Capítulo 11 - A premonição da bruxa

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Narração do diabo

   Dessa vez o amanhecer era diferente, o sol não agraciava com sua presença , por sua vez  a chuva se fez presente, e por mais que o diabo gostasse  do ambiente úmido e frio tinha uma estima pelo sol. A frente da janela a  uma mulher com o olhar serio e ao mesmo tempo pensativo, trajava um robe de seda preto na mão uma xícara de porcelana, com um liquido preto que parecia quente a jugar pela fumaça que pairava pelo ar.

—Você parece pensativa - ele se aproxima. —Onde você foi ontem? - ele pergunta.

—Fui passear - falo colocando a xícara sobre a mesa.

—Onde? - pergunta curioso.

—Fui visitar uma velha amiga - falo subindo as escadas, adentro em meu quarto  e vou para o banheiro, abro a torneira e deixo a banheira encher, sento na borda e relembro o evento de ontem.....

No dia anterior 

Narração do diabo

—Oi sara - entro na sala e vejo ela sentada numa poltrona de coro vermelha, com cartas de taro nas mão.

—A sim que a atmosfera mudou eu sabia que  você estava aqui - ela me olha e embaralha as cartas. -Oque você quer? - pergunta coloca as cartas sobre a mesa.

—Nossa tão seria, eu só estou de passagem - me senta no sofá de cetim branco. —Estava entediada - confesso.

—Você entediada, como a rainha do inferno pode se entediar - ela se senta ao meu lado.

—Desde que fizemos um acordo para que você vivesse para sempre, não se sentiu nem uma vez entediada - olho para ela.

—Por esse motivo que eu me mudei para Nova Orleans, aqui é festa todo dia, acontece de tudo aqui - ela se levanta e vai até a janela.

—Eu tenho uma curiosidade, desde que fizemos o acordo, por que? - me levanto e vou até ela.

—Por que não, ficar jovem e poderosa para sempre - ela me encara, me aproximo dela e falo:

—Você mente muito mau - mordo os lábios inferiores. —Por que as pessoas encistem em mentir para a mãe da mentira - me aproximo mais dela.

—Vai ver por que ele  não saber que estão na presença da própria - ela cola seus lábios nos meus e  morde meu lábio inferior e se afasta.

—Isso é maldade - a encaro de longe.

—Eu sei o do por que você veio aqui - ela para na porta. -Temos tempo - ela me olha subindo as escadas lá de cima ela joga  a unica peça que cobria seu corpo.

—Claro - tiro o blazer e subo atrás dela.

Hoje

   Deitada na banheira, fico perdida nos meus pensamentos, quando batidas na porta me tiram deles, Lisa entra e como de costume olha para o chão.

—Bom dia senhora - seus olhos são fixos no chão.

—Bom dia Lisa - saio da banheira e me enrolo na toalha. —Dormiu bem ? 

—Sim, senhora - ela sorri. —O café está servido - ela sai.

—Obrigada - me visto e desço.

   Como de costume a mesa farta, Morgan devorava a comida como se nunca tivesse comido, Lisa me entrega uma xícara de café como de costume.

—Lisa, um dia desses eu vou perder a paciência e vou te colar nessa cadeira - Lisa entende na hora e se senta ao lado de Morgan que para de comer e a serve.

—Obrigada - diz ela toda tímida, ele sorri com a boca cheia.

—Vou lembrar a vocês que amanhã é a festa de primavera que fomos convidados pelo reverendo.

—Serio que está pensando em ir - ele morde mais um pedaço de bolo.

—Mais oque a com você hoje, nunca viu comida na frente - ele para de comer na hoje.

—Só estou com fome hoje - limpa a boca.

—Nós vamos ou não a festa? ela pergunta.

—Claro que vamos o  reverendo veio pessoalmente nos convidar, não faria essa desfeita - sorrio. —E outra já compramos as roupas.

—Vai ser um dia bem animado - ele sorri. —Mau posso esperar.

—Eu também - ela sorri. —Faz tempo que não vou em uma festa.

—Lisa, isso não é uma festa é uma carnificina - ele fala .

—Que horror Morgan, do jeito que você fala é como se o próprio diabo estará entre nós (e eu estarei) bebo meu café para disfarçar o riso, mais Morgan não faz cerimonia, ri e eu não aguento e rio junto, Lisa nos olha e não entende nada.

—Eu acho que tudo é possível Lisa.

—Mudando de assunto oque vamos fazer hoje ?

—Eu nunca entrei na piscina da minha própria casa, então é isso que a gente vai fazer hoje - eles concorda Lisa vai para seu quarto se trocar e Morgan sobe correndo para o seu quarto, nunca vi demônio gostar de água como ele, mais uma coisa ainda  me incomodava oque vai voltar para me assombrar.

 No dia anterior

   Observo Sara dormindo, o lençol cobria pouco de seu corpo, ela era uma mulher muito bonita, alta, de pele bronzeada, com varias tatuagem pelo corpo, a que me chamava mais a minha atenção era de sua colcha que estava entrelaçada entres os lençóis, tinha o desenho  de uma mulher com asas, me passava a sensação de liberdade não sei porque, seus cabelos longos e ruivos cobriam seu rosto, parecia um anjo, ri com a ironia.

—Algumas pessoas ficariam nervosas com o diabo olhando para si - ela abre os olhos cor de esmeralda e sorri.

—Mais você não se importa de telo em  sua cama - passo a mão sobre sua cocha com a tatuagem.

—Foi a primeira que eu fiz - ela fala.

—Mais eu não falei nada - sorrio.

—Não precisa, seu olhar entrega - ela se arruma na cama.

—Eu sou tão transparente assim? -  mantenho o sorrio.

—Não, eu acho que você esconde muita coisa - ela se levanta e veste um robe de ceda verde com desenhos de flores pretas.

—Você quer café? - ela se dirige até a porta.

—Quero - me levanto. —Eu posso toma um banho? - aponto para o banheiro.

—Sim - ela sorri e sai, entro no banheiro e ligo o chuveiro, tomo banho, me visto e desço. 

—Obrigada - ela me entrega uma caneca com café, por um segundo ela me encara e fica parada, e depois volta a se mexer.  —Tá bom, pode falar - me sento e a olho.

—O passado vai voltar para te assombrar - ela fala colocando a caneca sobre a mesa.

—Pode ser um pouco mais especifica, estou viva a muito tempo - rio. -Passado é oque não falta - me levanto.

—O que você mais teme vai voltar para te assombrar - ela se deita sobre o sofá.

—Que coisa, é por isso que eu gosto de te visitar, prazer sem limite e para fechar com chave de ouro um enigma - me aproximo dela. —Até mais  Sara - dou um simples selar em seus lábios e saio.

—Até a próxima Luci.....

Boa leitura.

Até a próxima!

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