Autora Desconhecida - Michaeng

A(marga) Que(rida) . [26]

Oi vidas, como vocês estão? Eu espero que bem.

Primeiramente peço perdão pela demora, aconteceram algumas coisas e eu acabei ficando off na escrita. Portanto, espero que os próximos capítulos não demorarem tanto para sair e se caso demorarem, peço para terem paciência, por favor.

Ps: o corona está ganhando força novamente então eu estou pedindo para vocês tomarem cuidado não só com si próprio, mas também com sua família. Se cuidem por favor.

Boa leitura e eu amo vocês, perdão qualquer erro 💕

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25 de novembro, 2020

A areia densa daquela praia estava umedecendo as vestimentas da escritora que tinha seu corpo ruído perto da extensão onde as ondas quebravam. Ela não ligava se seus dentes tiritavam de frio devido a suas roupas sugando o molhado da imensidão de grãos onde ela se encontrava,já em sua mão, ela tinha a única cópia de seu último trabalho como escritora. Sim, aquele que levou Mina para ser sua protagonista em todos os parágrafos. Son não via mais sentido nas sílabas combinadas a mais sílabas daquelas páginas esbranquiçadas e ela não iria fingir novamente seus sentimentos.

O Sol começava a aparecer no horizonte, atrás de algumas colinas que envolviam a praia como num abraço fraternal. E provindo daquela estrela maior, uma parte dos feixes solares acolhiam a coreana aquecendo-a da melhor forma possível. Ao se colocar de pé novamente, Chaeyoung fitou a capa do rascunho lendo seu título com tristeza:

“Conheça-te camélias.”

Camélias essas que, hoje, significavam um amargor que percorria a garganta trazendo-lhe um pigarreio. Num ato totalmente impulsivo, Chaeyoung arremessou o exemplar ao mar logo o vendo ser atingido por uma onda, o levando consigo sem mais nem menos. Assim, a garota sentiu seus joelhos vacilarem e logo ela teve seu corpo se encontrando com o chão terroso. A areia enroscava em todas as partes de seu traje, mas ela não estava se importando, mesmo que aqueles grãos já estivessem até em seus cabelos.

Após aquele fatídico acontecimento em frente a empresa de Mina, Son apenas parou de tentar dar explicações para a japonesa. Lógico que ela tinha consciência de que Myoui realmente acreditava que ela havia assassinado Ishiro, mas outra parte de si tendia a estremecer ao pensar que nem se passou pela cabeça da mais velha confiar em si. Afinal, a confiança era uma via de mão dupla e de ínicio ambas seguravam com afinco, a baixinha não soltou ao presenciar atos da manager que passavam longe de serem ideais. Mas na primeira oportunidade, os dedos de Sharon soltaram Chaeyoung e ela não podia se segurar sozinha, não naquele momento.

Talvez Mina não estivesse disposta a perder-se um pouco para poder encontrar Chaeyoung e isso também não cabia a escritota pedir a japonesa para que o fizesse.

"Sempre fomos um jogo perdido
...
Eu fiquei viciado em um jogo perdido
…
Amar você é um jogo perdido"

Arcade, Duncan Laurence

Dizem que demoramos para encontrar o amor verdadeiro, principalmente num mundo caótico como esse. A hipótese do que sentiu e sente por Mina seja apenas um “test-drive” para algo maior, passou sim pela cabeça de Chaeyoung, mas ela mesma não queria acreditar que o pulsar de seu coração fosse de outra pessoa. Não parecia certo… mas nem sempre o certo é o caminho a se tomar, então a escritora teria que curvar-se perante suas decisões e se conformar com suas consequências. Mesmo que uma delas fosse a desistência do amor de Mina?