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Haarlem 2021

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Haarlem 2021

Ela olhou para Tom sem entender e Tom entendeu que o olhar dela pedia socorro. Ela tentou respirar fundo, buscou por ar, parecia ter ido embora. Ela pegou a bolsa e saiu dali, caminhando o mais rápido possível.

Minutos depois, Max entrou acompanhado de um sorriso que estampava seu rosto. Tom devolveu o ato, saiu de trás do balcão e deu um abraço no amigo. O piloto inalou o ar e sentiu o ar de juventude, de ensino médio e de lar. Mas tudo foi embora quando Iolana e seu conjunto de câmeras entraram como um furacão, atraindo toda a atenção.

— Esse abraço foi ótimo! Vocês podem respetir isso? — A empresária falou e olhou ao redor. — Precisaremos de muita iluminação, por favor, tragam todo o equipamento pra cá. — Ela pediu e Max virou.

— Não! Parem. — Ele pediu e quem estava saindo parou. — Vão para o hotel, eu estou cansado da viagem, Io. Eu não consigo fazer mais nada. — Ele falou para a mulher, que fez um gesto com a mão para as pessoas saírem.

— Eu quero você de pé e descansado no saguão de oito e meia da manhã. — Ela falou mandona, ele afirmou com a cabeça e ela saiu insatisfeita.

Tom voltou para trás do balcão e serviu uma cerveja para Max assim que ele sentou na mesma banqueta que Lily tinha sentado mais cedo. Tom riu irônico quando percebeu, mas preferiu não fazer comentários sobre.

— Como você está? — Max perguntou olhando para o amigo. — Me conte tudo o que aconteceu enquanto eu estava fora.

— Você ficou muito tempo fora, Max. — Ele respondeu servindo café para 3/ele mesmo.

— Então me conte o que aconteceu com você. — O piloto pediu.

— Eu fiquei com a Astony de vez, estou noivo de uma mulher chamada Jen e tenho uma casa a algumas ruas daqui. — Ele resumiu a maioria e Max sorriu.

— Parabéns! — Ele levantou a garrafa da bebida. — Me lembro de quando você falava que iria embora daqui assim que terminasse o ensino médio. — Os dois riram juntos.

— E eu lembro de quando você dizia que ficaria aqui para sempre. — Tom lembrou.

— Parece que opiniões e decisões mudam, afinal. — Max levantou as sobrancelhas.

— Parece que sim. — Tom concordou e ficaram em silêncio.

Por alguns poucos minutos Tom se esqueceu de quem era ali na frente e do tempo que estavam. Por alguns minutos, Tom considerou que aquele em sua frente era Max do ensino médio e não o famoso piloto de Fórmula 1. Se bateu internamente por cair nessa tão fácil.

— O que você está fazendo aqui? — Ele soltou a pergunta.

— A mídia começou a perceber que a minha cidade natal tem nada haver comigo. Nenhuma loja que vende coisas da Red Bull, nenhuma faixa, nenhuma foto. Minha assessoria ficou preocupada. — Max explicou e logo ficou com vergonha.

— Mídia, é claro. — Outro lembrete de que quem estava ali na frente era o famoso. — Eles sabem sobre o que aconteceu? — Tom perguntou.

— Na verdade não. Eles só pensam que eu não criei um vínculo com todos aqui. — Max se sentiu envergonhado mais uma vez. — É por isso que não tem nada aqui, porque ninguém gosta de mim? Por causa do que aconteceu? — O holandês tentou entender a situação.

— Sim. — Tom foi breve.

— Como ela está? — Max perguntou nervoso.

— Ela está bem. Ela se recuperou de... Tudo. — Ele apontou com a cabeça para ela que estava conversando com um dos moradores na praça principal.

— Ela continua linda, a mesma. — Ele negou com a cabeça sorrindo.

— Max, por favor, não brinque com ela de novo. — Tom pediu. — Deixe ela em paz, não faça besteira de novo. — Ele falou e se afastou para servir outra pessoa.

Enquanto a Max, ele ficou ali parado. Olhando ela como se ela fosse um quadro no museu e ele o quisesse. O holandês se distraiu quando Tom parou na frente dele novamente.

— O que ela faz? — Max perguntou esticando as costas.

— Ela ensina aqui na escola. — Tom olhou para a professora.

— Geografia? — O piloto perguntou.

— Geografia. — O dono da Astony confirmou e ambos riram.

Lily era apaixonada por geografia desde quando começou a estudar a matéria. Ensinar não era bem seu objetivo, mas adquiriu a paixão no ensino médio. Ela diz que foi quando realmente entendeu o que era ensinar.

— Eu estou falando sério. — Tom chamou a atenção dele novamente. — Deixe ela em paz.

O pedido de Tom foi negado. Depois de ir no hotel e se ajeitar, Max estava batendo na porta da casa de Lily. Para sua decepção, não foi ela quem abriu.

— Você é Max. — A mulher afirmou.

— Lily não mora aqui? — Ele perguntou e a mulher saiu da vista dele.

Ela deixou a porta aberta. A casa era bonita, tinha uma mesa com vários papéis espalhados, livros empilhados. Ela mora aqui.

— Eu sou Jen. Se fizer algo com ela... — Ela foi interrompida.

— Chega, Jen. — Lily falou e Jen foi embora. — O que você está fazendo aqui, Max? — Ela perguntou com suavidade da voz.

— Eu vim com a Red Bull e a Netflix. Eles querem... — Ela interrompeu alguém de novo.

— Não estou falando da cidade, Max. Estou falando da minha casa, minha varanda. — Ela especificou.

— Eu vim ver como você está. — A fala dele fez ela rir.

— Você não vem na casa da sua ex pra ver como ela está. — Ela se encostou na parede cansada daquele dia. — Você está bagunçando tudo. Por favor, faça suas coisas rápido e vá embora mais rápido ainda. — Ela pediu e ia sair de volta para dentro de casa.

— Você assistiu minhas corridas? — Ele perguntou.

— Não. — Ela negou ainda de costas.

— Espanha 2016. — Ele falou deixando ela confusa. — Minha primeira vitória. Foi para você. — Ele falou e foi embora.

Deixou ela ali, sozinha e arrepiada. Não pelo frio e falta de casaco, mas sim pelas últimas palavras ditas no ambiente. As palavras que ecoaram pela cabeça dela até dormir.

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