2.2 - Cunhado.

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L I Z

Quando saio da festa, vou o caminho inteiro pensando o que teria acontecido se Bárbara não atrapalhasse tudo.
Caio não saía da minha mente desde então.

No dia seguinte eu fiz alguns testes para a faculdade federal logo de manhã e na hora do almoço resolvi ir atrás da Camila, esse horário era certeza de que ela ia estar em casa.

Aperto a campainha e tia Fátima atende o interfone, não deve estar sabendo de nada, coitada.

Entro, cumprimento ela que prontamente me convida para o almoço e eu aceito, mas antes teria que me resolver com a Camis.

-Fica à vontade querida, a Camila não sai mais daquele quarto por nada. - Concordo e vou em direção ao quarto.

Abro a porta sem nem bater, seu rosto muda de expressão quando me vê, parecia estar com raiva de mim.

Era nítido sua pele mais pálida, ela estava mais magra e com feição cansada.

-Quem te deixou entrar?

-Sua mãe. - Respondo fechando a porta do quarto.

-Vai embora daqui. - Fala ríspida.

-Não Camila, eu quero tentar te entender. - Ela revira os olhos e cruza os braços.

-Não quero que entenda nada Liz.

-Por que você não quer mais me ver?

-É sério? Vai se fazer de cínica? Você contou tudo pro Caio! Ele brigou comigo. - Diz com raiva levantando da cama.

-Eu não contei que você saía com o Danilo, você contou!

-Você insinuou que ele tinha me drogado Liz!

-Ele te drogou Camila, você chegou desmaiada aqui. - Digo como se fosse óbvio.

-Você não tem certeza, não tem como saber e você fica querendo denegrir ele! Tudo isso é inveja do meu relacionamento? - Pergunta se aproximando de mim e eu só conseguia pensar o que esse garoto tinha feito com a minha amiga.

-Pelo amor de Deus Camila! Ele tá fazendo a sua cabeça contra mim! Eu sou sua melhor amiga. - Falo desapontada e ela força uma risada alta.

-Amiga? Olha o que você tá falando do meu namorado! Do cara que eu amo Liz!

-Camila por favor me escuta, eu não tenho inveja de você, eu não quero um relacionamento igual ao seu nunca, e eu realmente não apoio seu namoro, o Danilo tá fazendo a sua cabeça e você não se toca! Abre os olhos! Eu tô aqui pra ser sua amiga.

-Não quero mais sua amizade, não quero a amizade de quem deseja o meu mal.

-CARALHO CAMILA. - Não consigo me controlar e acabo gritando.

-Vai fazer outro show na minha casa? - Nesse momento eu pensava em voar no pescoço dela, mas a porta abriu e quando eu senti as mãos na minha cintura, já sabia que eram de Caio.

-Eu nunca desejei o seu mal. Sua burra! - Digo por fim enquanto Caio me tira do quarto, me puxando até eu sair.

-Deixa quieto, você tentou. - Fala assim que fecha a porta e percebe meu desespero.

Minha melhor amiga ia acabar de estragando uma parte da vida dela por conta de um cara escroto, e eu não tinha dúvida alguma disso.

-Vem, respira fundo, vamos almoçar. - Caio diz me soltando e segurando minha mão.

Olho nossas mãos juntas, aquela eletricidade percorre meu corpo.

-Eu não vou continuar aqui. - Respondo me soltando.

-Fica, deixa ela pra lá, minha mãe já até colocou a mesa para nós. - Insiste e eu concordo.

O almoço foi entre eu, Caio e a tia, conversamos pouco e logo eu já voltei para minha casa, a conversa com a Camila tinha me deixado puta da vida.

C A I O

Quando ouvi o grito da Liz fui correndo até o quarto de Camila, eu jurava que ia encontrar elas entre tapas.

Deito na minha cama, estico o corpo e respiro fundo, hoje minha manhã tinha sido exaustiva no trabalho, as vezes acho que não nasci para ser contador, mas sempre foi tudo o que minha mãe quis para mim.

Eu tinha adorado a noite anterior, beijar a Liz foi como estar nas nuvens, como se não existisse mais ninguém além de nós naquela sala.

Não sabia quando veria ela de novo, isso deixava minha mente confusa, até semana passada ela praticamente morava aqui.

Deixo Liz de lado quando me lembro que sexta-feira eu teria um jogo contra o estado de Minas Gerais, eles são bons e eu com certeza teria que manter o máximo de foco pra não partir pra cima do Danilo igual aconteceu no último jogo.

- Flashback On -

Quando chego no vestiário já dou de cara com aquele desgraçado, eu queria matar ele. Nós SEMPRE tivemos uma rixa, ele era uma pessoa difícil de lidar e bem insuportável por conta da sua tremenda arrogância.

Finjo que não o vejo e mesmo assim quando passo ele faz questão de esbarrar no meu ombro.

Respiro fundo e sento no banco para calçar minha chuteira.

Durante todo o treino eu mantive o controle, ele estava claramente querendo me quebrar jogando, toda oportunidade de tirar a bola de mim ou não deixar a bola nem sequer encostar em mim, vinha dele.

Eu perdi a paciência quando ele colocou o pé na minha frente de propósito e fez eu rolar no chão.

-Tá maluco Danilo? - Pergunto indo pra perto dele.

A risada dele era debochada, me dava náusea.

-Fica calmo cunhado. - Esse filho da puta perdeu o senso.

Empurro ele na grama e quando estou prestes a socar seu rosto o técnico impede, segurando meu braço.

-Você quer ser expulso do time Caio? - Me pergunta sério e eu engulo seco.

-Não senhor. - Respondo de cabeça baixa.

-Muito bem, tá dispensado do treino, nos vemos no jogo. - Fala e eu tento pedir pra ficar, mas ele não deixa e já volta pra sua cadeira no canto do campo.

- Flashback Off -

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A Melhor Amiga Da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora