Paintball- III

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Não demorei muito tempo para achar algum elfo ou fada. Encontrei uma fada não muito longe da montanha. “Reino Mágico” era o que estava escrito na folha de papel, que a tal fada me entregou. Mas as dicas eram muito vagas, em um nível inimaginável. Eu não tinha ideia de quantos elfos e de quantas fadas tinham naquele bosque, mas, pelo nível das dicas, imaginei que tivessem muitos.

 Nós não tínhamos muito tempo para essa atividade, para não acabar ficando muito tarde. Se eu não me engano, começamos essa atividade às 04h00min, e a duração era de 2 horas, então, a atividade era até às 06h00min, mas também não podia passar disso, se não ficaria muito escuro para podermos enxergar alguma coisa, já que aquele tal bosque não tinha nenhum poste de luz.

Cheguei a pegar umas quatro dicas, depois que sai de perto da montanha. Em ordem: “Reino Mágico”, “A frase você já ouviu”, “Cuidado com os dragões”, “Peça de Primavera”. Sim, muito vagos.

Após pegar essas dicas, voltei à montanha, para ver se tinha algum garoto ali, para atirar, caso o menino estivesse “vagando” pela montanha. Não muito longe, avistei Nate mexendo em alguma coisa que estava em suas mãos. Parecia que ele estava fazendo algo “errado”, já que estava no meio do mato. Não muito tempo depois, ele saiu daquele “esconderijo”, com um sorriso no rosto. Eu me escondi para que ele não pudesse me ver. Ele foi até a montanha, e enquanto entregava o cronômetro ao professor, eu saia do meio do mato, à qual eu estava escondida. Aquilo não estava me “cheirando bem”, ele estava aprontando alguma coisa:

– Tome... Professor. – Nate entregou o  cronômetro ao homem vestido de bruxo.

– Mas, o que é isso? – Perguntou o professor, olhando para o cronômetro. – Não se passaram 30 minutos ainda...

– Acho que o senhor está “perdido no tempo”. – Fez um sinal de aspas com as mãos.

– Eu tenho um relógio no meu pulso... Passaram-se 20 minutos apenas... Nate... Desça da montanha... Agora! – O professor fitou o atleta, que já estava com a bandeira em suas mãos.

– Eu sei o código! – Nate parecia nervoso naquele momento.

– Você está desclassificado.

– O quê? – Perguntei interrompendo a conversa deles dois.

– Como assim? – Perguntou Nate largando a bandeira no chão, e descendo da pequena montanha.

– Você manipulou o cronômetro... Por que fez isso?... Eu não sei, mas a regra é clara: "desclassifique quem trapaceou". – O bruxo fitou Nate dos pés à cabeça. – Você voltará para o começo, e falará que foi desclassificado por trapacear.

– Mas eu não quero que pensem que eu sou um trapaceiro. – Retrucou Nate preocupado.

– Pensasse nisso antes de fazer o que fez...

– Então se ele não quer ter essa fama de trapaceiro, pode receber algo em troca. Eu posso atirar nele... Se ele quiser... – Interrompi novamente a conversa deles dois.

– É uma boa ideia... Nate? – Perguntou o professor ajeitando o chapéu de bruxo que estava usando.

 – Tudo para não ter a “fama” de um trapaceiro. – Nate virou de costas para mim.

– Por que você está de costas para mim? – Perguntei, me preparando para atirar no atleta mimado.

 – Para não doer tanto! – Nate levou suas mãos à cabeça.

– E por que as mãos na cabeça?

– Eu não sei... – Respondeu o atleta, que naquele momento, claramente estava com medo.

– Eu não vou te revistar, então tire a mão da cabeça! – Nate obedeceu, tirando suas mãos de sua cabeça.

Apertei o gatilho, e atirei. O acampamento inteiro ouviu o grito que o atleta deu. Ri quando ele deu aquele gritinho, e o professor também deu uma risadinha:

– Nossa... Eu pensava que você era o “machão”! – Retruquei rindo.

– Dói muito, caso você queira saber... – Nate começou a se afastar de mim.

Sai de perto da montanha, e fui atrás de mais dicas. Quando sai dali, achei dois elfos. Uma das dicas era inútil “Magia em todos os cantos”, mas a outra entregava o jogo “Acampamento de magia- Sinônimo”, Nate disse que todas as dicas eram vagas, mas essa com certeza deixou bem na “cara” qual era o código. Como era uma dica que entregava o jogo, o elfo desta dica, com certeza, era o que ficava mais distante da montanha.

Logo depois de eu ter pegado essas duas dicas, eu corri para a montanha, mas claro, tomando muito cuidado para nenhum garoto atirar em mim.

Chegado lá, subi a pequena montanha, levantei a bandeira, e gritei o código:

Meninas Vestem Azul & Meninos Vestem RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora