capítulo 35

267 29 139
                                    

Parte 1;  baile da esperança.

Descobertas e
decisões.


Estava tudo claro e desfocado em borrões de azul, branco e verde.
Reconheci só depois de alguns momentos piscando, que eu estava em algum campo verde com árvores altas ao meu redor. Há o som de bater de assas apressadas de algumas pássaros e uma risada doce e animada, perto de min.

Virei meu rosto para o lado o encostando na grama fria que pinica minha bochecha.
 Percebo então que eu estou deitada ao chão. Subo meu olhar o vagando pelo local aberto e encontro uma mulher de pé a minha frente, de costas para min. Com cabelos negros longos que balançavam com a briza, enquanto ela segurava o grande chapéu com uma mão, para ele não voar.
 Seu vestido em um tom de rosa bebê com varias camadas em tule esvoaçando, balançava pelo vento forte.
 A observo, reparando no decote em V que expunha toda suas costas deixando evidente duas grandes cicatrizes em verticais nelas.

Elas eram grosseiras e dolorosas de se ver, fazendo meu coração se apertar ao velas.

Em um suspiro apressado, acordei sentindo um deliciosa brisa gelada, que entra pela janela de meu quarto e acaricia minha pele exposta, ainda sentindo meu coração pesado em meu peito.

 Já estava claro e não havia nem sinal de Rosalya, muito menos de seus gritos pelo quarto, ao contrario disso! estava tudo calmo de mais...

Ergui meus braços a cima da cabeça me espreguiçando e logo em seguida os jogando sobre a cama novamente, olhando para os lados do quarto e da cama esperando minha alma decidir voltar ao meu corpo.

Respiro fundo observando o teto sem presa de me levantar.

Que sonho estranho...

Se bem que meus sonhos são um mais estranho que o outro !

Suspiro alto, me sentando sobre a cama, para me levantar e pego meu celular sobre o criado mudo o ligando para ver a hora.
 Me surpreendo por ver que já passa do meio dia e que ainda não ha sinal de vida de ninguém.
Olho nas minhas conversas e também não ha mensagens de ninguém.

Não que eles mandem muita..!
Aliás vivemos na mesma casa, vamos para a mesma escola, comemos juntos...

A gente só não caga junto!

 Me levanto da cama indo até o guarda roupa aonde coloco uma regata branca de alças finas, com uma calça moletom preta larga.
Vou primeiro no banheiro antes de calçar um tênis qualquer preto e sair do quarto andando sem presa pelos corredores, admirando a vista pelas janelas.

Cumprimento levemente com a cabeça, dois guardas que passam apressados e me fazem uma reverência rápida.

 Me surpreendo um pouco por haver guardas andando por aqui, não é algo comum de se ver.

Quando chego na sala de jantar encontro mais um que passa carregando um bebedouro de vidro, tão alto e robusto quanto meu tronco, imerso em pequenos detalhes feito no mesmo material em alto-relevo.
Ele me reverencia rapidamente voltando para sua caminha pelos corredores, apressado.

coloco minha cabeça para dentro da sala vendo que não havia ninguém presente nela, nem mesmo sinal de alguma migalha de pão sobre a mesa.

logo em seguida, duas mulheres vestidas com um vestido preto e uma avental branco por cima, entraram na sala pela porta ao lado da que passei, com os cabelos presos em um coque alto e bem penteado acima da cabeça.  Uma era loira de pele clara como o leite e olhos verdes escuros, a outra tinha a pele mais bronzeada com cabelos negros e olhos castanhos. Ambas carregavam longas e delicadas assas brancas em suas costa, que quase tocavam o chão. Elas tão não pareciam muito mais velhas que eu.

Uma nova Deusa nos céus { Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora