Capítulo 49

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- Por fim este será seu quarto, qualquer dúvida ou pedido as camareiras estarão a disposição. Porém sinto em informar que não estarei tão presente, quanto. - Diz minha mãe com as maos posicionadas levemente a frente do corpo enquanto se despede de Taylor a frente da porta de seus novos aposentos.

- Eu entendo e me sinto honrado por sua companhia minha deusa. - Disse Taylor com reverencia para minha mãe que acentiu antes dele fechar a porta com calma.

Respirei aliviada por não ter mais tanta pressão sobre meus ombros, girando em meus tornozelos para voltar pelo corredor.

- Agora que estamos a sós, sinto muito por ter te envergonhado mais cedo mas saiba que não me arrependo do que fiz. - Disse com a espressão neutra sem nenhum arrependimento.

- Eu não esperava que se arrepender-se, você tem o meu orgulho e a destreza de seu pai. - Ela diz com um sorriso de canto se colocando ao meu lado.

- Agora me conte como isso começou. - Peço mais como uma ordem.

Ela suspirou alto antes de começar.

- Deuses burros e orgulhosos. - Ela diz revirando os olhos. - Na terceira guerra o céu estava a beira do desastres, com muitos deuses perdidos e anjos caídos, um quartel invadido e com parte da cidade em ruínas. Quando os deuses principais daquela época viram o quão horrível estava a situação e de que a deusa do destino não faria nada e nem mesmo o deus da destruição... Eles decidiram que pegariam por si só, as sementes dos deuses caídos. E então eles tentaram colocar em seus próprios peitos e como consequência ela se repelia, fugia, escapa entre seus dedos.
Então surgiu a ideia de darmos aos anjos, de forma provisória...Assim que demos ao primeiro anjo, os deuses entram em pânico vendo a beleza, força e inteligência do anjo que poderia facilmente ter se tornado mais fortes e divino que eles próprios, assim com tanto medo e a ainda sim a necessidade pelo poder para a guerra, os deuses criaram uma tradição para que mesmo com o poder um anjo jamais se torna-se mais do que um deus... Surgindo assim a tradição de uma maldição, de assas cortas, como pagamento pelo poder e para proteger o orgulho de medrosos.

- E porque você não parou isso quando chegou ao poder ? Por que? - Perguntei com medo e raiva entalada em minha garganta.

- Eu... Não podia...Nem mesmo morte podia, todos fomos criados pensando apenas que era um pagamento, ou que o poder se recusaria e apenas depois de eu cumprir meu primeiro ritual ao lado de meu pai é que foi me dito a história.

- Então por que eu tive que fazer isso?

Ela suspirou alto.

- No dia de seu nascimento algo aconteceu... Uma mulher, corcunda de trancas duplas longas e brancas bem grisalhos, entrou no palacio, sem autorização ou sem disparar nenhum guarda, ela apenas... Entrou pela porta da frente e ficou de pé no rall com sua bengala de madeira, velha, esperando até que eu e seu pai aparecessemos, e quando a vimos levamos um susto e tanto! mas ela nos chamou pelos nomes e sorriu grandiosamente ao olhar para minha barriga e dizer seu nome, seu pai quase desmaiou aquela hora! - Ela disse rindo. - Ainda me lembro dela dizendo " Elisabeth! " em choc e alegria como se não acreditasse no tamanho que minha barriga já estava. - Ela diz sem controlar as risadas me fazendo sorrir ao ver sua alegria da recordação.

- Mas sua feição tinha se tornado triste ao me olhar mais um pouco ao terminar de descer as grandes escadas...

- O que ouve depois ?

- Ela deu um sorrio triste com as mãos sobre minha barriga, como se ela pudesse ver com clareza seu rosto de todos os tempos, o do passado e o do futuro. E disse com clareza ao subir seus olhos para os meus : Quando a criança de cabelos dourados como o sol e olhos cinzas como uma tempestade em furia nascer, a criança mais pura e determinada, está será a criança de nossa salvação... porém junto a salvação vem o mal e a maldição. Para provar seu coração ela deverá quebrar a maldição por orgulho formada as margens do medo dos tolos e para vencer o mal a qual sua vida será proclamada, ela deverá gritar de corpo e alma ao topo do monte o fim de sua vida tão estimada.

Uma nova Deusa nos céus { Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora