"Não podemos confiar em ninguém"

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Estava no trem para hogwarts me perguntando como a quarta-feira chegou tão rápido.
Aproveitei os quatro dias para colocar a matéria em dia e assistir alguns filmes com o tio sirius. Não falei direito com o Oliver, nem com Fred e nem com Gina nesses dias, as conversas eram curtas e admito que estava assustada com a redução de palavras deles três, mas preferi acreditar que estavam cheios de coisa para estudar

Senti meus olhos pesarem e fui engolida por meus pensamentos, deixando meu cérebro escorregar para a escuridão.

Acordei assustada por não estar mais no trem e sim no chão de um corredor escuro e sujo. Levantei apoiando as mãos no chão e senti uma gosma se grudar em meus dedos. Tentei limpa-lá na roupa, mas ela não desgrudava de jeito nenhum, então desisti e segui pelo corredor. Andei devagar até uma porta meio aberta e parei a alguns metros dela para olhar ao redor.
Estava tão escuro que a única claridade do local vinha da abertura da porta e iluminava bem pouco o ambiente. Continuei andando hesitante e empurrei a porta devagar com o pé dando de cara com uma sala vazia, exceto por uma cadeira grande perto de uma pequena janela.

-olá? Falei na esperança de haver alguém no local, mas ninguém respondeu
Continuei andando em direção a cadeira e quando eu estava a quatro metros dela, a cadeira se virou revelando uma pessoa sentada.
Voldemort.
Enfiei a mão nos bolsos da capa, mas não conseguia achar minha varinha. Pensei em correr dali o mais rápido possível, mas meus pés não se mexiam, não importa o quanto eu tentasse.

-você está sonhando, querida. Não pode fugir uma voz rouca e travada saiu do homem sentado na cadeira e eu o olhei com raiva

-onde estou? Como você me trouxe aqui? Questionei tentando ser o mais firme possível, mas minha voz ecoava no local com um tom fraco

-eu controlo seus sonhos. Ele disse e começou a se balançar na cadeira você sabe por que Harry potter e Blaise Black sempre morrem em seus sonhos? Neguei com a cabeça ainda o encarando com raiva porque não é um sonho. É uma premunição.

-cale a boca tapei os ouvidos forte e desviei o olhar dele tentando fazendo meu corpo acordar

-você e o outro garoto vão me ajudar a entrar em Hogwarts sem causar nenhum problema... ou seu "sonho" vai se tornar real mesmo com as mãos forçando o ouvido eu consigo escuta-lo
Parecia apenas uma voz dentro da minha cabeça, como se ele realmente estivesse controlando o meu sonho. Aquilo me apavorou, porque se fosse mesmo isso, eu não estava apenas em um pesadelo ruim.
Eu estava refém de Voldemort.

-por que eu te ajudaria?

-Harry potter, Blaise Black, Sirius Black, Gina Weasley, Fred Weasley.... Oliver wood ele falava com uma intonação terrível e aquilo era como um soco no meu estômago todos eles estarão em risco ao seu lado. A menos que você faça o que eu mandar, mas não se preocupe, você não estará sozinha. O garoto vai te ajudar tirei as mãos do ouvido e voltei a encara-lo

-que garoto? Perguntei e senti meus olhos arderem

-Você vai saber... agora você vai voltar a Hogwarts e não conte a ninguém sobre o que aconteceu, apenas para o garoto. Posso não estar na sua cabeça o tempo todo, mas tenho formas de te vigiar o corpo dele começou a se dissolver no ar e arregalei os olhos com a cena

Eu não ia ajudar Voldemort, independente do que ele quisesse. Mas também não podia arriscar a vida da minha família. Tinha que falar com alguém, nem que seja apenas esse garoto que eu nem sei quem é

-seus amigos não estão seguros com você Ele disse antes de se dissipar completamente

Acordei como se acabasse de sair de um afogamento.
Meu corpo estava sem ar e eu me sentia completamente desnorteada, mas sabia onde estava. No trem.
O trem tinha acabado de parar na estação de Hogwarts e vi a porta abrir assim que a encarei.
Tive dúvidas se eu apenas tive um pesadelo ou se aquilo aconteceu de verdade, mas algo dentro da minha cabeça estava diferente, como se eu estivesse mesmo sendo vigiada.

War and love- hogwarts Onde histórias criam vida. Descubra agora