Capítulo 3.

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L I Z

Eu fui finalmente aprovada na faculdade e pra comemorar, Rafa me convidou pra uma noite das meninas, que iria ser eu e ela naquela casa imensa, era até engraçado, mas pelo menos tínhamos uma a outra.

-Já vai ir filha? - Minha mãe pergunta quando passo pela cozinha.

-Sim, só preciso achar a chave do carro.

-Hoje que eu e seu pai estamos aqui, você resolve passar a noite fora com uma amiga que nem conhece direito.

-Por Deus mãe! Vocês me deixam por dias sozinha. - Reviro os olhos.

-Você nem sequer nos deu explicação sobre o dia em que o Caio estava aqui!

-Porque eu não devo satisfação pra vocês mãe! - Falo me irritando e achando a chave do carro.

-Deve sim. - Diz segurando meu braço. - Enquanto você morar no meu teto, vai me falar tudo!

-Ei! Sem brigas garotas. - Meu pai fala entrando na cozinha e minha mãe me solta.

-Eu não quero mais você encostando um dedo em mim.

-Eu sou a sua mãe! Eu quero explicações.

-A GENTE NÃO TEM NADA PORRA! - Grito e eles me olham assustados. - A gente só sai, só isso. - Falo mais calma.

-Desde quando você se tornou uma vagabunda?

-Desde quando você se importa com o que eu sou ou deixo de ser? - Respondo e sinto meu rosto queimando com o tapa voltado no meu rosto.

Meus pais nunca toleraram nenhum tipo de falta de respeito, mas também nunca tinham levantado um dedo pra mim, não antes disso.

-EI! - Meu pai a repreende e entra na minha frente.

Eu só saio de lá, sem dar ouvidos a mais nada.

Pra continuar aqui no Brasil, era melhor eu achar um teto diferente do deles, senão iria enlouquecer.

Vou indo em direção a casa da Rafa e no caminho paro em um posto para comprar algumas bebidas.

(...)

-Amiga já pode ir me contando tudo sobre ontem! - Rafa fala quando nos sentamos juntas na sua cama.

-Menina! Você não vai acreditar! - Começo contando.

Explico cada detalhe a ela sobre tudo o que aconteceu ontem e ela fica chocada, era até engraçado de ver.

C A M I L A

No dia seguinte...

-Amor, eu tô falando sério sobre essas minhas tonturas. - Falo novamente pro Danilo.

-Fica de boa aí Camila. - Ele diz continuando jogando sinuca com o Gui.

-Vai fazer um teste de gravidez. - Guilherme fala com desdém e eu começo a me desesperar e se eu realmente estivesse grávida?

Pelo menos é do homem que eu amo.

-Bate na madeira Gui, um filho agora ia acabar com toda minha carreira.

A Melhor Amiga Da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora