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Leiam as notas finais.

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Jeongguk sempre gostou de tudo com ordem e decência. Não que fizesse o estilo de pessoa que tem tudo friamente calculado, ele somente gostava de ter o controle das coisas, seja seu hospital, sua casa ou seus sentimentos.

Mas naquele momento ele não estava sob controle de seus sentimentos. E tudo isso começou com aquele ômega que viu na porta do bar.

Queria entender o que ele tinha de tão especial? Entender porque ele atraia tanto o seu próprio lobo ao ponto do mesmo uivar quando se está longe do lobo do outro. Será os olho? A audácia? O cheiro gostoso de morango? Sinceramente isso era uma incógnita na cabeça do Jeon.

E ele odiava isso.

Foi criado a base de uma sistematização. Tem um problema? Encontre, analise, resolva. Mas neste caso como iria encontrar o problema sendo que nem mesmo sabe se tem um.

Quer dizer, pensar nos lábios do ômega, ou em seu corpo, ou em sua voz, ou em seu cheiro, ou sei lá, no cabelo ruivo e tão chamativo que tinha, todos os dias depois de tê-lo visto não é um problema, certo?

É. Jeon Jeongguk estava fodido.

Namjoon, seu irmão adotivo, dizia que o garoto estava estranho desde que voltará da boate. Dizia que ele ficava olhando os cantos com aquela expressão esquisita que sempre faz quando fica pensativo. O alfa até mesmo mencionou um possível suspiro saindo da boca do moreno. O lúpus apenas disse que poderia ser o cansaço e que pensava em coisas da empresa.

Mentira, pensava no ômega misterioso.

Não poderia considerar aquilo uma paixão ou que está apaixonado, diria que é somente uma atração física extremamente forte que sente pelo ômega ruivo, claro que logo isso passa, afinal, quais as chances de encontra-lo novamente?

Naquela manhã estava analisando os currículos de alguns candidatos ao novo psiquiatra do hospital. Não gostava de ter foto dos seus candidatos nos currículos já que sempre ditou que a aparência alheia não deveria influenciar em seu desempenho.

Analisava o currículo de um tal de Park Jimin, era ômega e havia acabado de se formar no estágio. Tais características lhe fez lembrar do ômega da noite anterior, as vezes se perguntava porque o universo nunca lhe ajudava.

Mas dessa vez parece que ele estava conspirando ao seu favor.

Após autorizar a entrada desse candidato, o alfa teve uma sensação; uma súbita felicidade invadiu seu lobo, era como se ele estivesse ansioso pela chegada do ômega. Revirou os olhos apenas achando que seu lobo não passava de um pervertido, contudo, ao sentir aquele cheirinho de morango que tanto lhe assolou os pensamentos um sorriso cortou a faceta do alfa.

O ômega não demorou a entrar. Parecia ainda mais bonito que ontem. Quando elevou o corpo e encarou o alfa a vermelhidão em seu rosto fora aparente, Jeongguk adorou aquilo.

—Olá, Senhor Park.

[★]

A entrevista com o ômega conseguiu deixar o humor do alfa mais para cima. Naquele dia realizou todas as outras entrevistas com um largo sorriso no rosto, inclusive, selou o contrato com um outro médico chamado Kim Taehyung, outro chamado Lee Jacob e outro chamado Kim Seokjin. Só faltava a psiquiatria.

O dia passou rápido. Teve algumas cirurgias a realizar, algumas reuniões a participar, contas a pagar e por aí vai. Ser o dono de um hospital não era uma tarefa fácil, ainda mais quando se também é médico.

O alfa mais bonito {jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora