O alfa mais bonito {jikook}

III

Naquele dia o omega acordou completamente feliz e animado.

Era um psiquiatra formado e estava indo trabalhar no melhor hospital da Coreia do Sul inteirinha. Estava praticamente andando nas nuvens.

Levantou-se de sua cama como se nem fossem 06:00 da manhã. O sorriso largo nos lábios fofinhos do Park deveria ter contagiado até mesmo o sol já que o mesmo brilhava forte naquele dia.

Tomou seu banho e fez suas higienes. Aproveitou para ver quando seu cio chegaria e viu que o mesmo iria demorar dois mêses. Tinha que comprar supressores até lá, os seus já haviam acabado.

Não gostava muito de tomar esses remédios, além deles deixarem o menor ainda mais lento e groge, Jimin basicamente dormia o dia todo. Além disso, sua lubrificação não parava de descer somente a dor que ficava menos forte.

Contudo, era o melhor que poderia fazer já que ainda não tinha um alfa.

Após tomar seu café-da-manha reforçado, o ruivo pegou sua bolsa e fez um check-in na mesma.

—Roupas extras? Confere. Avental? Confere. Celular e carteira? Confere. Pastas e planilhas? Confere.

E por aí foi. Quando percebeu que estava com tudo em sua bolsa, pegou as chaves de seu carro e saiu de casa indo em direção a sua garagem.

[☆]

O trânsito de Seoul estava horrível, mas nem isso impediu o menor de cantar uma música do Twice em plenos pulmões, estava realmente feliz, esperava que nada naquela manhã pudesse estragar o seu dia.

Mas como diria o ditado a alegria de pobre dura pouco.

Como se fosse em um passe de mágica, o tempo naquele dia fechou, a chuva forte manchada por raios assolou a capital do país. O trânsito que já estava ruim ficou ainda pior, e para completar o ciclo de desgraças, Jimin ainda não tinha sua vaga no estacionamento definitiva então teve que deixar o mesmo na calçada e correr para dentro do hospital.

Um peixe dentro d'água estava mais seco que o ruivo naquele momento.

—Esta atrasado, 5 minutos.

Disse uma voz que fez o corpo do ômega se arrepiar inteiro. Odiava isso, odiava o fato do seu corpo reagir desse modo toda vez que o maior se aproxima, odiava o fato de que o cheiro de menta do mesmo acalmava de uma forma sobrenatural o lobo do ruivo e o pior de tudo, odiava não saber o porque de tais reações.

Resumindo: Park estava na merda.

—Sinto muito, senhor. —Se virou rapidamente e se curvou na direção do alfa. — Eu peguei um trânsito enorme agora e do nada começou a chover, eu realmente sinto muito.

Falou ainda com o corpo levemente abaixado. O lúpus se aproximou do menor e o encarou por alguns instantes, em seguida levou o indicador até o queixo alheio e fez o mesmo erguer o corpo o puxando por ali.

O ômega teve a visão completa do maior. Jeongguk parecia ainda mais bonito, ainda mais atraente e ainda mais intimidante. Park engoliu a seco e esse pequeno gesto não passou desapercebido pelo moreno, o que ocasionou nele um sorriso puxado de lado.

O ômega poderia jurar que estava derretendo.

—Em sua entrevista você disse que era pontual.

Os rostos estavam tão próximos que o hálito de mentolado do maior batia contra o rosto do menor. Os olhos escuros do alfa encaravam os olhos claros do ômega. Jeongguk, vez ou outra, descia o olhar para os lábios cheinhos do Park, lutando contra a tentação de beija-lo ali mesmo.