1.6 - Ataque De Pânico.

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Bem vindos a mais um capítulo, antes de começar eu queria avisar pra quem está gostando que provavelmente eu vá postar com menor frequência pois estou oficialmente empregadah kkkkkkkkklk, fiquem felizes por mimm.

C A I O

Hoje minha mãe tinha ido fazer uma viagem curta de fim de semana com suas amigas, Camila saiu com a Liz e eu estava em casa, sozinho.

Nesses dias eu costumava ligar pra Bárbara vir ficar comigo, mas agora nem isso dava mais.

Já era tarde, eu já tinha assistido um filme e estava indo dormir quando um número desconhecido começou a me ligar, duas e meia da manhã deve ser golpe.

O número continua ligando até eu perder a paciência e atender.

Ligação On

-Graças a Deus! Eu preciso da sua ajuda agora. - Uma voz fala e eu fico confuso.

-Quem fala?

-É a Liz, Caio caralho. - Diz nervosa e eu não entendo nada.

-O que aconteceu? Tá tudo bem?

-Não, nada bem, a Camila tá desmaiada no banheiro da balada, aqui não tem uber, eu tô desesperada, vem agora pra cá. - Ela falava tudo atropelado e muito rápido o que só fez com que eu entrasse em desespero.

-Desmaiada?

-CORRE CAIO CARALHO. - Grita e eu saio literalmente correndo atrás das minhas chaves. - Tô mandando a localização no whats.

Ligação Off

Assim que ela manda, eu saio desesperado com o carro, a Camila ia ouvir umas poucas e boas quando estivesse aqui. Onde já se viu ela beber até cair em um lugar que não conhece ninguém, imagina se a Liz tivesse ido na dela?

Essa porra de balada era na casa do caralho, mas em quinze minutos eu já estava lá e ligando pra Liz, ela me disse que estavam no banheiro.

Quando entrei na balada já sabia que era ponto de tráfico, estava estampado na cara de cada pessoa desse estabelecimento.

Entro no banheiro e vejo Liz sentada no chão com uma garrafa de água na mão tentando dar na boca da Camila, que eu não sabia se tava dormindo ou não, ela tava completamente estranha.

-Ai que bom, pelo amor de Deus vamos embora agora daqui. - Ela se levanta rápido e eu vou até a Camis.

Pego ela no colo e vamos saindo, Liz olhava para todos os cantos como se estivesse fugindo de alguém.

Deito Camila no banco de trás e entro no do motorista respirando fundo.

-Sai daqui da frente por favor. - Liz fala quando entra no carro.

-Por que vocês vieram em um ponto de tráfico?

-Anda Caio, sai daqui por favor. - Diz olhando pela janela e eu saio, ela respira aliviada e relaxa o corpo no banco com as mãos no rosto.

-Por que vocês... - Me interrompe.

-Não sabíamos, uns amigos nos chamaram e nós viemos. - Diz e não fazia sentido algum esse desespero todo dela.

-Ele me traiu. - Ouço Camila falando lá de trás e olho pra Liz.

-Tá bom, olha, nós podemos conversar em casa? - Pergunta claramente em seu limite.

-Sim. - Digo e tento me concentrar no trânsito.

(...)

Liz estava no banheiro com Camila, dando banho nela e arrumando ela pra dormir.

Eu estava impaciente querendo saber a história de como a Camis chegou quase morta em casa.

-Acabei, já coloquei ela na cama, só vou passar uma água no corpo. - Fala e eu concordo.

Vou até o quarto da Camila e ela dormia serenamente.

Não entendi aquilo de trair e tal, mas resolvi esperar a Liz me contar.

Ela sai do banheiro com um conjunto de pijama que fica simplesmente perfeito no corpo dela.

-Caio? - Me chama e percebo que eu estava realmente fitando ela descaradamente.

-Oi, desculpa. - Falo e sinto meu rosto queimando, merda.

-Enfim. - Senta no chão de frente pra mim. - Eu não quero mentir pra você, então vou contar da forma mais limpa possível. - Fala e parecia ser verdade, eu confio nela. - A Camila tá ficando com um menino, mas ela não queria te contar até ter certeza de que daria tudo certo, eu sempre aconselhei ela a te contar por você ser irmão, mas ela achou melhor não, e eu não ia me intrometer.

-Tá, até aí tá super de boa, mas ele não tava lá? Tipo, como ela ficou assim?

-Sim, ele estava sim, ele convidou nós duas pra essa festa porque ia ter uns amigos dele, quando nós chegamos eu estranhei o lugar, mas nem consegui falar com a Camila porque ela tava com o cara né. - Diz e para pra dar um gole na garrafinha de água do seu lado. - Aí eu comecei que os amigos dele tinham várias drogas e comecei a ficar esperta, fui pro bar e um dos caras veio comigo, eu pedi uma bebida e na hora vi que ele tinha colocado droga, então já fui pro banheiro e liguei pra Camis, ai ela chegou nesse estado.

-O nome dele. - Falo sério e ela trava o maxilar.

-Você tem que falar com a Camis. - Diz baixo e meu sangue vai fervendo.

-O nome dele Liz. - Ela fica quieta. - Ele dopou a sua melhor amiga, a minha irmã! Vai saber o que ele não fez com ela. - Falo alto.

-Você contou pra ele? - Ouço Camila falando atrás de mim e me viro.

-Amiga, não é o que você tá pensando. - Liz começa a explicar, mas minha irmã nem deixa ela terminar.

-Eu confiei em você e você contou tudo pra ele! - Praticamente grita enquanto levanta da cama.

Nem parecia que estava desmaiada a minutos atrás.

-Eu tô com o Danilo mesmo, vai fazer o que? - Eu travo.

Eu literalmente travo e fico sem saber o que falar, ele era o cara mais sujo que eu já tinha conhecido. Eu só saio do transe quando ela começa a xingar freneticamente a Liz que tinha abaixado a cabeça e abraçado as pernas.

-Ela não tinha me falado dele. - Falo alto e minha irmã me olha debochada.

-Até parece... - Diz e volta seu alvo pra Liz. - Eu quero você fora da minha casa agora, longe de mim.

A Liz realmente parecia estar em pane e eu não ia conseguir falar com a Camila agora.

-Vem Liz. - Falo me abaixando na sua altura e ela levanta a cabeça.

Os olhos estavam vermelhos, afinal ela estava chorando igual uma condenada, com certeza era um ataque de pânico e eu não fazia ideia do que fazer.

Coloco meu braço em volta do seu corpo e ela abraça meu pescoço. Levanto com ela no colo e Camila nos olhava incrédula.

-Viraram uma dupla contra mim? Parabéns. - Fala antes de bater a porta do quarto com força assim que saímos de lá.

Agora sem os gritos histéricos da Camila, eu conseguia ouvir os soluços da Liz.

Coloquei ela sentada na minha cama e ela escondeu o rosto com as mãos na mesma hora.

-Você sabe que a culpa não é sua né? - Pergunto e ela não responde.

Sento do lado dela.

-Depois eu vou conversar com a Camila e ela vai entender tudo, pode ficar tranquila. - Digo e não adianta.

Coloco minha mão em sua costa e espero o tempo dela.

A Melhor Amiga Da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora