Pele

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Notas da tradutora:

Sou obrigada a dizer que esse é um dos meus capítulos preferidos! Boa leitura.
Comentem o que estão achando da tradução e da fic. Eu repasso todos os comentários de vocês pra autora! Beijos :D

(OBS: Gente, desculpe a inconsistência nos posts, é que tudo depende da velocidade que eu consigo traduzir, meu objetivo é postar um por semana, mas as vezes não consigo, então vou sempre tentar deixar no máximo uma diferença de 2 semanas de capítulo para outro.)

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Capítulo 8 - Pele:

-Olhe para mim quando estou falando com você, macaco!

-Claro, meu Senhor.

O olhar frio e vazio de Vegeta estava fixo nele, mas de alguma forma não estava. Estava vazio e sem foco, como os olhos de um homem morto. Algo sobre a maneira como ele consentiu, a maneira muito fácil de sua submissão e, ainda assim, a completa falta de atenção enfureceu Freeza e ele deu um tapa forte no rosto de Vegeta. Quando ele se recuperou do golpe, ele devolveu aquele rosto vazio imediatamente ao seu mestre. Freeza deixou escapar um suspiro de frustração; era sempre assim agora. Seja atormentando-o publicamente, insultando-o ou mesmo agora colocando suas próprias mãos na tarefa de trazer o macaco ao nível de direito, não houve mais reação. Não havia nada que indicasse que dentro deste corpo se escondia uma alma mortal capaz de dor e alegria. Freeza tinha feito um pequeno jogo de brincar com seu orgulho e forçar os limites de sua sanidade e agora, ao que parecia, ele havia vencido o jogo, mas seu prêmio era uma ferramenta vazia e totalmente entediante.

Ele agarrou Vegeta pelo queixo com uma mão indescritivelmente poderosa. Vegeta apenas olhou para ele, qualquer traço de medo perdido em sua apatia costumeira. Ele queria morrer? Ele se importava?

Freeza bufou em desgosto e empurrou Vegeta para longe dele. Ele voltou ao seu trono e se sentou nele, estalando os dedos para que Zarbon pegasse seu vinho.

-Seus deveres como capitão começarão imediatamente. - Ele rosnou, frustrado e entediado. -Reporte-se ao departamento de administração neste círculo para receber suas instruções sobre suas atribuições, sua nave e sua tripulação. Novas vestimentas estão sendo transferidas para seus aposentos e você foi transferido para o andar dos oficiais do segundo círculo. Suas posses já devem ter sido transferidas. Agora saia da minha frente.

-Claro, meu senhor. - Ele se levantou de joelhos, onde permaneceu por causa da ausência de ordens previas. - Meus agradecimentos.

A reverência rígida que ele deu, nem respeitosa nem insolente, inflamou a raiva de Freeza e ele teve que se conter quando o Saiyajin se virou e deixou a sala do trono para seguir suas ordens, deixando-o sozinho com Zarbon.

Ele não disse nada a Zarbon, que ele podia sentir fervendo de ressentimento em seu canto, e esvaziou o copo de vinho.

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O Saibamen ofereceu muito pouca libertação naquela tarde. Eles não eram um desafio suficiente para alcançar a abnegação que Vegeta buscava e, como tal, ele não podia deixar de repetir os eventos do dia em sua mente.

Depois que Si'eth terminou de vasculhar sua cabeça, ele substituiu o olho falso e o liberou para ir. Vegeta estava pronto para sair, mas quando abriu a porta da sala aquela mulher ridícula ergueu os olhos de seu trabalho e deu-lhe um sorriso simpático. Ele foi atingido por um súbito ataque de autoconsciência ao perceber que era a primeira vez que saía do cômodo sem os curativos. Ele devia parecer horrível para ela e para qualquer outra pessoa. Ele se retirou de volta para a sala de operação, tentando parecer que havia esquecido algo, mas agora, ele não sabia o que pretendia atingir com isso.

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