Escolhas

Apetites

O motivo pelo qual eles não podiam simplesmente destruir o planeta junto com a sua infecção não era do conhecimento de Vegeta, mas ele estava tão acostumado com Freeza e seus caprichos que ele mal podia reunir energia para se importar. Era o suficiente que aquele planeta fosse tão valioso ao seu Senhorio que mesmo uma revolta descoberta da resistência não era motivo o bastante para acabar com ele por completo, então Vegeta e sua tripulação começaram a cirurgia de remoção.

Ele liderou o ataque pessoalmente. Ele ainda era novo para esta tripulação e exibiu os valores com os quais tinha sido criado como um guerreiro Saiyajin, que para guiar homens fortes ele deveria provar seu valor em campo tanto para eles quanto para seus inimigos. Também era sabido pela tripulação que ele tinha enfrentado todas as missões contra a resistência até então.

Os rebeldes lutaram bravamente, como ele esperava, mas como em todas as bases que ele vinha aniquilando, as defesas não eram páreas para as primeiras que ele havia encontrado, tanto em termos de guerreiros como equipamento. Os homens e mulheres que ele havia matado demonstraram disciplina e até bom treinamento mas pouca força bruta para suportar estas virtudes, e as armas eram as mesmas patéticas armas de laser usadas por seus homens. Ele ainda não tinha encontrado uma segunda instancia dos armamentos que tinham tomado metade de sua visão.

Havia uma natureza parasítica na resistência. Era estimado que todas as bases, planetas e naves de Freeza continham ao menos um rebelde, que se comunicava por meios desconhecidos ao corpo central todas as suas manobras. Nenhum membro da organização sabia todos os outros membros da célula, e frequentemente múltiplas limpezas da mesma tripulação ou base precisavam ser realizadas. Uma vez que uma única célula tomava conta, aqueles "leais" a Freeza eram lentamente substituídos ou convertidos até que restassem apenas membros da resistência. A célula então continuaria a operar dentro da administração de Freeza, alimentando o QG com informações e sabotando a sua expansão quando possível. Uma vez descobertos, a célula era rápida em se dispersar, por isso Vegeta tinha aprendido a ser rápido em sua eliminação. Esta missão não era exceção, ele tinha calculado que menos de um quarto do pessoal requerido para coordenar esta base ainda permaneciam lá. Alguém na administração de Freeza estava informando a resistência.

Ele passou pelas barreiras defensivas e deu um passo para o lado para deixar seus homens atravessarem, o que fizeram com violência entusiástica. Ele os seguiu, mantendo sua mão próxima de seu scouter todo o tempo, dando instruções aos comandantes do esquadrão. A luta acabou rapidamente.

Vegeta se moveu pelo complexo, examinando os destroços enquanto caminhava. Os poucos sobreviventes que sobravam ele ordenava que fossem contidos e preparados para o transporte. Eles nunca falavam, mas ele continuava tentando. Ele estava prestes a dar a ordem de partir quando um dos prisioneiros amarrados chamou sua atenção, uma adolescente cuja espécie não lhe era familiar. A garota olhou para ele com um ódio indisfarçado, olhar que ele retribuiu. Isso era típico da resistência, incluir até mesmo crianças cruas em suas maquinações suicidas. Ela não sabia nada sobre valor naquela idade, nem mesmo um rebelde confiaria informações importantes a uma criança como ela, mas ainda assim ela sofreria incomensuravelmente antes de morrer décadas antes da sua hora.

Seu rosto doeu com a dor familiar de suas cicatrizes, e ele se ajeitou. Ele se virou, não mais se importando com o destino da jovem.

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A iluminação era fraca, então ela inclinou a cabeça dele para trás, como da última vez. Apesar de que ela não conseguia se lembrar bem da última vez. O rosto dele estava tão surrado antes?

Ao menos ele tinha dois olhos agora. Mas agora ela se encontrava tentando decidir qual deles encarar. Os dois eram tão penetrantes, e quanto mais ele a encarava, mais ela queria encarar de volta.