4.4 - Se Arrependimento Matasse.

93 9 1
                                    

L I Z

-Como você deixou isso acontecer Caio? - Esbravejo e sento na cama pra poder ver onde estavam minhas roupas.

-Eu? Nós estávamos bêbados. - Tá ok. Péssimo momento pra discussão! Eu não lembro de quase NADA de ontem.

-Eu não lembro de nada. - Admito e ele me olha assustado.

-Nada? - Eu deveria lembrar de uma parte específica além da que nós com certeza fodemos muito?

-Nada Caio, nada. - Ele parecia chateado comigo e sinceramente? Esse papel era meu, quem mentiu sobre a Bárbara pra mim, foi ele.

Onde tá a porra da minha roupa?

Levanto da cama com a cabeça explodindo e a vista meio tonteada ainda. Pego meu celular no chão e vejo que são quase meio dia, que horas eu fui dormir? Vinte mensagens do Mau.

MEU DEUS O MAURÍCIO.

Como eu tive coragem de fazer isso com ele? Meu Deus, eu não sei nem o que pensar, tenho vontade de sentar debaixo de um chuveiro e chorar até anoitecer, se arrependimento matasse eu estaria morta?

Eu me arrependi de ter transado com Caio ou de ter "traído" o Mau?

RESPIRA, NÃO PIRA!

Vejo as mensagens perguntando se eu estava bem, que horas eu iria pra lá, mensagens de boa noite, me desejando uma ótima noite de sono e por Deus, eu estava dando pra outro.

-Bom dia Mau, eu acabei bebendo demais ontem e dormi aqui na chácara, mas tá tudo bem, daqui uma horinha já estou aí.  - Envio o audio com pesar na consciência, eu deveria contar logo de cara pra ele?

-Mau? - Caio pergunta e eu me viro de frente pra ele, vendo ele ainda completamente pelado. 

- Flashback On -

Caio era um pecado de tão gostoso, a vista de ele pelado na minha frente enquanto pegava uma camisinha em sua carteira era paisagem pros meus olhos.

Eu desejava essa cena por semanas.

- Flashback Off -

Filho da puta. Se eu me lembrar só dessas coisas, não vai servir de nada!

-Liz? Eu tô falando com você! - Ele me chama e eu saio do transe, com água na boca.

-Maurício é um amigo, da faculdade, não que eu te deva satisfações. 

-A gente precisa conversar Liz. - Ele fala dando a volta na cama pra ficar frente a frente comigo.

-Eu não quero conversar Caio! - Digo ríspida e vejo minha calcinha pendurada no pé da cama. - Dá licença. - Esbarro nele que não sai da minha frente e pego o pedaço de pano cor de rosa pra eu vestir. E agora ele já estava de cueca, azul marinha.

-Você... - Ele começa a falar e eu sento na cama para pegar minha blusinha de botões que estava atrás do criado-mudo. Visto ela e começo a abotoar. - Você disse que me amava. - Gelo.

Apoio os cotovelos nos joelhos, e o rosto nas mãos, me escondendo. Como eu falei uma coisa dessas pra ele e nem sequer me lembro?

Passavam milhares de coisa na minha cabeça de uma vez só. 

A Melhor Amiga Da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora