[CONCLUÍDA]
Taehyung é um alfa lúpus que foi adotado pelo homem mais poderoso do Reino da Alsácia. Sua história é cercada de amores impossíveis, vivendo a dor e beleza de amar e nem sempre ser correspondido, de lutar e sobreviver aos reveses da vida...
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Há aproximadamente 200 anos, na vasta região ao sul da atual Coréia, existiam dois reinos que desfrutavam de uma amizade e aliança profundas: o reino da Alsácia, governado pela família Park, e o reino do Vale de Chamonix, sob a liderança da família Jeon. Essa proximidade e camaradagem eram simbolizadas por laços dinásticos e uma colaboração contínua que beneficiava ambas as nações.
O rei Park Wanyong era amplamente respeitado por sua generosidade e habilidade como monarca. Seu reinado foi marcado por prosperidade, um reflexo da vitória na guerra que havia devastado a região do norte quinze anos antes. Embora a guerra tenha deixado cicatrizes, tanto em vidas perdidas quanto em injustiças menores que afligiam a vila, o reino da Alsácia conseguiu se reerguer e prosperar.
A família real da Alsácia era composta por quatro membros: o rei Wanyong, sua esposa Park Janggeum, uma ômega doce e maternal, e seus dois filhos, Park Jimin e Park Boyoung. Park Jimin, o primogênito de 21 anos, era um alfa encantador e carismático, cuja presença era notada por todos. Seu charme e gentileza conquistavam o coração dos súditos, mas sua vida estava traçada desde a infância, prometida ao ômega Jungkook, herdeiro do reino do Vale de Chamonix.
Park Boyoung, com 14 anos, era uma alfa de personalidade forte e determinada. Ela tinha um interesse notável na administração do reino, mesmo com pouca idade. Apesar de suas tentativas de envolver-se nas questões políticas do reino, a sua idade e o preconceito contra uma alfa mulher ainda limitavam suas oportunidades, o que a deixava frustrada e determinada a provar seu valor.
No reino do Vale de Chamonix, o rei Jeon Jinheung governava com severidade e ênfase na preservação do poder real. Casado com Jeon Hapcheon, uma ômega forte e decidida, o rei mantinha a tradição de sacrificar muitas de suas próprias vontades pelo bem do reino. O primogênito do casal, Jungkook, havia crescido em meio a essas regras rígidas, mas a amizade com Jimin trouxe um brilho a sua vida. Desde a infância, Jungkook era fascinado por Jimin e pelas suas visitas ao castelo dos Park, onde compartilhavam momentos de travessura e diversão.
A história de Jungkook e Jimin estava entrelaçada desde cedo, mas antes de explorarmos o desenrolar desse relacionamento, é essencial conhecer a história de Taehyung, um alfa que não compartilhou do mesmo luxo e conforto.
Durante a guerra do norte, a vila onde Taehyung vivia foi devastada. Com apenas seis anos, ele ficou órfão e perdido, sobrevivendo em meio aos escombros e restos de comida. A ajuda para sua vila chegou tarde, e o pequeno alfa viveu em condições miseráveis até um dia chuvoso que mudaria sua vida para sempre. O rei Wanyong, durante uma vistoria às vilas afetadas, encontrou Taehyung em estado deplorável.
A cena era de um sofrimento extremo. O rei e sua comitiva caminhavam entre os escombros, o odor de morte ainda pairava no ar. O rei Wanyong, com lágrimas nos olhos, sentiu um nó na garganta ao ver o cenário de destruição. O choro baixinho de uma criança chamou sua atenção. Ele começou a procurar, removendo pedras e pedaços de madeira com urgência.
Quando finalmente encontrou Taehyung, o rei ficou paralisado pela dor diante da visão. O pequeno alfa estava em um canto, os olhos arregalados de medo, seu corpo sujo e desnutrido. Com a voz embargada e um olhar comovido, o rei se ajoelhou ao lado da criança.
Rei Wanyong: Ei, pequeno... não tenha medo. Eu não vou te machucar. Eu sou o rei Wanyong. — Sua voz tremia com a emoção. — Você está seguro agora.
Taehyung, tremendo, olhou para o rei com um misto de desconfiança e esperança.
Rei Wanyong: Qual é o seu nome? — Ele perguntou suavemente, enquanto tentava não assustar ainda mais a criança.
Taehyung: Taehyung... — Respondeu baixinho, com os olhos baixos, quase como se temesse que o rei pudesse levá-lo de volta ao sofrimento.
O rei, com o coração apertado, passou a mão carinhosamente nos cabelos sujos de Taehyung. As lágrimas começaram a escorregar de seus olhos, e ele apertou os lábios para não chorar abertamente.
Rei Wanyong: Taehyung, eu sinto muito por tudo o que aconteceu. — Ele disse, com a voz quase um sussurro. — Mas você está aqui agora, e eu vou cuidar de você. Vou levar você para o meu castelo. Lá, você poderá tomar um banho e comer algo gostoso. E, se quiser, poderá brincar com meu filho.
Taehyung ergueu os olhos, uma centelha de esperança piscando neles. O rei, ao ver essa reação, pegou a criança delicadamente e a acomodou em seu cavalo.
Rei Wanyong: Não há mais necessidade de ter medo. Eu prometo que você não vai mais sofrer. — Ele murmurou, segurando Taehyung com o máximo de cuidado e carinho.
Enquanto o cavalo se movia lentamente para o castelo, o rei olhou para Taehyung, com a determinação de que esse menino, que havia sofrido tanto, receberia o amor e o cuidado que merecia. O pequeno alfa adormecia lentamente nos braços do rei, sentindo pela primeira vez desde a tragédia uma sensação de segurança e conforto.
Assim que chegaram ao castelo, o rei ordenou que preparassem um banho morno e uma refeição substancial para Taehyung. Ele mesmo ajudou a dar o banho e a alimentar o menino, um gesto que tocou a todos no castelo. A rainha, ao ver a cena, entendeu a profundidade do amor e da compaixão que seu marido sentia e apoiou a decisão de adota-lo.
Taehyung, agora parte da família real, começou uma nova vida. Apesar das cicatrizes de seu passado, ele era tratado com amor e respeito, mas as memórias e a dor da guerra nunca desapareceram completamente. Hoje, com 21 anos, Taehyung era um alfa sério e respeitado, chefe da guarda real, sempre ao lado de Jimin, com quem compartilhava um laço profundo, mas também com uma saudade de algo que ainda precisava ser compreendido.