Mysterious Eyes

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Capítulo 1


*Flashback On*


Eu estava sentado em uma cadeira nem um pouco confortável, olhando em volta vendo pessoas me encararem assustados e outros com raiva, alguns ousavam cochichar sem ligar para presença do juiz em sua frente.

O juiz.. O cara  que estava sentado ali apenas para dar minha sentença de vida, o que funcionaria se eu de fato estivesse me sentindo vivo. Minha umma sempre me ensinou que a mente comanda o corpo, estão se minha mente está perturbada eu também estou?

Eu sou assombrado pelos acontecimentos passados, e às vezes ousava me perguntar se a culpa era minha, porém como um tiro a resposta veio me fazendo lembrar que sou tão inocente quanto uma criança, até que tudo se apagou me trazendo a escuridão que chamo de vida.

Encarei o homem sentado ao meu lado vestindo um terno barato e seus cabelos em uma tentativa falha de estarem arrumados, e um sorriso confiante, mas da onde ele tira tanta confiança?


“Pobre jovem, mal sabe que a vida o espera”  Pensei revirando os olhos.


Ele não era um bom advogado, na verdade acho que sou o primeiro cliente dele, quando nos encontrávamos com os detetives o pobre coitado não sabia o que falar ou agir então eu tomava a frente da situação.

Um dos muitos júris se colocou de pé enquanto os outros me encaravam, entregando o papel para o guarda que estava com uma das mãos na arma presa em sua cintura, caminhando lentamente até o juíz que ao ler o que estava escrito devolveu o papel para o homem que levasse de volta até o júri.

O júri chegou a um veredito? - Ele perguntou os encarando.

Na acusação de homicídio doloso, declaramos o réu Park Jimin… Culpado. - A mulher disse me encarando. - Por problema psicológico o réu irá para uma clínica de tratamento.


“Clínica de tratamento?" Pensei confuso, porém não deixei transparecer minhas emoções.


Dois policiais chegaram perto de mim e quando um deles colocou a mão em minhas costas para me conduzir para minha “cela temporária” eu o encarei.


Não encoste em mim. - Falei entre os dentes o lançando um olhar intimidador.


Me virei seguindo o corredor até chegar a uma cela de aço enferrujada, entrei e me sentei em uma cama com lençóis brancos e os encarei.

Espero que esse cela te segure até que os médicos do manicômio venham te buscar. - O policial disse sorrindo.

Jay.. - Falei lendo o nome que estava em seu uniforme. - Vai precisar muito mais do que uma cela enferrujada para me segurar.


Vi o sorriso em seu rosto morrer, o que me fez sorrir enquanto me deitava na cama. Eu queria dormir só assim os fantasmas do passado não me atormentavam, mas às vezes enquanto eu estava de olhos fechados eles entravam em minha cabeça me fazendo ter pesadelos e quando eu acordo.. Ah eu preferia nem acordar já que sempre volto para meu mundo frio, sombrio e sozinho..

Sozinho era a palavra que mais me magoava, como eu sinto saudade dos meus pais, aqueles que me deram o amor mais sincero que já tive, os abraços carinhosos, e as palavras de consolo. Mas ao menos eles não terão que ver o filho sendo levado para um manicômio.

Ah o manicômio talvez seja minha última chance, eu só espero que as trancas da porta sejam fortes o suficiente para que eu não consiga sair nem mesmo se usar toda minha força.


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