Detetives

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Nataly Romanoff

Tínhamos acabado de chegar na S.H.I.E.L.D e os vingadores já estavam interrogando o mafioso. Eu e Pietro estávamos na sala de reuniões. Eu estava sentada em uma poltrona pensando enquanto Pietro ficava comendo os docinhos da mesa. A minha cabeça já não estava mais doendo. Eu só sentia um pouco de tontura e sono talvez.

-Nataly. - ouvi Pietro me chamar com voz de preocupação e olhei pra ele. -Você não comeu nada desde ontem.

-Eu tô bem Pietro. Para de se preocupar. - falei voltando a olhar o nada. Eu vi o meu celular na mesa e me levantei pra ir buscar. Só que quando me levantei minha visão ficou completamente preta e eu senti a minha cabeça girar. Eu quase caí no chão se não fosse por Pietro que me pegou no colo e me colocou na poltrona com cuidado.

-É melhor eu te levar pra casa. - disse ele checando o meu pulso.

-Não Pietro. Eu vou sozinha. - falei com a voz fraca.

-Nataly! - ele aumentou o tom de voz. -Deixa o seu orgulho um pouco de lado e me deixa te ajudar. Por favor. - eu não consegui responder antes dele me pegar no colo de novo.

-Tudo bem. - falei ainda fraca e me encolhi nos braços dele. Eu parecia uma criança de cinco anos nos braços de um pai. Em menos de um minuto estávamos em casa. Ele me colocou na cama com cuidado e em seguida me cobrindo. -Pietro. - chamei segurando o braço dele antes que ele saísse do quarto. -Obrigada. - eu vi um sorriso sair do rosto dele ates de eu apagar.

***

A S.H.I.E.L.D tinha me dado o dia de folga. Eu passei aquele dia dormindo e assistindo filme. Mas já tinha acabado. Me levantei da cama e me arrumei para o trabalho. Eu já não estava mais tonta. Na verdade me recuperei bem. Foi algum tipo de estresse que tomou conta de mim. Desci para a cozinha e peguei uma torrada que estava na mesa. Minha mãe já havia ido para a torre Stark. Peguei meu casaco e as chaves da moto. Saí de casa tranquila e fui em direção a S.H.I.E.L.D. Quando cheguei dei de cara com Pietro.

-Bom dia. - disse ele com seu bom humor de sempre.

-Bom dia. - falei. Ele não estava com uma cara muito boa. -O que aconteceu agora?

-Bom... - ele ficou nervoso. -O homem que a gente capturou. O mafioso.

-O que tem ele? - falei arqueando uma sobrancelha.

-Ele tá morto. - quando ele disse isso demorei alguns segundos pra processar a informação.

-Como assim morto? - perguntei em um tom um pouco alto demais e as pessoas nos encararam. Pietro me levou até a sala das câmeras e entramos. Ele abriu as câmeras de algumas horas antes e eu observei.

-Na verdade. Ele se matou. - disse ele e eu vi nas imagens o homem cortando seu pescoço com uma pequena faca. Eu fechei os olhos e respirei fundo.

-Quer dizer que tudo o que a gente fez foi a toa? - falei colecionando minha paciência.

-Não exatamente... - ele tirou um papel pequeno do bolso e me entregou.

-O que é isso? - perguntei lendo o endereço que estava no papel.

-Eu achei isso nas roupas dele. Pensei que você fosse pensar em algo. - disse ele cruzando os braços.

-Eu sei onde isso fica. - falei baixo pra ele. -Eu tenho que ir.

-Ei! - ele me chamou e segurou o meu braço delicadamente. -Eu vou com você.

-Mas Pietro...

-Pode ser perigoso e eu prometi a sua mãe que iria proteger você. - eu respirei fundo.

-Tá bom! Mas você não vai me atrapalhar. Se não eu te jogo da moto. - falei e saí. Ele me seguiu. Peguei um capacete na recepção e entreguei pra ele. -Vai precisar disso se eu for te jogar da moto. - ele pegou e riu. Subi na moto e coloquei o capacete. Ele se sentou atrás.

