Capítulo II - A Princesa corajosa

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Márcia estava nervosa para entrar naquela sala após escutar seu nome ser chamado por aquele homem barbudo, respirando fundo a mesma levantou.

Coragem, coragem Márcia - Pensou a mesma.

- Dará tudo certo - Sussurrou a si mesma.

Tutu a acompanhou até a porta da Imperatriz. Assim que ele girou a maçaneta e a porta foi aberta ele vez um gesto para que ela entre, ela deu dois passos adentrando o local. Ela conseguiu ver uma mulher sentada atrás de uma mesa, mas não via seu rosto pois a mesma estava de cabeça baixa anotando algo, seus cabelos eram castanhos escuros e cobriam seu roto pela a posição em que estava. 

- Vossa Alteza, a próxima candidata - Tutu disse e a mulher ao menos parou o que estava fazendo. Ele saiu e fechou a porta atrás de Márcia. Assim que a porta foi fechada a mulher levantou a cabeça e nesse momento Márcia perdeu o fôlego, aquela mulher, a seu gosto, era linda. Aqueles olhos tão escuros e brilhantes adentavam e acalentavam sua alma, era como se aquela mulher pudesse saber o que se passava apenas com o olhar.

As feições da outra mulher eram hipnotizantes demais para que a princesa não olhasse. 

Por Deus! Como essa mulher é linda.

Então ela não era uma bruxa com aparência de jacaré. Pelo o contrário, ela era uma mulher muito sombria e atraente. 

Tomando a coragem que juntou, a princesa deu um passo a frente e pronunciou:

- Vossa alteza Inês, é um prazer conhece-la - A mais nova fez uma reverência.

- Márcia? correto? - Perguntou e a outra afirmou - Encantada em conhecê-la também. Sente-se - Disse apontando a cadeira que estava a frente da mesa. 

Márcia a viu olhando alguns papeis e só conseguia pensar em como aquela mulher era bela. Inês não era de ficar lendo pensamentos alheios, mas quando viu a jovem mulher não pode evitar de saber o que se passava, ao ler aqueles pensamentos tão impróprios para a situação ela abriu um sorrisinho. 

Inês reparou melhor na candidata a sua frente, ela era atraente de certo modo, tinha um rosto bonito, as sardas se faziam presentes em sua pele, e seus lábios eram carnudos, como se esperassem por alguém disposto a prova-los. Isso poderia ser uma diversão a ela. 

-  Então...Márcia, me chame apenas de Inês. Quais são as sua maiores habilidades? - A Imperatriz já sabia pois no papel que lhe deram tinha todas as informações, pontos fracos e fortes de cada candidato, mas queria saber se a mais nova mentiria ou lhe diria a verdade. 

- Sou boa com armas e luta corporal, mas o meu ponto mais forte é o raciocínio, porém ele não funciona tão bem quanto deveria quando não envolve pessoas queridas, pois eu tento o meu melhor para protege-las - A sinceridade com que foi dita surpreendeu Inês, a maioria dos candidatos apenas se glorificava, ressaltando apenas os pontos fortes. 

- E quanto a mentira? Você seria capaz de mentir para proteger alguém. Como pelo o o seu melhor amigo Eric?

Como ela soube sobre Eric? - Márcia perguntou a si mesma.

- Como sabe que Eric é meu melhor amigo? 

- Ele me disse - Isto era apenas um blefe, Eric não havia dito nada a Inês, ela claramente leu os pensamentos de Márcia. 

- Se fosse absolutamente necessário, eu o faria, mas prezo pela a justiça também. 

- Então sabe como guardar segredos...Que bom! Acho que guardará bem os meus - Márcia não sabia se o que fez sua pele arrepiar foi o modo e tom em essa frase foi dita, ou se foi o sorriso malicioso que a Imperatriz abriu em seus belos lábios pintado em tons de vinho.

A Imperatriz e a Princesa - Marinês (Cancelada)Onde histórias criam vida. Descubra agora