Capítulo 68

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O som das batidas do meu coração eram altas. Vibrantes. O som formava eco em minha mente vazia, abafando o mundo a minha frente. Um mundo sem chão nem teto. Escuro e vazio. Por um breve momento me perguntei se eu ainda estava acordada ou sequer viva.
Mas então os gritos voltaram com tudo.

- ALGUÉM AJUDA!

Minha cabeça girou para todos os lados. Vendo anjos e deuses desesperados, correndo e gritando. Pessoas carregando umas as outras enquanto a grama se pintava de vermelho. As pessoas estavam tossindo sangue, tanto deuses como anjos. A diretora não estava mais sobre o palco e os anjos batiam suas assas com forças para apressaram os passos.

- ELE NÃO ESTÁ RESPIRANDO. - Alguém grita alto, chamando minha atenção para um garoto agarrando a própria  garganta, ajoelhado no chão.

Não havia sinal de mais deuses das trevas e nem de ataques mas mesmo assim o sangue não para de colorir o mundo, com as fortes tosses e som de asfixia.

Meu peito subia e descia rápido de mais. Minha cabeça girava pela fraqueza e o mundo parecia andar muito devagar e depois a correr.

- VÃO PARA AS TENTAS! - A voz de Nathaniel me deu o instinto de paz. Virei meu rosto para sua direção o achando louco de raiva ao meio da multidão. Sua roupa que antes era uma camisa branca agora coberto de sangue, junto as calças. Ele grita ordens que não entendo e ajuda uma garota a andar.

Meu coração para por estantes antes de voltar percebendo que o sangue não é seu.

- Lindo não? - O homen era de beleza embreagante, mas a podridão de sua alma tornava o belo rosto assustador. O corpo alto e magro coberto por um sobretudo preto grosso e calças social, como se de onde ele tinha vindo fosse frio. - Agora me diga pequena... Foi essa mesma sensação que você teve quando viu os olhos olhos sua mãe perderem a cor?

Meu rosto se virou para o seu e sei que o meu pânico era evidente ao ouvir as palavras. Mas seu sorriso era sincero e orgulhoso ao mencionar cada palavra.

- Você a matou Elisabeth, a matou por ego. Adimito que fiquei surpreso quando a vi andar pelo Palácio com uma parecia tão... Divina.

- Eu não sabia que aquilo iria acontecer. - A voz saiu contra minha vontade. Como se eu estivesse guardando aquilo a muito tempo.

Meu peito subia e descia muito rápido.
Seus olhos se prendiam a min com calmaria como se não presta-se atenção ao redor.

- Bem... agora sabe. Acredito que não foi tão belo quanto os gritos que arraquei daquela mestiça do campo mas...

- NÃO OUSE CONTINUAR!

- Então me diga, quem você é a criança ou Elisabeth? - Seus olhos brilharam empolgados. O sorriso contia uma risada eufórica. Suas mãos repousavam nos bolsos calmamente.
Mas ele esta se divertindo muito com isso.

Mas só havia uma coisa que eu poderia dizer...

Respirei fundo.
Calma e atenta.
O medo gritava, quase ensurdecedor.
A tristeza fazia sua casa em minha garganta junto a um nó.
A amargura em minha boca.
Mas eu respirei fundo, controlando meus dedos que tremiam.

- Eu sou Vida, a deusa criada da profecia de um futuro de paz. Eu sou a deusa líder e guerreira que comandará o céus. Eu sou a Deusa que arrancará sua cabeça nem que seja a última coisa que eu faça.

Minha voz saiu firme. Clara e alta. Retumbante e assustadora. Meus olhos se cravaram nos seus e nenhum sinal de medo se fez presente em meu ser.

A luz brilhou como numca. Imergindo do nada em uma longa espada. Cortando o vento.
A espada de luz. Aquela capaz de iluminar a escuridão mais densa.
A noite mais escura e a tempestade mais turbulenta.
A espada capaz de matar as trevas.
A espada de minha mãe é agora minha.
A espada que eu carregarei até o dia de minha morte.

Uma nova Deusa nos céus { Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora