Capítulo 57

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Pov Toni:

No dia seguinte, acordei antes do despertador e o desliguei. Cheryl do meu lado, dormia como um anjinho, deixei-a dormindo e fui até a cozinha buscar água. Encontrei Nana sentada na mesa.

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-Toni: bom dia.

-Nana Rose: bom dia querida, dormiu bem?

-Toni: dormi sim. Cheryl também, não ouvi mais ela tossir depois que tomou o remédio.

-Nana Rose: que bom. Ela ainda dorme?

-Toni: sim.

-Nana Rose: que bom que ela conseguiu descansar, não preguei o olho. Pensei um milhão de vezes em leva-la no plantão.

-Toni: esse era justamente o medo dela.

-Nana Rose: eu sei bem. Mas acho que agora ela irá melhorar.

-Toni: nana, eu andei pesquisando umas coisas... Cheryl me disse tempos atrás que ela só saiu do hospital pq fez um transplante de pulmão, certo?

-Nana Rose: sim, pq?

-Toni: você que é medica, qual a expectativa de vida, pra quem faz esse tipo de transplante?

-Nana Rose: há 30 anos, a expectativa de vida do paciente não ultrapassava os 15 anos de idade, hoje, quem nasce com Fibrose Cística tem uma expectativa de vida acima de 40 anos. (dr. google)

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Não pude deixar de respirar aliviada.

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-Nana Rose: mas sabe que isso é expectativa, não regra.

-Toni: ela sabe disso?

-Nana Rose: sabe, pode ter certeza que ela sente muito mais medo de adoecer do que você sentiu.

-Toni: eu, vou subir. Pra ver como ela está.

-Nana Rose: depois que medir a temperatura dela, dê esse chá aqui.

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Ela me alcançou uma xicara, o cheiro não era muito agradável. Mas nem quis saber do que era. Subi e encontrei minha ruivinha sentada na cama me encarando quando entrei.

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-Cheryl: jura que pensou que eu ia deixar de te incomodar tão rápido?

-Toni: como é amor?

-Cheryl: ouvi a conversa de vocês. Não se preocupa Tee-Tee, você ainda vai ter que me aturar por muito tempo eu garanto.

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Ela disse com um sorrisinho no rosto, me sentei perto dela e a puxei para um beijo. Quando toquei seu rosto, não me pareceu mais tão quente.

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-Toni: como se sente amor?

-Cheryl: estou bem Tee-Tee.

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Olhei desconfiada, mas só pra provoca-la um pouquinho. Percebi na sua expressão que ela já estava mais animada.

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-Cheryl: não me olha assim.

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Ela segurou meu queixo com a mão, me trazendo pra perto, mas não me beijou. Só apertou um pouco mais meu rosto, fazendo com que eu fizesse biquinho.

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-Cheryl: você estava muito fofa ontem preocupada comigo sabia.

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Até meu último suspiro... - choniOnde histórias criam vida. Descubra agora