Permissão

39 5 5
                                    

AVISO da Autora: O flashback deste capitulo contém conteúdo que pode ser perturbador. Se você se sentir desconfortável em qualquer parte da leitura, pule para o próximo texto. Isso não vai afetar seu entendimento do capítulo muito drasticamente. 

______________________________

Nappa insistiu que era um rito de passagem, algo que todos os Saiyajins tinham que fazer quando viravam homens. Ele era mais do que insistente, apesar das duvidas de ambos, ele e Radditz, de que Nappa tivesse calculado o ando em que Vegeta deveria completar este ritual em particular. Radditz estava mais propenso a realizar seus deveres de adulto, apesar de ser um pouco mais novo do que Vegeta. Ao mesmo tempo, isso teria que ser feito em algum momento, e ele seria motivo de risadas se deixasse a estação sem completar o que deveria ser uma tarefa simples. Ele suspeitava que sua falta de interesse até agora e os rumores sobre ele que rondavam consequentemente eram a real motivação de Nappa para a zelosa promoção do ritual.

Ele sabia o que fazer, tinha ouvido como fazê-lo, mas agora, sozinho e enfrentando a possibilidade de colocar a teoria em prática sem nenhum incentivo além da gargalhada rouca de seus companheiros soldados, ele se encolheu.

"Entre aí, garoto!" Foi sua instrução de despedida quando foi empurrado para a sala com a porta trancada atrás de si. Ele resistiu ao desejo de verificar a trava.

Ela era bonita, ele supôs, do jeito comum de todas as escravas do bordel, e compartilhava muitos de seus traços símios. Provavelmente foi por isso que ela foi escolhida por seu tutor. Ele esperava que ela ajudasse neste evento humilhante, mas até agora ela não tinha feito nada além de ficar deitada imóvel na cama, seus olhos inexpressivos olhando fixamente para o teto. Seu primeiro passo hesitante para a frente não provocou nenhuma resposta dela. Vegeta presumiu que Nappa escolheu essa garota puramente pela estética e sem qualquer consideração pela experiência.

Quando ele se ajoelhou na cama, viu a expressão dela enrijecer. Ele também viu as mãos dela se agarrarem reflexivamente às cobertas, tentando sem sucesso esconder os dedos trêmulos. Ele não se lembrava de ter ficado mais desconfortável.

Ele não a queria, provavelmente nunca a desejaria, mas foi dito por todos os lados que não tomá-la com alegria animalesca o tornava menos homem aos olhos dos soldados. Que tipo de universo era este onde ele poderia tirar a vida de um guerreiro - e frequentemente - e ainda lhe era recusado o título de 'homem' até que ele despachasse sua semente?

Ele tinha procrastinado o suficiente. As roupas casuais que Nappa o fizera usar eram largas o suficiente para que ele pudesse se apresentar sem expor nada mais do que o necessário, e sem proferir uma palavra, ele montou na prostituta de maneira inexperiente.

A experiência não foi devastadora. Calor e pressão que ele esperava, mas não conseguia descrever as sensações produzidas pela fricção suave como agradáveis. Era muito sensível e se encaixava longe do espectro do prazer para algo mais parecido com a dor. Ele empurrou mais, mas mal conseguia manter sua ereção fraca como estava, e olhar nos olhos mortos da jovem enquanto ele se debatia em cima dela o deixava mal do estômago.

Ela era tão jovem. Agora que ele estava perto dela ele podia ver através da maquiagem mal feita que ela era pouco mais velha do que ele. Ela era propriedade do dono do bordel, mais provavelmente uma escrava pega em uma invasão, e aturar isso era tanto seu dever quanto o dele era lutar e matar por Lorde Freeza. Além disso, ela não tinha tentado lutar ou feito qualquer tentativa de escapar. Seu tempo tinha sido pago por Nappa, e ele deveria usá-lo.

Ele deveria, mas depois de duas investidas ineptas ele sabia que seu coração não estava nisso. Ele se retirou em um turbilhão de vergonha e alívio. Ele não olhou para ela novamente, sem querer saber se ela ainda estava congelada em resignação consciente ou se ela também estava sentindo alívio por sua retirada. Ele não sabia o que seria pior.

EscolhasOnde histórias criam vida. Descubra agora