Oioi gente
Provavelmente agora vão ter mais capítulos porque o twitter bloqueou minha conta (pra variar) e não tenho mais onde gastar meu tempo livre 🥳🙌———————————————————
S/n
Termino de envolver uma mecha lateral do cabelo de Neville em um tipo de papel laminado, fazendo o garoto se inclinar mirando o espelho atrás de mim.
— Amor, tem certeza que isso vai dar certo? — Perguntou parecendo assustado, enrugando a testa.
— Claro que sim, Nev, confia que eu sei o que faço.
Mentira.
Levantei de seu colo indo até o banheiro ver se meus fios já estavam claros o suficiente.
— Nosso cabelo não vai cair, né? — Disse me seguindo, olhando seu reflexo no espelho pequeno acima da pia.
— O das pessoas do Pinterest não caiu, então vai ficar tudo bem. — Respondi tentando manter um tom de voz natural.
Se isso der corte químico eu choro por uma semana inteira...
Enxaguei minha mecha na torneira, secando com uma toalha velha. Espalhei a tinta vermelha neon pela parte loira, enrolando de qualquer jeito e prendendo com uma presilha, voltando para o quarto procurando meu notebook na mochila.
— Quer assistir o que? — Perguntei dando o aparelho para o garoto com a Netflix aberta.
— Filme? — Assenti, sentando ao seu lado.
Era uma tarefa simples, escolher algo para assistir. Passamos os próximos trinta minutos indo de gênero em gênero sem clicar em nada, bom, eu não clicava. Neville estava entretido demais com a tecnologia não-bruxa. Ele olhava a aba de ação quando ajoelhei na cama para verificar os fios descoloridos do garoto.
— O que é esse 365 Dni?
Fechei o notebook por impulso, arregalando os olhos.
— Nada não. — Sorri disfarçando, guiando o moreno até o banheiro para enxaguar e passar a tinta amarelo queimado.
— Por quê? — Ele se encostou na bancada da pia, brincando com a embalagem de papel.
— Digamos que eu quero manter o último resquício de inocência que ainda te sobrou, e seus pais nunca mais me deixariam pisar nessa casa se soubessem que te mostrei aquilo. — Tentei acabar logo com o assunto, prendendo sua mecha colorida no topo da cabeça — E também é para maiores de 18, temos 16.
— Mas isso não te impediu de assistir, né?
Vagabundo.
— Não vem ao caso, vamos ver Scooby Doo. — Completei rápido, voltando para o quarto e me jogando na cama.
Nev deitou o lado do rosto sem tinta na minha barriga, sorrindo e fechando os olhos por alguns instantes quando fiz carinho em sua nuca.
Coloquei um episódio aleatório, cantando junto a abertura. Neville assistia atentamente, fazendo diversas perguntas sobre acessórios trouxas e por que eles só não chamavam um legilimente para desvendar os casos.
Pausamos para ir tomar banho lá pelas 6h da manhã, tirando o excesso de tinta antes de enchermos a banheira, sentando um em cada ponta. O garoto me guiou até si, espalhando shampoo com cheiro de lavanda pelo meu cabelo em uma massagem lenta enquanto eu assoprava punhados de espuma perfumada como se fossem a coisa mais divertida do mundo.
Enxaguei o produto no chuveiro ao lado tomando cuidado para não bater a cabeça em nenhuma das várias suculentas penduradas no teto. Logo voltei para a banheira, ajoelhando entre as pernas de Neville tirando o restante da tinta com um pouco do mesmo shampoo. Ri nasalado ao perceber o esforço que ele fazia mantendo os olhos fixos nos meus, desviando para uma parede qualquer as vezes. Nev sempre foi muito preocupado com "invadir o espaço dos outros".
Em poucos minutos estávamos enrolados em robes procurando o que vestir. Coloquei um suéter claro do meu namorado, com um macaquinho saia preto por cima. Descemos até a cozinha após o grifinório terminar de vestir seu clássico pijama de ficar em casa.
Minha barriga começava a roncar enquanto procurava alguma vasilha e ingredientes para o café da manhã. Senti braços envolverem minha cintura e a cabeça de Neville apoiando-se em meu ombro, observando meus movimentos.
Separei os 300 g de abóbora, pesando em uma pequena balança ao lado os 275g de açúcar, 200g de manteiga, 300g de farinha com fermento e por fim os 4 ovos. Misturei tudo na batedeira com uma colher de chá de gengibre e cravinho em pó, noz moscada moída, canela em pó e erva-doce em grão. Acrescentei ma pitada de sal e mais 100g de mel.
Pedi para o garoto achar e untar uma assadeira, sentindo seu abraço apertar antes de me soltar, depositando um beijo na pele embaixo da minha orelha, indo fazer o que pedi.
Tomei cuidado ao colocar a massa no forno, sentando em um dos bancos quando Nev tomou meu lugar na pia fazendo um bule de chá e outro de café.
Em exatos cinco minutos o forno mágico apitou avisando que o bolo já estava pronto, me fazendo levantar de novo para polvilha-lo com açúcar em pó. Haviamos acabado de colocar tudo na mesa com sorrisos satisfeitos quando tia Alice e tio Frank desceram, já vestidos para o trabalho.
— Bom dia, crianças. — Frank passou por nós bagunçando nossos cabelos — O que é isso?
Neville jogou o cabelo de modo teatral, apontando para mim em seguida.
— Estamos combinando casas. — Falou divertido, não me dando total certeza se era pelas mechas ou por ter seu cabelo ainda inteiro.
O senhor Longbottom se limitou a rir e se sentar a mesa, não querendo insistir no assunto.
— S/a, querida, se quiser se mudar para cá não vou me opor. — Alice brincou quebrando o pequeno silêncio, fatiando o doce e nos arrancando pequenos risos.
Comemos entre conversas e piadinhas, com os pais de Neville avisando antes de saírem que encomendaram mudas novas, que já deveriam terem sido aparatadas para o jardim.
E sozinhos de novo...
Lavamos o pouco de louça na pia, indo até a estufa nos livrarmos das plantas mortas. Levamos alguns sacos de lixo até a estrutura no meio do jardim, jogando os galhos secos no plástico. Apesar das novas encostadas em um canto, o clima ainda estava super pesado com Nev sussurrando e passando os dedos nas folhas esfareladas.
Sentei em um banquinho de madeira passando uma muda para um vaso vazio, entortando a cabeça com total foco, fingindo saber exatamente o que estava fazendo. A última vez que fiz isso foi no 1° ano com Mandragoras, onde derrubei tudo no chão e no processo de tentar evitar o desastre esbarrei em um garoto que acabou perdendo os tampões e desmaiou por dois dias.
Chorei muito naquela noite achando que ele foi meu primeiro assassinato.
Neville parecia ler meus pensamentos só pelo modo que me olhava, sentando ao meu lado com outra muda desviando a atenção para o que eu fazia em intervalos cada vez menores.
Sério, as pessoas estão cada vez mais paranoicas, eu não era tão horrível assim no final das contas...
———————————————————
Notas em final de capítulo só pra falar que eu sou maria vai com as outras e pintei o cabelo enquanto escrevia, infelizmente não foi pro fred mas quem sabe na próxima vida 🙏
É só isso mesmo tchau
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cotton Candy Skies || Neville Longbottom
Fanfiction₊˚.༄ ࿐*:・────𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀 [🌻] Onde Neville é incumbido de te dar aulas particulares de Herbologia 「❏ ¨̮ short fic ༊ ❥ neville supremac...