Capítulo 66

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Eu não sabia o caminho. Numca tinha chegado tão fundo no castelo. Numca tinha procurado por aquele lugar.
Mas eu sabia que ela estava ali.
Como uma intuição ou algo me chamando. Revelando o caminho pelos corredores longos demais e embaralhados.
E essa certeza se fez plena no momento em que encontrei um corredor três vezes mais largo que os outro, com um cumprimento incrível. A parede a direita era inteira de vidro revelando um jardim ali, iluminando apenas pela lua, com uma pequena fonte no centro.
Mas oque me chama a atenção são as portas duplas imensas ao lado. Com quatro guardas armados fortemente. Tão altos quanto Castiam, tão fortes como ele, e tão intimidadores quanto Taylor e Castiel. Com as posturas eretas e assas pessadas firmes.
Aos lados da porta duas tapeçarias caiam do teto que tinha no mínimo dez metros de altura. Com grandes desenhos representando, no topo o céu, o meio a guerra, e o fim da tapeçaria as trevas.
O céu tinha anjos e deuses estampados, com mesas fartas de frutas e carnes e paz.
O meio era a um borrado de sangue, espadas e a mistura de deuses anjos e bixos aterrorizantes e bem no centro está a imagem de um homen imerso em preto e uma mulher vestida com um longo vestido branco, ambos segurando espadas.
E o fim. Era um borrão de lama, sangue e bordões negros que não me trazem dúvidas ao pensar serem as carcaças.

Evito a tapeçaria, mesmo que eu quisesse a entender por completo precisaria de horas e horas para a descrever com perfeição e entender a fundo.

Respiro fundo, sentindo meu corpo trêmulo no lugar que é iluminado por grandiosos lustres de vidro no teto, por todo o corredor.
Os guardas não se mexem, como se ignorasem minha presença.
Dou passos largos até as portas duplas, levantando o punho para parter na madeira.

- Saia. - A voz grave, alta e grossa do guarda a minha direita, me faz saltar para trás, com meu corpo estático pelo susto.

- Preciso ver minha mãe. - Aviso com as mãos levemente trêmulas, tentando manter a voz firme e decidida.

- Você não tem permissão para estar aqui Elisabeth. -  o guarda avisa novamente sem me encarar, apenas mantendo seu olhar em um ponto fixo na parede.

- Como você... - Meu corpo se sobresalta quando a porta é brutalmente aberta fazendo meus olhos se semicerrarem com a claridade que sai dela.

- Ela chegou. - A voz inesquecível de morte.

Um arrepio violento passar pelo meu corpo ao ouvi-la chamar e quando meus olhos se acostumam rapidamente a luz, a vejo a metro de distância, sentada em um trono alto ao lado de minha mãe.
Os lábios pintados de um velho vinho tão intenso quanto a cor de seus fios de cabelos. Os olhos castanhos escuros me encarando com frieza mesmo com um leve sorriso estampado nos lábios. As unhas longas e pontudas tamborizando no braço do trono de madeira escura, do qual galhos secos saem. Vestindo calças jeans escuras com uma blusa de mangas largas pretas.

- Quanto tempo pirralha. - Ela diz e seu sorriso espande, me fazendo engolir em seco.

Ela tem a mesma intensidade de Castiel mas mil vezes mais forte. Só de estar sobre seus olhos é de fazer arrepiar. Cada gesto mesmo o mais leve tem um poder assustador. Ela é a morte tão assustadora quanto se imagina.
Castiel é apenas um filhote perto da presença de poder dela. Isso me faz pergunta se até o Morte é capaz de sentir arrepios ao lado dela.

- Não a assuste Morte! - Diz minha mãe ao seu lado com um sorriso doce nos lábios. Por outro lado ela é o total oposto de morte, com seus cabelos ruivos curtos transmitindo paz junto aos olhos de mel brilhantes e os lábios rosados. - Entre Elisa. - Ela pede direcionando o sorriso para min agora.
Usando um vestido lápis branco com saltos bejes. E reparo nas unhas mais curtas nos dedos. Diferente do trono de morte o seu é de uma madeira mais clara com pequenas flores ao redor e galhos com poucas folhas verdes vivo, saindo deles.

A vontade de mostrar a língua para o guarda é grande mas a esqueço quando atravesso as portas duplas, sentindo o olhar de todos sobre min.

Aos lados há mesas com tronos menores distribuídos e passo o olhar rapidamente por eles conseguindo quase imediatamente associar seus rostos a alguém.

- Então garota, você é a dor de cabeça ambulante.  - Diz morte parando de tamborizar com os dedos no trono.

- Mas sou necessária de qualquer forma. - Respondo quase engolindo minha língua pelo olhar que recebo dela. Eu conserteza tenho a sogra mais assustadora de todos os tempos.

- Vamos ser diretos não temos tempo para pagar de pais agora. - Um homen resmunga ao lado e reparo ser o deus da guerra, vulgo meu professor e vulgo pai de kentin. E ao seu lado uma mulher que não deve passar dos 1,60 de altura, com os cabelos curtos castanhos e um olhar doce que me lembra imediatamente do olhar doce de kentin.

- Eu presiso do seu poder. Sou fraca mas não sou fraca porque nasci assim, sou fraca porque você está com algo que é meu mamãe. - O ar parece pesado quando respiro e me controlo para não mexer aos mãos em busca de controle, sobre eu mesma. - E está na hora de me devolver.





Uma nova Deusa nos céus { Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora