Dear Blue Heart. {l.s} - PARADA

Festa.

— Olá jovem rapaz, o que um moço tão bonito está fazendo aqui?

Era o dia seguinte. Asilo borboleta, essa era a localização de Tomlinson no momento.

O local era médio, com um portão enorme na entrada e um jardim com flores de variadas especieis e cores. Andando mais para frente tinha pequenas residências, uma mini capela, três locais separados para lazer e um espaço maior para as refeições. O céu estava limpo de nuvens e os pássaros cantavam sem parar. Era um bom dia.

— Vim visitar a melhor pessoa que eu conheço, obviamente.

A mulher, que possui olhos azuis marcantes e um aspecto de cansada mas ao mesmo tempo jovem, da um sorriso carinhoso ao jovem na sua frente e pega na mão dele.

— Deixe de falar besteira, menino! Me diga, o que veio fazer aqui?

— Vim apenas de visitar, Margaret. Não posso mais? — Levanta a sobrancelha e com um sorriso brincalhão se senta ao lado da senhora.

— Claro que pode, meu bem. Eu gosto de visitas, principalmente as belas como você.

E assim se inicia mais uma conversa com a pessoa que Louis considera a mais forte do mundo.

Sua avó tinha um passado conturbado, tendo seu marido sendo assassinado antes mesmo de seus netos o conhecerem.

A questão é que, há muito tempo atrás, Margaret foi prefeita da pequena cidade de Doncaster. Mas, antes disso, seu marido Keith que tinha sido. Aumentando a estimativa de vida do local, melhorando o local em todos os aspectos e trazendo alegria a todos, Keith sofreu ameaças de pessoas invejosas. No começo, ele realmente não se importou com as ameaças, achando que eram somente blefes que serviam para assusta-lo.

Mal sabia ele que três semanas depois, quando ele estava voltando para Doncaster — já que tinha ido a Londres para resolver algumas questões — com sua esposa no banco do passageiro, ele foi abordado por bandidos contratados e foi alvo de tiros.

Sua mulher por pouco não foi atingida, conseguindo dirigir para Doncaster às pressas depois que os atacantes foram embora, mas no meio do caminho seu amado já tinha morrido.

Devastada e não querendo apagar a história do marido, se candidatou à prefeitura e foi eleita duas vezes consecutivas, trazendo lemas de gentileza e bem cuidado ao próximo.

Era uma história linda e que Louis se orgulhava intensamente.

Deixando a trajetória de vida um pouco ao lado, Margaret era uma mulher bem humorada e que levava a vida com um aspecto calmo e feliz. Estava sempre sorrindo e trazendo o bem de todos. Conversava sobre tudo e sempre se educava sobre assuntos que eram importantes para quem vinha conversar com ela. Era uma mulher de ouro.

Louis e Margaret eram inseparáveis desde criança, principalmente por que a idosa já cuidou várias vezes de Louis quando o mesmo tinha crises de ansiedade fortes. Ela sempre estava ao lado dele, ajudando a controlar seu choro e fazendo uma massagem para acalma-lo e não deixá-lo mais irritado.

Eram carne e unha. Amavam isso e todo mundo sabia.

Conversaram por duas horas inteiras, tendo pausas somente para a senhora tomar remédios, mas depois de um tempo ele realmente teve que ir embora.

— Até mais, coisinha. Te vejo próxima semana.

— Sim, sim! Estarei de esperando.

Louis da um beijo na sua bochecha e sai do local. Quando sente algo no seu bolso — um colar de pérolas simples que lembra da mulher falando sobre — ele volta para o local apenas para devolver o presente. Chegando perto da mulher, vê um sorriso se abrindo e escuta sua voz doce.