Um tempo atrás na guerra
Márcia e o grupo fizeram uma emboscada perfeita e conseguiram abater cinco soldados distraídos, ainda faltava alguns do acampamento e ele fariam isso no amanhecer que estava quase chegando. A princesa procurava nos bolsos do cadáver algo que pudesse ajudar a saber informações sobre Antunes, ela acha um papel, curiosa ela abre e começa a ler:
"Querida mãe
Eu tive que matar em uma guerra que não apoio, ele ameaçou vocês, então estou fazendo o que ele me pede. Proteja meus irmãos menores para que ele não os pegue. Você sabe que eu não queria estar aqui, desde que ele nos obrigou a vir eu tenho medo, tenho medo de morrer. Eu não quero morrer mãe, eu não quero morrer. Eu te amo e amo meus irmãos muito"
A guarda percebeu que o papel estava um pouco molhado, como se gotas o tivessem atingido. Ele estava chorando quando escreveu, era apenas um jovem com medo de morrer e ela o matou. Márcia começou a se sentir horrível, muitos eram reféns e esse garoto que acabará de matar era apenas alguém inocente que foi forçado a participar desse circo.
O horário da invasão deu início e sentiu seu estômago revirar ao pensar que haviam mais como ele. Alguns foram derrubados e mortos pelos os outros guerreiros. A princesa viu um garoto perto de uma tenda puxar a espada e o atacou fazendo com que tropeçasse nos próprios pés e caísse no chão derrubando a espada. Ele tentou se levantar e fugir mas tropeçou novamente dessa vez na espada caída no chão.
Ela foi finalizar a tarefa, mas não conseguiu ao perceber o olhar de medo do menino e a forma em que ele se encolheu como um pobre filhotinho assustado.
Ele não sebe lutar, se soubesse não teria deixado a espada e teria caído no chão - Márcia deduziu, saberia reconhecer soldados em qualquer lugar.
O garoto que aparentava ter 23 anos ficou esperando a morte que nunca veio e olhou para a mulher a sua frente com lágrimas nos olhos.
- Não vai me matar?
- Por que está do lado de Antunes? - Ela o perguntou sem perder a guarda.
- Ele ameaçou matar meu pai - O garoto já estava chorando. Aquilo podia ser uma armadilha, ela sabia disso, poderia ser fingimento para a pegarem, porém ela sentiu verdade no menino e estava muito afetada - Eu não queria vir para a guerra, eu juro - Soluçou.
- Venha levante - Ordenou e assim ele o fez, levantando-se e tirando a poeira da calça ainda recuado - O que acha de passar para o nosso lado?
- Eu gostaria, mas não quero que ele mate meu pai por isso.
- Podemos fingir que você morreu e te levar conosco, depois damos um jeito de buscar seu pai - Ofereço com um sorriso amigável. Esse seria o momento perfeito para uma espada me atravessar.
- Então estou do seu lado - Me estende a mão e eu a aperto - Eu nunca concordei com ele sobre as entidades.
- Fico feliz em saber disso - Um momento de generosidade e suavidade meio a guerra.
O garoto foi apresentado aos outros que desconfiaram, ele se chamava Henrique II e revelou que haviam outros como ele escondidos e o grupo foi atrás dos meninos após libertar os prisioneiros. Eram apenas garotos pois Antunes não achava que mulheres serviam para lutas. Todos estavam assustados e recuados, quanta crueldade.
Para sair do acampamento eles precisariam passar por guerreiros que se escondiam na floresta sul, foi essa a informação que seus novos aliados lhes deram. Ao chegar no local estavam preparados para o ataque que ocorreu, os meninos ajudaram a combate-los e alguns acabaram feridos e outros mortos por sua pouca experiência.
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A Imperatriz e a Princesa - Marinês (Cancelada)
RomanceA Imperatriz Inês se trancou para o resto do mundo desde que seu filho morreu e seu rei se foi a abandonando. Depois da perda do filho e marido, ela nunca mais sorriu ou se abriu, chegou a se isolar e enlouquecer. Vários cavaleiros tentaram duelar p...