Capítulo I - A frívola Imperatriz

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Agora completavam-se anos que ela havia sido abandonada pelo o rei, ela ficou sem marido e o cruel destino tirou a família que lhe restava, faziam-se anos que Inês perderá seu pequeno bebê para a morte. Durante esse tempo todo ela se trancou e escondeu sua face, vivendo em um luto eterno, naquele dia que seu marido a abandonou ela perderá as esperanças no amor, e no dia em que seu filho nasceu morto ela perderá sua luz e felicidade. Naquele dia ela morreu e renasceu.

Aquele desgraçado quebrou seu coração e tirou sua felicidade a abandonando sozinha e doente para cuidar de reinos inteiros, ela nunca mais conseguiu se recuperar. Ela sentia falta do pequeno que agora se fosse vivo já seria um homem.

...

Desde que era apenas uma jovem, Márcia escutava a lenda sobre a Imperatriz Inês. Ela ouvira muitas coisas, mas havia uma versão que mais escutava do povoado vizinho amedrontado pela a frieza da imperatriz.

"A imperatriz nunca foi uma mulher muito fácil mas não era cruel, ela engravidou e se casou com o Rei, o que na época foi um grande escândalo. Porém, teve um reinado próspero, seus reinos cresciam e evoluíram cada vez mais. Tudo ia perfeitamente bem e teria continuado assim se rei não fosse tanto mulherengo, e a tivesse abandonado doente com uma gravidez de risco. A imperatriz teve seu pequenino filho chamado Heitor, porém o pequenino não sobreviveu.

Em uma determinada noite o povo acordou assustado com tropas e mais tropas marchando, a Imperatriz havia as mandando atrás do rei que se foi como uma vingança. Após o fracasso e a perda do filho a Imperatriz enlouqueceu e se trancou em uma torre, ela começou a ser rígida e se tornou fria. Nunca mais ela sorriu de felicidade, nunca mais ela se abriu."

Todo o povo a rejeitava, mas não Márcia, ela sabia como era viver com a amargura do abandono e rejeição.

Foi rejeitada por sua mãe e expulsa do castelo, sendo deixada apenas com as roupas do corpo. Márcia era uma princesa influente e acabou virando uma ninguém, provavelmente se morresse seria enterrada como indigente, ela teve que se virar sozinha. Até que em uma noite, enquanto comia um pão velho e já duro, viu guardas em treinamento, naquele dia ela soube o que queria de seu futuro. Após mostrar dedicação Ivo aceitou a entrada da mesma. Na época, ela estudou, treinou e se preparou com a ajuda de seu novo amigo Eric, logo os dois viraram melhores amigos.

...

Inês sabia que ser rígida contra um povo que não teve culpa do acontecido não erra correto mas ela tinha medo, tinha medo de machucarem seu povo, por mais que eles a odiassem e não parecesse, ela sempre cuidou de todos ali não permitindo que nenhum mal acontecesse a eles. Ela também tinha medo de a machucarem novamente, para que algo do tipo nunca mais ocorresse ela buscou frieza e isolação.

- Sua Alteza imperial - Inês escutou a voz de sua serva e virou-se.

- Diga.

- Chegou uma carta do Palácio, Tutu Marambá a mandou.

- A coloque no móvel ao lado e deixe a sala - Como ordenado sua serva o fez e se foi fechando a porta deixando a Imperatriz a sós. Inês pegou o envelope e conferiu, após ver que não havia nenhuma violação ou algo de incorreto ela o abriu.

"Saia da torre e volte ao palácio, as coisas se complicaram com o novo rei e nossos dois guardas principais morreram, preciso que venha decidir os próximos passos urgentemente"

Tutu

Inês riu com aquilo, ela nunca teve medo de rei algum e não seria agora que iria ter, mas se Tutu estava preocupado algo haveria de ter. Tutu era seu chefe de exercito e sua mão direita, além de ser como um filho. Ele era completamente devoto a ela, agradecido por ela ter salvo sua vida quando pequeno e lhe dado um lar. Ela gostava dele, era o único em que confiava.

A Imperatriz e a Princesa - Marinês (Cancelada)Onde histórias criam vida. Descubra agora