[CONCLUÍDA]
Taehyung é um alfa lúpus que foi adotado pelo homem mais poderoso do Reino da Alsácia. Sua história é cercada de amores impossíveis, vivendo a dor e beleza de amar e nem sempre ser correspondido, de lutar e sobreviver aos reveses da vida...
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Dois meses haviam passado desde o acontecido: o aborto, e a declaração do Ji. Os "irmão" estavam se tratando normalmente, nenhum novo episódio ocorreu, tudo parecia na mais perfeita harmonia, exceto por Jungkook, que deprimia cada dia mais, Jimin fazia de tudo para tirar o ômega dessa situação, mas era em vão. Ele estava mais magro, dormia a maior parte do tempo, mal comia. O rei e a rainha estavam muito preocupados, queriam avisar seus pais, mas a pedido do próprio, não o fizeram, ele alegara que eram efeitos colaterais da abstinência dos remédios que tomava a anos... que logo passaria. Taehyung, por mais enraivecido que estivesse, também se preocupava com o menor. Ele fingia não se importar, tudo que ficava sabendo era por intermédio de Jimin, não se viam desde o fatídico "encontro" no quarto.
Jungkook se sentia o pior de todos. Um assassino, traidor e de quebra, ainda tinha ganhado o ódio mortal do alfa lúpus. Não que eles morressem de amor um pelo outro, mas também não se odiavam, e por incrível que pareça, sentia falta dele, até das implicâncias... fazia dois meses que não se viam, gostaria de ter notícias suas, mas não ousava perguntar a Jimin. Falando nele, desde aquele dia, algo dentro de si se partiu, não sabia explicar exatamente o quê, já não ficava tão excitado quando o via... sim, ainda sentia muito carinho por seu noivo, claro, mas algo se quebrou nesse processo de luto, onde pode reavaliar muitas coisas em sua vida: condutas, posicionamentos, relacionamentos... e o Ji já não lhe parecia aquele príncipe encantado que tanto venerava. Ji o tratava bem, como sempre, até mais atencioso devido a situação que o menor se encontrava, este, que agora, conseguia enxergar que Ji não o amava como ele desejava e talvez, nunca o amaria, e isso o feriu, por consequência, aquela admiração que o menor sentia foi diminuindo... seus olhos já não brilhavam quando Jimin cruzava a porta de seu quarto todas as manhãs. Kook se sentia vazio, sem propósito, sentia falta do desconhecido, não entendia o que se passava no seu interior, apesar de apático por fora, ele era pura confusão e desespero por dentro, não se sentia digno de viver, queria pedir perdão a todos que machucou mais uma vez, e partir ao encontro de seu filhotinho, para pessoalmente, lhe pedir perdão. "Como seria o seu rostinho?", "Será que seria forte como o pai alfa dele?", "Seria um alfinha, um ômegazinho ou um betinha?", ficava se martirizando com esses questionamentos dia e noite, imaginava como seria sua vida se não tivesse tido a péssima idéia de retirar a marca, se estariam juntos os três: ele, Taehyung e seu filhotinho. Se estariam casados... ria baixinho só em se imaginar casado com o lúpus, que loucura seria! "Ia ter que aturar aquele alfa teimoso!", e surpreendeu-se quando se viu rindo lembrando dele, do sorriso quadrado, da cara de bobo que fazia quando brincava com Jimin, como ficava sem jeito quando elogiavam sua beleza, sim... não podia negar, ele era muito bonito. Queria o perdão de Tae. Queria poder voltar no tempo e ainda carregar a marca do alfa, gostaria de sentir o que ele estava sentindo nesse momento, saber se estava bem, feliz... se o ódio já havia deixado o seu coração. Divagava sobre como seria sua vida se tivesse escolhido um caminho diferente, quando seu pescoço começou a coçar, "aish, será que fui picado por algum inseto?", a coceira só aumentava.
