Até meu último suspiro... - choni

Capítulo 42

Pov Cheryl:

A ideia de usar as aulas pra distrair a cabeça funcionou um pouquinho. A hora do intervalo nunca pareceu tão chata.

Eu só estava chateada, ainda tentando entender tudo oq estava acontecendo. Tudo o que eu estava sentindo. Betty ficou comigo no recreio, Verônica devia ter ido atrás da Toni, mesmo eu pedindo pra ela não fazer isso.

A loirinha estava me contando de um filme que ela tinha visto enquanto morria de rir. Eu só era capaz de esboçar alguns sorrisos. Achava mais graça dela do que do assunto, afinal, eu nem estava mesmo prestando atenção.

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-Betty: terra chamando Cheryl!

-Cheryl: hãm? Oi, desculpa Betty, o que disse?

-Betty: nada não, deixa pra lá... Não se preocupa, logo bate o sinal e depois vamos pra casa.

-Cheryl: cadê a Verô?

-Betty: não sei. Se eu bem conheço, ela deve ter ido matar uma certa pessoa, cujo nome prefiro não citar no momento.

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Pov Toni:

-Verô: a minha vontade era de quebrar sua cara Topaz! Brigar com a garota só porque ela não se assumiu pra avó? E ainda por cima devolver o presente que ela te deu? O que você tem no lugar do cérebro, hein?!

-Toni: Verônica, ela tinha me prometido! Eu achei que finalmente iria poder ficar com ela sem precisar esconder isso. Eu não quero agir como se estivesse fazendo algo de errado!

-Verô: É fácil falar quando não é com você né, Toni!

-Toni: eu amo ela Verônica, fiz de tudo pra conquista-la, Mas parece que não adiantou.

-Verô: ai senhor me segura que minha mão já tá coçando! Senta ai que eu vou te explicar uma coisa antes que eu realmente parta pra violência!

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Sentei no mármore da pia revirando os olhos.

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-Verô: vou falar só uma vez então presta atenção! Eu lembro muito bem de tudo o que você já me falou dela! Então pare de ser orgulhosa e se coloca no lugar dela Antoniette. Se você tivesse sido abandonada pelos pais e pelo primeiro namorado sem nenhuma explicação, se uma pessoa que você amou tivesse morrido. Você conseguiria confiar e gostar de alguém de novo com tanta facilidade?

-Toni: quem vive de passado é museu.

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Confesso que achei realmente que ela iria cumprir as ameaças depois dessa.

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-Verô: você é inacreditável! Acha que eu não lembro o estado que você ficou quando levou o primeiro pé na bunda de uma garota no 8° ano?

-Toni: e dai? Vai me dizer que com você também não foi assim? E outra vocês estão me colocando de vilã da história, mas eu tive muita paciência com ela, muito mais do que já tive com qualquer outra garota.

-Verô: mas ela não é qualquer garota Toni e você sabe bem disso. O que aconteceu com você em?

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Nem eu sabia o que responder pra isso.

Eu me sentia mal, claro. Mas toda vez que eu abria a boca era automático algo grosseiro sair. O que eu falava, não era o que eu sentia de verdade. Não era!

Mas não conseguia parar de pensar em todas as coisas que eu vinha suportando dentro de casa, com Alice e tudo mais. Independente de tudo, eu estava sendo eu mesma. Não estava escondendo nada de ninguém e não devia ser justo ficar com alguém que não consegue nem sequer contar pra família quem é de verdade.