Capítulo Quatro

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CAPÍTULO QUATRO

A semana passou com um fiasco, Kamilah nem acreditou quando colocou o último livro na estante, todos já estavam fichados e os dados já estavam informatizados, olhou para a hora em seu relógio e viu que passava das dezoito horas, iria para casa, estava mais cansada como de costume, mas o que realmente estava lhe perturbando eram os últimos acontecimentos, até agora ela não conseguia digerir os fatos inusitados por qual passou. Dignos de uma boa novela mexicana. Ao caminhar corredor pelo até sua sala sentiu uma forte tontura, sua vista escureceu por um instante, então ela percebeu que aquilo era indicio de que alguma coisa não ia bem com ela, ela provavelmente deveria estar grávida. Pegou sua bolsa e resolveu passar em uma farmácia, um teste seria a melhor pedida naquele momento, e ela não queria perder a calma, precisava de sua tranquilidade para resolver essa situação da melhor maneira possível. No carro viu que o telefone tocou por duas vezes, provavelmente seria Leila, mas não a atendeu, parou em uma drogaria fez algumas compras, e passou diante do caixa e em silêncio passou seu cartão, nem ouviu quando o rapaz lhe falou da tarde, apenas sorriu e saiu rapidamente. Chegando a sua casa viu que Leila estava estacionada na entrada, estacionou e antes de descer escondeu o teste dentro de sua bolsa. Ao descer a amiga lhe deu um sorriso singelo, parecia preocupada, inquieta, Kamilah a recebeu, mas percebeu que ela estava estranha. 

-Olá meu bem, o que te trás aqui tão tarde? Kamilah perguntou como quem não queria nada. 

-Pensei em lhe chamar para sairmos um pouco da cidade, o que você acha? Leila perguntou esperando por um sim. 

-Não é má ideia. Para onde iríamos?  

-Litoral. Tenho uma casa próxima a Ocean Drive. 

-Nossa! Mas é em Corpus Christi? 

-Sim, fica bem próxima a baia. Ficam mais ou menos umas duas horas de viagem, o lugar é tranquilo nesta época do ano, existem alguns turistas, mas nada se iguala a San Antonio. 

Kamilah apertou a bolsa por um pouco como que decidindo o que fazer. Então sorriu para a amiga e a convidou para entrar. 

-Sairemos agora? Perguntou Kamilah. 

-Por que não? Não chegaremos muito tarde. Respondeu Leila enquanto colocava as correspondências de Kamilah na pequena mesinha ao lado da porta. Kamilah foi ao quarto pegou uma pequena valise e colocou umas trocas de roupas e alguns sapatos, decidiu pegar um agasalho, então tomou uma chuveirada e colocou um jeans. Saiu do quarto mais leve, pegou sua bolsa e saiu. 

-Estou pronta. Quer comer antes de sairmos? 

-Não. Podemos comer na estrada, vamos aproveitar que ainda não escureceu de tudo.  

-Realmente, você tem razão. Kamilah respondeu enquanto pegava as chaves na mesa. E então saíram. 

Antes de entrar no carro o telefone de Leila tocou, ela atendeu e respondeu em monossílabos. 

-Olá! Sim, estou a caminho de Corpus Christi. Encontro-te na semana que vem. Ok. Desligou o telefone e olhou para Kamilah vermelha igual uma pimenta. Era meu assistente, não consegue bater um carimbo sem que eu autorize. 

-Imaginei mesmo que fosse do trabalho. Kamilah respondeu, mas no seu coração estava uma pontinha de dúvida, agora que sabia que a amiga era também a irmã de seu maior pesadelo, a dúvida sempre iria bater. 

Até que a viagem não demorou muito, no caminho Leila foi contando às aventuras que havia passado em Corpus Christi, falou da casa que possui próximo a orla, e também dos grandes passeios que gostava de dar até a praia de Emerald Cove. Kamilah estava longe, a voz Leila estava a quilômetros quando de repente ela sentiu o carro parar, ela olhou em volta antes de descer do carro e sentir a brisa gelada vinda do Atlântico. Realmente aquilo era bom demais. 

Uma noite em teus braçosOnde histórias criam vida. Descubra agora