-Posso? - ele cruzou os braços na minha cintura e eu liguei o motor. Acelerei e cortei caminho em um beco. O endereço indicava pra fora da cidade. Eu joguei ele no GPS da moto e segui. Depois de vinte minutos tínhamos chegado de acordo com o GPS. Desliguei a moto e tirei o capacete observando o lugar. Era um galpão abandonado. -Esse é o lugar?

-Aparentemente. - falei descendo da moto sendo seguida por Pietro. Ele seguiu na minha frente e foi até a porta do galpão.

-Tá trancado. - disse ele e eu dei um sorriso. Fui até ele olhei o cadeado. -O que tá pensando em fazer?

-Você já vai ver. - peguei um pequeno chip que estava no bolso da minha calça e coloquei no cadeado. -Afasta. - ele fez o que eu pedi e eu também me afastei. Depois de alguns segundos o cadeado explodiu. Eu fui até a porta e a abri com um chute. Olhei pro Pietro e vi um sorriso no rosto dele.

-Eu sinto atração e ao mesmo tempo medo de você. - eu dei uma risada e peguei uma arma que estava na minha calça, entrei devagar sendo seguida por ele. Depois de observar o lugar vi que estava vazio. Abaixei a arma e observei. Não tinha nada de interessante. Vi um computador em uma mesa logo a frente e o liguei. -Será que tem algo aí?

-Vamos descobrir agora. - falei e procurei alguma coisa no computador. Depois de um tempo procurando achei alguns dados da delegacia de Nova York. -Pietro. Olha isso. - ele ficou do meu lado. -São dados daquele cara. Eu acho que aqui era a casa dele. Ou algo do gênero. - falei lendo algumas coisas. -Preso quatro anos por homicídio e quinze por tráfico de drogas. Mas parece que ele saiu da prisão com três. - falei. Pietro me olhou com uma cara pensativa.

-Aparentemente alguém pqgou um bom advogado. - disse ele.

-O que mais me intriga é que essa pessoa podia ter pegado qualquer outro mas ela queria esse cara. - eu ouvi um barulho no galpão e desliguei rápido o computador. Ergui a arma de novo e Pietro se preparou. -Quem tá aí? - ouvimos outro barulho e quando nos viramos nos deparamos com um gato preto que saiu de trás das caixas. Eu e ele bufamos e demos uma risadinha. -Maldito gato preto.

-Mas, voltando ao assunto...

-Temos que descobrir sobre isso. - falei e dei um suspiro pra falar o que vinha depois. -Nunca pensei que eu fosse dizer isso mas eu vou precisar de você nessa.

-Nataly. - ele colocou a mão na minha testa. -É você mesma?

-Cala a boca ou eu mudo de ideia. - dei um tapa na mão dele e saí. -A gente vai pra delegacia.

***

Roma, Itália

-Como assim ele está morto? - gritou a mulher dando um soco na mesa.

-Ele se matou para não contar sobre o plano. É o que eu acho. - disse o homem.

-O meu irmão nunca faria uma coisa dessas! Isso é uma tolice. É culpa daqueles garotos que estragaram tudo! - a mulher já tinha saído do sério. -Eu quero que vocês encontrem esses dois. E me tragam eles vivos ou mortos. Não vai ser dois moleques que vão destruir tudo o que eu planegei por anos.

-Sim senhorita. - o homem saiu da sala. A mulher se jogou na cadeira e sentiu uma lágrima cair de seu rosto. Mas ela a secou rapidamente.

-A partir de agora eu tenho mais alguém para vingar. - disse ela com sua voz sombria e misteriosa.

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E aí? Estão gostando? Quem será essa mulher?

Segunda-feira tem capítulo novo! Bjs😘

Bom final de semana!

Nataly RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora