar uma doença a ela. - Falei sem pensar em uma acusação dela.

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